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Imagine se você pudesse parar de trabalhar e viver exclusivamente do rendimento do seu dinheiro. Sua rotina seria como férias integrais e sobraria tempo para viajar e curtir com a família. Gostou da ideia?

Eu sei que parece a cena de um filme, mas é possível conquistar seus sonhos se você souber como fazer diversificação de investimentos. Quer saber mais sobre o tema? Então continue a leitura deste artigo!

O que é diversificação de investimentos?

É um sistema de alocar o dinheiro por meio de diferentes instrumentos e categorias. Também representa a forma mais inteligente e menos arriscada de administrar os recursos financeiros disponíveis para aplicação.

A ideia é incluir a alternância de ativos mais e menos líquidos com diversos tipos de rentabilidade, níveis de risco e mercados. O objetivo é reduzir o perigo de perdas provocadas por uma rentabilidade baixa ou negativa de uma carteira de investimentos — o portfólio de aplicações.

Nesse sentido, a escolha da carteira deve ser feita mediante um bom planejamento, pois é fundamental que ela contemple os objetivos e as necessidades do investidor. No mercado de ações, por exemplo, é recomendável diversificar a carteira em diferentes papéis e setores da economia.

Todo e qualquer investimento está sujeito a riscos?

Risco é um conceito subjetivo, afinal, o que para uma pessoa é arriscado, para outra pode não ser. Por esse motivo é natural que cada investidor tenha a sua própria maneira de atuar nessa área. Fatores como volume do capital, objetivos, necessidades e expectativas são grandes influenciadores.

Em essência, o risco é a chance da perda financeira. Por isso, um fato que deve ser comum a todos é que o risco deve ser considerado tanto para ativos individuais como para carteiras. É preciso ter a capacidade de analisar as ameaças passadas, presentes e futuras, por mais que a última possa parecer impossível.

É natural que os ativos com chances maiores de perda sejam vistos como menos confiáveis do que aqueles com possibilidades menores. Acontece que a incerteza é uma presença constante, o ideal é saber administrá-la com sabedoria e planejamento.

Quais os tipos de riscos do investimento?

Investir em ativos que possuem comportamentos distintos diante do mesmo evento pode reduzir o risco do investimento de maneira significativa. No entanto, é necessário saber o que pode ameaçar a sua saúde financeira. Existem dois tipos de riscos:

Riscos não diversificáveis

São as ameaças que podem afetar qualquer empresa, como crise econômica, inflação, falência, juros, guerras, instabilidade política, entre outros. Pelo fato de ser comum a todas as organizações, não é possível diversificar a parcela de riscos.

Riscos diversificáveis

Representam o risco individual que o investimento de uma carteira está sujeito a sofrer e pode comprometer os retornos dos ativos.  Pode ser em relação à empresa, ao nicho de mercado, ao país.

“Não coloque todos os ovos na mesma cesta”

Certamente você já ouviu essa expressão. Ela é de autoria de Harry Markowitz, economista que prestou uma das maiores contribuições para o mundo dos investimentos e análises de carteiras: a moderna teoria dos portfólios.

Era o início da década de 50, uma época em que a melhor opção para alocação de recursos se limitava na concentração dos investimentos que ofereciam maior segurança de retorno. As chances de riscos eram mínimas, por outro lado, não existia o crescimento exponencial de hoje.

Segundo o especialista, os preços dos ativos não se movimentam de forma conjunta, mas imperfeita. Sendo assim, a variância total de uma carteira é reduzida pelo fato da instabilidade no preço individual de um ativo ser compensado pelas variações complementares dos demais.

Nesse cenário, se tudo o que você tem estiver concentrado em um mesmo lugar, a probabilidade de prejuízos é muito alta. Suponhamos que você tenha comprado 100% do capital em ações da empresa do empresário Eike Batista. A empresa dele faliu. O resultado esperado é o famoso efeito dominó: quando um cai, todos os outros caem.

Então, o ideal é guardar os “ovos” em cestas diferentes e gerenciar esses recursos de maneira estratégica. A crise cambial que ocorreu no Brasil em 1999 e o ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001 são eventos que justificam a importância da diversificação dos investimentos.

Por que é importante diversificar os investimentos?

Como você já deve ter percebido, a teoria de Markowitz mostra que diversificar a carteira por meio de ativos com correlação contraditória é possível minimizar ou mesmo excluir os riscos diversificáveis.

À medida que novos ativos são incluídos na carteira de investimentos, o risco total é reduzido significativamente. Enquanto isso, o retorno da carteira é determinado pela média razoável dos retornos de ativos individuais.

Isso representa uma multiplicação dos seus rendimentos, pois você vai colher resultados mais consistentes que muitos investidores iniciantes que insistem em acertar suas aplicações como se fossem números da mega-sena.

Dicas para aplicar a diversificação dos investimentos

Primeiro de tudo, é importante avaliar o capital inicial que você tem disponível para investir mensalmente. Em seguida, escolha as classes de investimentos e os ativos nos quais pretende investir. Vale notar que, dependendo do capital, é possível diversificar também via fundos de investimento e ETFs..

Embora a diversificação não seja uma garantia total diante da possibilidade de perder dinheiro, uma estratégia sólida pode melhorar de forma considerável a relação entre risco e retorno.

Dessa forma, é possível minimizar as incertezas de seus investimentos. Outro ponto que deve ser levado em consideração é que um ativo pode compensar a perda de outro. Isso evita prejuízos maiores na carteira.

Há ainda o fato de que as ações podem cair, mas, por outro lado, podem ser compensadas com o retorno dos títulos públicos e fundos imobiliários. Assim, o retorno negativo de um ativo pode ser equilibrado tanto por ativos da mesma classe quanto de classes diferentes.

Investir na diversificação de investimentos é a melhor alternativa para você multiplicar o seu dinheiro, viver dos rendimentos conquistados e ganhar mais autonomia, independência e qualidade de vida. Pense nisso!

Se você gostou deste artigo, aproveite para ler também o nosso post sobre os principais tipos de investimentos!

Como fazer seu dinheiro trabalhar para você?

Aprender a investir melhor seu dinheiro e tomar boas decisões de investimentos, de acordo com seu planejamento pessoal, é a única maneira de fazer seu dinheiro trabalhar para você e de conquistar todos os seus objetivos financeiros.

Quer acelerar a conquista da sua liberdade financeira? Então clique aqui e saiba como fazer o seu dinheiro trabalhar para você agora!

 

Artigo publicado em 17/03/2017. Atualizado em 28/05/2019.

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André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a investir melhor seus recursos e é o criador do Portal André Bona - site de educação financeira independente.

4 Comentários

  1. Muito bom o seu conteúdo! Parabéns… Não imaginava esses ricos que eu tinha sendo um investidor! Isso me ajudará muito nessa nova caminha que estou fazendo na área do investimento. Um grande abraço.

  2. Raphael Nathan on

    Olá Bona, parabéns pelo ótimo conteúdo!
    Acompanho seu canal no youtube e aprendo muito mesmo!

    Estou formando meu patrimônio ainda, pois aprendi a poucos meses os milagres do juros composto longe do barco furado que é a poupança!rs

    Comecei a investir com um fundo DI (para ter liquidez diária na reserva de emergência) e com um CDB de 2 anos de venc. (abrindo mão da liquidez de parte da carteira pra ter mais rendimento com um dinheiro que não vou precisar).

    Gostaria de saber quando começo a diversificar meus investimentos…pois me encontro na seguinte situação:

    Quero aumentar minha reserva de emergência, mas ainda não juntei o bastante para o CDB de liquidez diária que quero e que serviria para diversificar (já que tenho liquidez no fundo DI), mas ao mesmo tempo, não sei se compensa colocar o valor que estou juntando no fundo DI, pra depois tirar (pagando uma alíquota alta de IR) e aí sim pegar um CDB com liquidez.

    Ou ainda se compensa deixar no fundo mesmo (que tem acompanhado bem o CDI nos últimos meses) já que o CDB de liquidez que quero é de 101% do CDI (porém “fixado” rs , sem risco de de ser abaixo do CDI como o fundo, e sem come cotas).

    Eu sei que esses 1% do CDI não são nada de mais…rs… a questão é mais pela diversificação mesmo.

    Estou me preocupando à toa em diversificar os investimentos agora? espero aparecer um produto mais vantajoso comparado ao que tenho para diversificar? ou quanto antes, melhor?rsrs

    (obs.: o fundo DI não tem movimentação mín. nem valor mín. de permanência)

    (sugestão: colocar data nos artigos)

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