O banco de investimentos BTG Pactual classificou as ações da Cielo (CIEL3) como neutras nesta quinta-feira (3), depois que a empresa divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2018. Para a equipe do BTG, o “cenário desafiador” da Cielo e as incertezas do setor exigem cautela.
Em relatório enviado a clientes, os analistas Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis mantiveram o rating neutro para os papéis da Cielo e comentaram os números da empresa do segmento de cartões de crédito e débito nos três primeiros meses do ano. Segundo eles, os resultados “pouco inspiradores” divulgados pela Cielo na noite da última quarta-feira já eram esperados.
O lucro líquido ajustado da empresa ficou em R$ 932 milhões no primeiro trimestre de 2018 – uma queda de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior e 3% abaixo das estimativas do BTG Pactual. Já as receitas líquidas caíram 5% na comparação anual, embora os volumes tenham avançado 8% no período.
Para os analistas do banco de investimentos, apesar de os resultados trimestrais mostrarem um crescimento conservador para a Cielo no começo do ano, “o mercado está se tornando mais dinâmico” – o que deve ajudar a impulsionar os pagamentos eletrônicos nos próximos anos” , apesar de haver “uma concorrência mais acirrada e a mudança na regulação” para o setor, que pressionam a lucratividade.
Incertezas e cautela para as ações da Cielo
Segundo o documento divulgado pelo BTG Pactual, as incertezas em relação ao setor de máquinas de cartão de crédito e débito continuam em alta – o que justifica um rating neutro para as ações da Cielo. Para os analistas do banco, o momento é de cautela em relação aos papéis do setor.
“A combinação de resultados mostra um cenário difícil e que apresenta grandes incertezas, o que pode traduzir em um crescimento baixo ou nulo de ganhos para a Cielo por um período longo. Os resultados do primeiro trimestre, por exemplo, já trazem riscos negativos para nossas estimativas”, afirmaram.
Na tarde desta quinta-feira, as ações da Cielo (CIEL3) operavam em forte queda de 6,1% na B3 (antiga BM&FBovespa), negociadas a R$ 18,00.
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