Além de acumular patrimônio e conquistar qualidade de vida, o consumidor que investe seus recursos de forma regular tem mais chances de driblar as constantes crises econômicas vivenciadas pelo país. Assim, é possível fazer com que sua renda não sofra tanto os impactos de altas na inflação. Ações como investir em CDB e em outros investimentos são excelentes para não só preservar, mas também aumentar seus bens.
Pensando nisso, este artigo foi preparado especialmente para apresentar ao leitor um excelente produto de renda fixa, ideal para quem quer obter rendimentos melhores do que os da poupança. Acompanhe a leitura e saiba os principais detalhes sobre o Certificado de Depósito Bancário — afinal, como investir em um CDB? Confira!
O que é CDB?
CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário que corresponde a um título de renda fixa remunerado por meio do crédito privado. Em outras palavras, quando você aplica capital nesses papéis, empresta dinheiro para um banco ou uma instituição financeira que, por sua vez, concederá crédito aos seus clientes e devolverá os recursos emprestados com acréscimo de juros.
Dizemos que é um título de renda fixa, pois os critérios de remuneração serão definidos quando o investidor contratar o CDB. Assim, no dia em que a aplicação vencer — data de vencimento do CDB —, o detentor receberá o montante inicial mais os juros que servirão como rentabilidade do investimento.
Como funciona o CDB?
Como comentamos, investir em CDB é emprestar dinheiro para o banco. Ao emitir esses títulos, a instituição atuará como uma intermediária entre os investidores, que fornecem os recursos, e os tomadores de empréstimos.
A rentabilidade que o investidor receberá quando o prazo do CDB vencer será determinada pelo tipo de CDB contratado. Vejamos os principais.
CDBs pós-fixados
Esse é um dos tipos mais comuns e seguros de CDB. Nessa modalidade, o investidor acorda com o banco alguma taxa de referência para receber pelo capital aplicado no futuro. As taxas mais comuns são a taxa CDI — Certificado de Depósito Interbancário — e a taxa Selic — que corresponde à taxa básica de juros da economia.
Em função disso, quando você escolher o título pós-fixado, precisará levar em consideração fatores como cenário econômico, perspectivas para o futuro e o melhor prazo de aplicação para suas necessidades.
CDBs prefixados
Como nos títulos prefixados a rentabilidade já é acordada no momento da compra dos papéis, eles são ideais para quando há expectativa de queda da taxa de juros. Imagine, por exemplo, que a taxa combinada no momento da compra foi de 14% e, no vencimento do título, a Selic estava a 10%.
Perceba que, se o título fosse pós-fixado, o investidor teria uma perda de rentabilidade — já que deixaria de receber os 14% de quando comprou o CDB para receber apenas 10% na data de seu vencimento.
Por isso, como o investidor já sabe de antemão quanto de juros receberá no final da aplicação, esses títulos são mais indicados para quem possui um perfil mais conservador e quer evitar o risco de sua lucratividade cair no decorrer do tempo.
CDBs híbridos
Os títulos híbridos nada mais são do que papéis que combinam a rentabilidade pós-fixada com a prefixada. Ou seja, parte do lucro será determinada por uma taxa conhecida no momento da compra e parte será definida apenas quando houver o vencimento da aplicação.
Os mais comuns nessa modalidade são os CDB’s indexados a uma taxa inicial fixa, mais o acréscimo de juros calculados por meio da variação do Índice de Preço ao Consumidor Amplo — o IPCA.
Quais são as suas principais vantagens?
Confira alguns motivos pelos quais vale a pena investir em CDB.
Garantia do FGC
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante valores de até R$ 250 mil aos investidores de CDB’s caso ocorra a falência da instituição financeira emissora dos títulos. Por causa dessa garantia, o investimento pode ser considerado de baixíssimo risco.
Custos
Ao contrário de outros investimentos de renda fixa — como o Tesouro Direto —, os bancos e corretoras não cobram taxas de administração, performance e custódia na venda de CDBs. A ausência desses custos melhora os ganhos para o investidor.
Rentabilidade
O CDB é uma aplicação extremamente vantajosa se comparada com investimentos mais conservadores, como a poupança. Para você ter uma ideia, com uma taxa Selic em torno de 10%, um CDB que pague a partir de 90% CDI já começa a ter rentabilidade melhor do que a caderneta. No entanto, é preciso sempre acompanhar esse índice e verificar qual é o CDB mais adequado ao seu perfil.
E as desvantagens?
Todo investimento tem seus prós e contras. Acompanhe alguns pontos negativos desses títulos.
Tributação
O Imposto de Renda (IR) incide sobre os lucros das aplicações em CDB de forma regressiva aos prazos de investimento. A cobrança do imposto funcionará da seguinte forma:
- até 180 dias de aplicação — será cobrado 22,5% de alíquota;
- de 181 dias a 360 dias — a alíquota será de 20%;
- de 361 dias a 720 dias — a alíquota será de 17,5%;
- a partir de 721 dias — incidirá 15% sobre o lucro.
Investimento mínimo
Se por um lado há retorno significativo e vantagens nos CDBs em relação a outros investimentos de renda fixa, por outro ele pode ser prejudicado por ter um valor mínimo para aplicação superior ao de outros títulos — o que acaba fazendo com que se torne menos interessante em determinadas situações.
Como investir em CDB?
Agora que você já se informou melhor sobre os Certificados de Depósito Bancário, acompanhe um passo a passo para fazer a suas primeiras aplicações.
1º passo: determine quanto tem para investir
A primeira e, talvez, mais importante etapa de qualquer planejamento financeiro é definir seus objetivos e metas para o futuro. A partir de então, você poderá determinar quanto pretende investir para obter lucro e conquistar os seus sonhos.
2º passo: abra uma conta em uma corretora de valores
Embora os bancos costumem oferecer CDB’s aos seus clientes, será mais interessante que você abra uma conta em uma corretora de valores para fazer as suas aplicações. Isso porque essas instituições tendem a disponibilizar uma variedade maior de títulos do que os bancos tradicionais — que oferecem apenas os seus papéis ou os de entidades parceiras.
3º passo: escolha o título mais adequado aos seus objetivos
Com um planejamento financeiro bem estruturado, sua escolha entre os títulos ofertados ficará mais fácil. Nessa etapa, para que sua decisão seja assertiva, será imprescindível que você se faça as perguntas a seguir.
- Em quanto tempo precisarei do capital investido?
- Corro o risco de ficar descapitalizado e ter que resgatar o valor investido antes do vencimento?
- Quais títulos apresentam melhor rentabilidade e condições mais adequadas às minhas necessidades?
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