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Algumas semanas atrás, visitei o nosso escritório da Valor Investimentos em Vitória-ES.

Na ocasião, tive uma longa conversa com o assessor de investimentos Emerson Deboni, sobre os vários produtos financeiros disponíveis no mercado. Entre esses produtos, o que monopolizou nossa conversa foi quanto a uma modalidade de seguro resgatável em vida.

Eu e o Emerson fizemos algumas análises, olhamos algumas planilhas para diferenciar o seguro resgatável do seguro de vida tradicional, avaliando custos do prêmio, prazos, reajuste e etc.

Dessa maneira, preparamos alguns tópicos para esclarecer aos leitores do blog.

1) Emerson, o que é o seguro resgatável?

É um seguro de vida que, além das coberturas por morte ou invalidez, comuns aos seguros tradicionais, permite o resgate em vida de um percentual do valor investido nesta proteção.

2) Quais são as principais diferenças entre o seguro resgatável e o seguro de vida tradicional?

No seguro de vida resgatável, após o fechamento do contrato, normalmente não há alteração da contribuição em função da idade. Há apenas a correção anual pelo IPCA do capital segurado e, consequentemente, da contribuição para o seguro.

3) Quais são os principais benefícios para o cliente dessa modalidade de seguro?

Seu grande diferencial é a possibilidade de resgate em vida, no momento em que o cliente desejar. E, enquanto o seguro estiver vigente, seu dinheiro será aplicado em um fundo de investimentos e os excedentes financeiros serão repassados ao segurado, de acordo com a rentabilidade do fundo.

4) O custo para o cliente (prêmio) do seguro resgatável é mais alto do que o seguro de vida tradicional?

O seguro tradicional custará menos nas primeiras contribuições, mas, em função dos reajustes por idade na contribuição, o custo no longo prazo ficará muito mais caro, chegando, em alguns produtos, a custar 3 vezes o custo do seguro resgatável.

5) Esse produto pode ser contratado em bancos comerciais?

Alguns bancos possuem produtos similares. É importante comparar antes de fechar o negócio e verificar qual produto se adequa melhor ao perfil de cada um.

É muito importante salientar que essa modalidade de seguro possui características específicas e que, por isso, requer um estudo da necessidade de cada cliente.

Grande abraço!

André Bona

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André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a investir melhor seus recursos e é o criador do Portal André Bona - site de educação financeira independente.

25 Comentários

  1. Fiz o Plano Familiar do Itau e na hora de resgatar me falaram que não era possível foi é um plano que se assemelha a seguro….O gerente disse que era resgatável quando eu fiz. Cabe ação na justiça?

  2. fiz seguro de vida no banco Banespa quando foi vendido ao Banco Santander, são sei onde foi parar meu dinheiro, gostaria de resgata-lo pois estou muito necessitada, tenho muitas contas atrazadas para pagar,que devo fazer para resgatar esse valor.

  3. john eckner da silva pinheiro on

    fui demitido da empresa a mesma não me pagou a meu seguro de vida o que devo fazer para resgata esse valores…

  4. Fiz um seguro de vida na caixa econômica em 2009 pois fui da entrada no meu FGTS e tive que fazer essa previdência um ano de cobertura,o que eu faço pra resgatar esse seguro

  5. André e Emerson, bom dia.

    1) Seguros de vida em geral (e o resgatável em particular) não têm garantia de fundos como o FGC. Assim, a “garantia” seria avaliar criteriosamente a saúde financeira da seguradora.

    2) Bancos e corretoras podem ser facilmente avaliadas por dados oriundos, por exemplo, do BCB ou de sites como o Bancodata. Não encontrei nada a respeito do vigor financeiro de uma seguradora específica que estou avaliando.

    Assim, pergunto: como avaliar o risco “inverso”, ou seja, o risco de a seguradora quebrar e não de eu morrer?

    Abraços!

  6. Kelly Nunes Alves on

    Bom Dia André,

    Bom queria que você me ajudasse com algumas informações sobre o Produto Itaú Vgbl Maxi Proteção Familiar.
    Contratei e pago R$ 100,00 todo mês. Ai no contratinho diz que depois de um ano eu posso resgatar ou carência entre 60 dias. O que seria essa carência de 60 dias.
    Outra pergunta, como é feito os cálculos em relação a esse produto, aqui aparece taxa de 3% a.a e taxa carregamento 3,5%.

    Você consegue me passar uma média de quanto ficaria daqui um ano ou 60 dias ?

    Será que fiz uma boa escolha de contratar ?

    Desde de já agradeço

  7. Olá André, tudo bem? Tenho interesse em fazer o seguro resgatável, mas tenho uma dúvida. Esse valor resgatável entra para inventário ou não. Por exemplo: contratei um seguro de 100 mil e tenho 20 mil disponível para resgate no seguro. Esses 20 mil entrará para inventário ou não? Meus filhos vão receber todo o valor do seguro sem o desconto de imposto de renda como os seguros tradicionais. Muito obrigada pela ajuda.

  8. Boa noite , no dia 30/06/2016 eu fiz um empréstimo no valor de 10.000 mais minha gerente do Banco disse que para ser liberado eu tinha que fazer um seguro no valor de 3.000, total do empréstimo 13.000 so que na segunda feira dia 04 do 06 /2016 fui ao banco para cancelar o empréstimo mais minha gerente disse que eu tinha que arcar com as despesas e que o seguro não podia cancelar , e agora o que faço?

  9. Boa noite André
    A minha pergunta é exatamente parecida com a do Tiago Lima, porém não sou a portadora do seguro
    e sim meu tio que esta com 81 anos e contribui a muito tempo também para a Capemisa e quer cancelar por motivos financeiros. Existe resgate?

    • A modalidade com direito a resgate é definida na hora da contratação. Tem que olhar o contrato. Isso não é é um direito. Depende das regras de cada produto.
      Abs,

  10. Contribuo há mais de 20 anos ao Seguro Capemisaa e agora desejo cancelar, mas fui informado que não terei direito ao resgate do valor investido. Isso procede?

  11. Contribuo há mais de 20 anos ao Seguro Caprina e agora desejo cancelar, mas fui informado que não terei direito ao resgate do valor investido. Isso procede?

  12. nao quero comentar, apenas receber atualizações deste assunto, pois acabei de pedir para fazerem a conta de qual seria o valor do meu resgate, ai poderei saber se fiz um bom negocio ha mais de 20 anos. Obrigado

  13. Cleide Pereira Costa on

    Gostaria de continuar a receber e-mails sobre este debate. Trabalho com seguros de vida, e fiquei interessada nos conhecimentos e questionamentos dos clientes. Sem Mais Agradeço o aprendizado e as informações que recebi. Parabéns André Bona pelo profissional que és da área.

    • Olá Cleide!

      Ao final de todos os artigos do Blog, você pode marcar a caixa e receber as atualizações dos comentários.

  14. Olá André!!!
    Eu fiz um desses seguros de vida resgatável e fiz uma projeção dos 25 anos que ele estará vigente.
    Comecei pagando 345,30 para um seguro de 105.000,00. O reajuste é pelo IPCA e usando o mesmo índice desse ano que foi 4,99%, elaborei uma projeção onde daqui a 25 anos terei pago 185.262,42 em seguro e resgatarei 337.859,52.
    Um fundo de investimento renderia mais, só que a vantagem que eu achei foi ter um seguro de vida e uma capitalização para eu implementar junto com a aposentadoria futuramente.
    O investimento por mês é bem mais alto que um seguro tradicional, mas achei que compensa.

    • Alex, o ponto é que num seguro normal, a correção é por idade. E a seguradora, em algumas circunstancias, pode se recusar a renovar…

      Não dá pra comparar com um investimento. Penso que é um seguro que vem com um investimento dentro. E não o contrário. Mas fazer essas projeções é realmente essencial.

  15. Sonia Regina Juliani on

    André, você poderia fornecer uma tabela com uma projeção de valores, tais como tempo de contribuição, valor do prêmio e resgate de sobrevida e morte.
    Obrigada

    • Olá Sonia, como vai?

      Muito bom o seu questionamento. Nos seguros de vida tradicionais, vendidos nos bancos, as seguradoras não avaliam tão individualmente cada pessoa. Dessa forma, o risco calculado é mais ou menos coletivo. Você preenche um formulário, a seguradora te enquadra num perfil, e você começa a pagar. Se por acaso, no caso de um sinistro, alguma informação fornecida por você tiver alguma inconsistência, a seguradora pode até nem pagar o capital segurado, mesmo você tendo pago durante X anos.
      No caso desse produto, o custo e o risco do cliente é totalmente individualizado, com exames de sangue e outras informações que garantirão o pagamento do capital em caso de sinistro, pois a seguradora vai se certificar de tudo antes. Ou seja, você não paga pelo risco de um grupo de pessoas enquadradas num mesmo perfil, mas sim somente pelo seu risco.
      Além disso, tem a variável idade também. No tradicional, ele varia por idade. Nesse que mencionei aqui no artigo, ele apenas é corrigido pelo IPCA… durante 20 anos, não importa.
      Portanto, os custos e projeção de valores são completamente individuais.
      Tomarei a liberdade de te enviar um email, caso tenha interesse em fazer alguma simulação.
      Obrigado pelo comentário!

  16. Prezado Juliano, parabéns pela análise! Concordo com tudo que você escreveu, principalmente o ponto que você diz que “na maioria das vezes não compensa…”, contudo, o produto a que me refiro, começou a ser comercializado no país em janeiro deste ano, foi espelhado em um dos modelos de seguro mais comercializados no mundo (Universal Life) e não está disponível no canal banco. É um produto devidamente regulamentado pela SUSEP e, portanto, permitida sua comercialização no país. E este produto se encaixa na “minoria” que compensa para o cliente.

    Entendo que seguro de vida não é um investimento e, na ótica de proteção, garanto que esta é a proteção mais em conta e segura, se devidamente planejada, e ainda possibilita resgate de uma fatia do investimento nesta proteção no final do contrato. Isso é possível pois 100% dos cliente deste produto são submetidos a exames médicos, custeados pela seguradora, e com isso eliminada a “taxa de proteção (desconhecimento da real saúde do cliente)” existente nos seguros tradicionais de vida. Os seguros tradicionais de vida possuem reajuste por idade ou faixa etária, além da correção pela inflação, e estes reajustes deixam o custo do projeto elevadíssimo.

    Outro ponto é que os seguros de vida tradicionais são renovados anualmente, não trazendo nenhuma garantia de renovação ao cliente, podendo a seguradora ruir com seu projeto de proteção unilateralmente.

    Proponho uma reflexão aos leitores:

    1 – O que você deseja proteger com um contrato de seguro de vida?
     Manutenção da qualidade de vida de sua família em sua ausência;
     Educação das crianças;
     Quitar uma dívida de longo prazo;
     Custear o inventário e dar liquidez em caso de morte até que saia o inventário;

    2 – Definido seu projeto, quanto é necessário para custear ele?
    Ex. se seu projeto é a manutenção do padrão de vida de sua família e você gasta 10.000/mês, quanto você tem que ter de patrimônio em sua carteira de investimentos que renda este valor mensalmente?
    Uma forma simples de chegar nesta equação é anualizar esta despesa e dividir por uma taxa de juros anual que você consiga em sua carteira de investimentos, líquido de imposto de renda.
    PS.: Este valor precisa ser visto anualmente em função da evolução de seu patrimônio em sua carteira de investimentos.

    3 – Definido o seu projeto e o capital segurado necessário, pense em quanto tempo você vai conseguir ter este patrimônio acumulado em sua carteira de investimentos e não ter mais a necessidade de transferir este risco para a seguradora. Um assessor de investimentos pode ajuda-lo neste conta e neste planejamento.

    4 – Bom, agora você já tem o seu projeto, o valor do risco a ser transferido para a seguradora e o prazo necessário para esta proteção.
    Agora compare os produtos existentes no mercado que garantam esta proteção.
    PS.: Considere no custo os reajustes por idade ou faixa etária, que consta no regulamento, do seu seguro de vida tradicional.

    Garanto que o custo do projeto será muito menor no produto a que me refiro, com garantia de cobertura para todo o período desejado e ainda vai devolver parte do investimento no final.

    Compare e comprove!

    Grande abraço!

    Emerson Deboni
    Valor Investimentos

  17. Texto transcrito do Grupo “Mercado Financeiro – BM&F Bovespa” do Linkedin
    Para ver o comentário direto no Linkedin, clique aqui!
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    André, esta nomenclatura de Seguro Resgatavel é uma forma bonita que criaram para você fazer um Seguro com Previdência privida, na maioria das vezes não compensa, pois está pagando taxas administrativas mais altas, como taxa de carregamento e administração Anual, onde não é possivel negocia-las.
    Falo isto com experiência de 10 anos em segmento de Alta Renda, onde trabalhei em 2 dos maiores bancos do Brasil.
    Indico para verificarem, pois na maioria das vezes, compensa fazer Planos separados, para poder escolher frente aos valores cobrados nos planos.
    OBS: Meu comentario é para sempre verificar as entrelinhas dos contratos.
    Pois indico para todos fazerem SEGURO de Vida e Planos de Previdência PGBL ou VGBL, pois é uma otima opção a Longo Prazo.
    Obrigado

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