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Você já pensou em ter uma pessoa ou empresa para administrar, de forma profissional, seus investimentos, comprar e vender títulos de renda fixa e/ou variável no melhor momento e gerar uma boa rentabilidade? Pois é! Você pode fazer isso ao investir em um fundo de investimento.

O fundo de investimento funciona como uma espécie de reunião de investidores, que concordam com as estratégias de um determinado gestor, que aceitam os mesmos níveis de riscos e que estão dispostas a seguirem as mesmas regras — taxas, prazos para resgate, entre outras, a fim de participar desta modalidade de investimento sob forma de cotistas.

Muitos investidores, entretanto, acabam tendo dificuldades para escolher um bom fundo de investimento, de acordo com seus objetivos, interesses e necessidades. Quer saber mais sobre o assunto? Confira, no artigo de hoje 4 dicas para escolher o melhor fundo de investimento para você!

1. Determine o objetivo de sua aplicação

Antes de pesquisar sobre um fundo de investimento, avaliar sua rentabilidade e ler seu prospecto, é indispensável pensar em qual será o seu objetivo com aquela aplicação.

Ao pensar sobre sua meta, avalie:

  1. qual valor você investirá periodicamente;
  2. em quanto tempo você espera atingir a meta;
  3. qual risco você pode assumir em busca de maior rentabilidade.

Se seu sonho é fazer uma viagem para o exterior e você precisa garantir que seu capital atual tenha o mesmo valor em dólar no futuro, por exemplo, então comprar cotas em um fundo de investimento cambial pode ser uma boa opção. Quanto melhor você conhece seus objetivos, mais adequada será a escolha de um bom fundo de investimento.

2. Escolha o melhor tipo

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), existem classes diferentes em que um fundo de investimento pode ser enquadrado: renda fixa, ações, cambial e multimercado. Conhecer a característica de cada um deles é essencial para alinhar seus objetivos à estratégia que poderá ser empregada pelo gestor.

Saiba mais!

2.1. Renda Fixa

Neste caso, o gestor do fundo deverá investir ao menos 80% do capital coletado em títulos de renda fixa como os títulos públicos federais, títulos bancários — como CDBs, LCIs, LCAs — e títulos privados — como as debêntures.

Caso o fundo invista mais de 50% do seu patrimônio em títulos que não sejam da União, então ele deverá acrescentar o complemento “Crédito Privado” ao seu nome. Se ele usar algum indicador de mercado como referência — taxa SELIC, IPCA, IGPM ou outros — ao seu nome será acrescentado o sufixo “referenciado”.

Os fundos de investimento de renda fixa são considerados os mais seguros e adequados para objetivos de curto prazo, dado que seu maior risco está na falta de pagamento do título por parte de seu emissor.

2.2. Ações

Os fundos de investimentos em ações podem ter suas cotas valorizadas ou depreciadas por causa da variação nos preços das ações que compõem sua carteira. Por isso, eles são considerados mais arriscados que os fundos de renda fixa.

Ao menos 67% de todo o patrimônio do fundo precisa estar alocado em ações ou ativos relacionados a esse mercado. Os outros 33% podem ser investidos em outros tipos de títulos.

Por ter maior volatilidade e depender muito mais do tempo para ver a estratégia de seus gestores surtir efeito, os fundos de ações são indicados para metas de longo prazo e para investidores que toleram mais riscos em busca de melhor rentabilidade.

2.3. Cambial

Se você quer garantir proteção contra as variações cambiais, seja para fazer uma viagem ou apenas para se prevenir contra crises econômicas, então um fundo de investimento cambial é ideal para você.

Com 80% de seu capital investido em moeda estrangeira ou ativos relacionados direta ou indiretamente a elas, seu principal risco está relacionado à flutuação cambial.

2.4. Multimercado

Nos fundos multimercado não existem regras para a concentração de capital em um determinado ativo. Seu gestor pode investir em ações, títulos públicos ou privados, em moeda estrangeira ou em qualquer ativo que ele julgue interessante.

Graças à liberdade que é dada à gestão, esse tipo de fundo pode diversificar os ativos que compõem sua carteira. Eles são indicados para investidores que buscam maior rentabilidade e aceitam riscos mais elevados.

3. Analise o prospecto

Após selecionar o tipo de fundo de investimento mais adequado para ajudá-lo a alcançar sua meta, é hora de analisar melhor o descritivo fornecido por seu banco ou corretora. Esse descritivo é chamado de prospecto.

Você precisa observar os seguintes itens:

  1. Objetivo do fundo: ele visa acompanhar ou superar um indicador de mercado? Ou será que investe uma boa parte de seu capital em um único tipo de ativo? Em qual tipo de fundo ele se enquadra?
  2. Política de investimento: é o local em que o gestor explica a quais regras você se submeterá, quais são os prazos para solicitar e resgatar seus investimentos, quais serão os aportes e resgates mínimos e como atingirá o objetivo do fundo. Aqui ele também explicita se fará uma gestão ativa — procurando superar algum índice de mercado — ou uma gestão passiva, buscando apenas acompanhar algum indicador.
  3. Tributação: indica como ocorrerá a tributação sobre suas aplicações. Lembre-se que os fundos de investimento usam o sistema come-cotas de Imposto de Renda.
  4. Taxa de administração: são os valores que remunerarão os gestores, administradores e outros na gestão do fundo. Alguns podem estabelecer uma taxa base — como, por exemplo, 2% ao ano sobre os ganhos — e uma taxa de performance caso superem o objetivo do fundo em um valor — como 20% sobre o valor da rentabilidade que superar 120% do CDI.
  5. Rentabilidade histórica: muitos prospectos indicam qual foi a rentabilidade do fundo nos últimos 12 meses ou desde sua formação. Fique atento, pois rentabilidade passada não é garantia de sucesso futuro. No entanto, é inegável que essa análise serve como um indicador para avaliar se a estratégia do fundo está funcionando ou não.

4. Avalie se as taxas estão adequadas ao tipo de gestão

A última dica é avaliar se as taxas de administração estão adequadas ao tipo de gestão que o fundo terá. Você pagaria R$ 500 para ter um pacote de TV a cabo com todos os canais da TV aberta e apenas eles?

Então por qual motivo você toparia pagar 2 ou 3% de taxa de administração para um Fundo Referenciado DI de gestão passiva, que compra apenas Títulos do Tesouro SELIC? Só para que tenha uma ideia, você poderia comprar os títulos diretamente com o governo e pagar apenas a taxa de custódia de 0,25% ao ano.

Muita diferença, não é? Logo, pense muito bem se você de fato aproveitará o benefício de ter um gestor profissional cuidando de seus recursos — caso contrário, repense sua estratégia.

Lembre-se que as vantagens de usar um fundo de investimento para aplicar seus recursos é contar com a gestão profissional dos ativos e diversificar sua carteira sem precisar de grandes valores — além de ratear os custos administrativos com outros investidores.

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Artigo publicado em 14/06/2017. Atualizado em 13/06/2019.

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André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a investir melhor seus recursos e é o criador do Portal André Bona - site de educação financeira independente.

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