Em uma era na qual as informações são produzidas em ritmo acelerado, a cada segundo, inúmeras interações digitais geram dados que podem ser aproveitados pelas empresas. Nesse cenário, surge um conceito indispensável: o data-driven.
Mais do que uma tendência, ele significa adotar uma mentalidade em que decisões estratégicas não são tomadas com base em intuições. A abordagem já não é exclusividade de grandes corporações. Empresas de todos os tamanhos se beneficiam dela para crescer sustentavelmente, reduzir riscos e inovar com mais segurança.
Neste artigo, você verá o conceito de data-driven, os pilares dessa cultura, seus benefícios e como implementá-la de modo gradual e integrado à rotina do seu negócio. Continue a leitura!
O que significa ser data-driven?
O termo data-driven pode ser traduzido como orientado a dados. Na prática, trata-se de uma cultura organizacional em que os dados são tratados como ativos estratégicos, capazes de guiar desde pequenas decisões operacionais até grandes movimentos de mercado.
Vale esclarecer que uma empresa data-driven não se limita a coletar informações. Ela organiza, analisa e transforma dados em percepções acionáveis. Então relatórios, indicadores e análises substituem palpites e suposições, tornando o processo decisório mais confiável e eficiente.
Diferença entre data-driven e analytics-driven
Embora os dois conceitos estejam relacionados ao uso de informações para orientar estratégias, eles não são sinônimos. O termo data-driven se refere a uma cultura em que as decisões empresariais são fundamentadas em dados concretos, como visto.
Já o analytics-driven está ligado às técnicas de análise avançada, como estatística, inteligência artificial (IA) e machine learning. Seu foco é interpretar os dados coletados, gerar projeções, identificar padrões e apoiar decisões de maior complexidade.
Enquanto o data-driven cria a base com informações confiáveis e acessíveis, o analytics-driven transforma esses dados em ideias estratégicas. Ao combinar as abordagens, é possível reduzir riscos, antecipar tendências e fortalecer a competitividade no mercado.
Por que adotar uma cultura data-driven?
Todo negócio pode se beneficiar da cultura data-driven. As pequenas empresas passam a entender melhor seus clientes, otimizar campanhas de marketing e controlar custos. As médias conseguem estruturar processos mais eficientes, identificar gargalos e planejar expansões com mais segurança.
Já as grandes empresas têm a oportunidade de ampliar análises complexas, integrar dados de diferentes áreas e inovar em larga escala.
Um estudo citado pela McKinsey em 2022 evidenciou esse cenário. Empresas data-driven têm um Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) até 25% maior do que aquelas que não utilizam dados estrategicamente.
Logo, as marcas que se apoiam em dados conseguem desfrutar de benefícios como:
- reduzir riscos: decisões baseadas em evidências diminuem a chance de erros;
- aumentar a eficiência: recursos são alocados com mais inteligência, evitando desperdícios;
- melhorar a experiência do cliente: dados permitem compreender comportamentos e personalizar ofertas;
- estimular a inovação: novas ideias revelam oportunidades de lançamento de produtos, serviços e mercados;
- ganhar competitividade: empreendimentos orientados a dados respondem mais rapidamente às mudanças do mercado.
Quais são os pilares de uma cultura data-driven?
Para que a mentalidade data-driven se torne realidade, é preciso estruturar a empresa em torno de alguns pilares.
Veja quais são eles!
Governança de dados
A governança garante que os dados sejam coletados, armazenados e utilizados de maneira segura, padronizada e conforme a legislação, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Sem esse fator, a empresa corre riscos de inconsistência, duplicidade e até problemas legais.
Democratização da informação
Não basta que a alta gestão empresarial tenha acesso aos dados. Uma cultura data-driven exige que informações relevantes estejam disponíveis para diferentes áreas e equipes, com clareza e acessibilidade. A medida aumenta a agilidade e promove decisões mais alinhadas em todos os níveis do negócio.
Liderança engajada
A transformação cultural só acontece quando a liderança dá o exemplo. Líderes precisam valorizar o uso de dados, incentivar a capacitação das equipes e cobrar decisões fundamentadas em evidências. Sem esse engajamento, a cultura data-driven dificilmente se consolida.
Como implementar essa cultura no negócio com eficiência?
A implementação de uma cultura orientada a dados não acontece instantaneamente. Trata-se de um processo gradual, que exige planejamento e disciplina. É comum empresas abandonarem o projeto de dados no meio do processo, seja por falta de clareza ou de engajamento.
Uma pesquisa realizada pela NewVantage Partners em 2021 indicou que somente 24% dos empreendimentos saíam da fase de planejamento para a prática. Nesse sentido, para que a transformação seja sustentável, alguns cuidados fazem a diferença.
Confira o passo a passo!
Defina objetivos claros e metas realistas
Antes de coletar dados indiscriminadamente, é necessário saber quais perguntas a empresa deseja responder. Também foque em projetos menores e amplie o escopo gradualmente. A tática ajuda a direcionar esforços e evita desperdício de tempo e recursos.
Invista em infraestrutura e ferramentas
Sistemas de business intelligence (BI), dashboards interativos e softwares de análise são úteis. Ferramentas como Power BI, Tableau e Looker Studio permitem visualizar dados de modo claro e acessível.
Capacite a equipe periodicamente
Não basta ter informações e ferramentas: as pessoas devem saber usá-las. Considere investir em treinamentos e workshops para desenvolver habilidades de análise e interpretação.
Nesse aspecto, os treinamentos corporativos da AB Consult podem ser uma oportunidade de fortalecer as competências da sua equipe financeira. Eles auxiliam a captar, classificar e utilizar dados financeiros para ampliar a visão estratégica do seu negócio.
Promova a cultura de dados no dia a dia
Incentive que relatórios e indicadores sejam usados em reuniões, planejamentos e avaliações de desempenho. Quanto mais os dados fizerem parte da rotina, mais natural tende a ser a transição para uma cultura data-driven.
Comece pequeno e evolua gradualmente
Inicie com projetos-piloto em áreas específicas, como marketing ou vendas. À medida que os resultados aparecerem, expanda para outras áreas. A abordagem garante sustentabilidade e adesão da equipe.
Monitore e ajuste constantemente
A cultura data-driven não é estática. É preciso avaliar continuamente os processos, corrigir falhas e buscar novas formas de aproveitar os dados.
Ficou claro que ser data-driven não é mais uma opção, mas uma necessidade para empresas se manterem competitivas em um mercado dinâmico. Empresas orientadas a dados são mais ágeis, inovadoras e preparadas para o futuro.
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