A Amazon inicia, nesta quarta-feira (18), uma nova fase de atuação no mercado brasileiro, que marcará a expansão de suas operações no país com a venda de eletrônicos e produtos de outros setores no site da companhia. A notícia, divulgada no final da semana passada, impactou negativamente as ações das concorrentes da Amazon no Brasil e no exterior.
Expansão e variedade
Além de livros, a gigante do varejo – que tem planos de abrir sua segunda sede na América do Norte em breve – deve passar a vender, ainda neste ano, produtos de outras categorias em seu site, como eletrônicos – em um novo impulso para se firmar como um dos principais nomes do varejo no país. A nova fase deve ter início nesta quarta-feira, com a venda de eletrônicos, e deve avançar ao longo dos próximos meses.
A expansão da Amazon no Brasil já havia sido antecipada pela Bloomberg, após a empresa divulgar uma série de novas vagas de emprego no mercado brasileiro, na semana passada – sugerindo um aumento das atividades da gigante no país. A expectativa é que, até o final do ano, a variedade de produtos comercializados no e-commerce da Amazon para consumidores brasileiros aumente em larga escala.
Concorrentes em queda
A notícia da expansão da Amazon e o temor por uma competição mais acirrada da Amazon no mercado brasileiro afetaram as ações das suas principais concorrentes no Brasil na semana passada. As ações do Magazine Luiza (MGLU3) caíram 17% na semana, enquanto os papéis da B2W (BTOW3) despencaram 20%.
No exterior, as ações de grandes varejistas também retrocederam logo após a divulgação da notícia, na última quinta-feira (12). A pior queda foi do Mercado Libre (Mercado Livre), que viu suas ações despencarem 10,28% na bolsa eletrônica Nasdaq, nos EUA, em um único dia. Em menos de uma semana, a companhia viu seu valor de mercado desabar de US$ 12,12 bilhões para US$ 10,37 bilhões – uma perda de US$ 1,75 bilhão, ou quase 15%.
Mercado mais competitivo
Em relatório divulgado na semana passada, o banco Goldman Sachs afirmou que a expansão da Amazon no Brasil deverá impactar negativamente o Mercado Livre e outras empresas de comércio eletrônico que operam no mercado brasileiro. A analista do banco, Irma Sgarz, ressalta, no entanto, que a atuação mais forte da Amazon no Brasil obrigará as concorrentes da varejista a oferecer maiores e melhores incentivos para atrair os consumidores, como adoção de preços mais baixos, promoções e frete gratuito para entrega das encomendas.