O banco de investimentos BTG Pactual manteve, na última quarta-feira (8), o rating de compra para os papéis do Burger King Brasil (BKBR3). De acordo com a instituição, apesar de um trimestre difícil para a rede de fast food, as projeções são positivas para o futuro – com perspectivas de crescimento.
Em relatório enviado a clientes, os analistas do BTG Pactual Fabio Monteiro e Luiz Guanais destacaram os impactos da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo nos resultados do segundo trimestre do Burger King Brasil.
O Ebitda ( lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) da empresa master-franqueadora da Burger King Corporation e da Popeyes Louisiana Kitchen no Brasil caiu 7,1% no período, para R$ 45,6 milhões. Já a margem Ebitda recuou de 11,5% para 8,5% no segundo trimestre.
Bons números, apesar de tudo
Apesar do período mais fraco, as vendas líquidas da rede atingiram R$ 537 milhões – um crescimento de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado e 4% acima das estimativas do BTG Pactual. Para os analistas do banco, o número positivo foi impulsionado pela aquisição da BKS, com 51 lojas e R$ 70 milhões de receita líquida no trimestre.
O fluxo de caixa da companhia também avançou no período, atingindo R$ 223 milhões no segundo trimestre, acrescido dos R$ 404 milhões pagos pela aquisição da BKS no período – totalizando R$ 627 milhões. No segundo trimestre do ano passado, o Burger King Brasil tinha uma dívida líquida de R$ 361 milhões.
Entre os meses de abril e junho, foram abertas 12 novas lojas no país – 8 próprias e 4 franquias, totalizando 103 novas lojas do Burger King nos últimos 12 meses.
“Avaliação premium justificada” e rating de compra
Os números favoráveis – apesar das dificuldades relacionadas à Copa do Mundo e à greve dos caminhoneiros – e as projeções positivas para o futuro fizeram o BTG Pactual manter o rating de compra para os papéis do Burger King.
“Embora o trimestre tenha sido difícil, os resultados ajustados para a Copa do Mundo e a greve de caminhoneiros não foram ruins. Neste ponto, estamos mantendo nossa visão positiva considerando o plano de expansão de lojas agressivo contínuo, mas vamos acompanhar de perto os efeitos de um ambiente mais competitivo nos resultados da empresa nos próximos trimestres”, disseram os analistas.
O preço-alvo fixado pelo BTG Pactual para os papéis do Burger King (BKBR3) foi de R$ 21,00. No pregão desta quinta-feira (9), as ações da empresa eram negociadas a R$ 15,31 – em alta de 1,93%.
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