*Este artigo foi produzido pelo Gorila com exclusividade para o Portal André Bona.
Você já deve ter lido sobre o quanto é importante investir e acompanhar a rentabilidade dos seus ativos. Outro ponto que deve ser levado em consideração na hora de escolher onde aplicar sua grana são os Eventos Corporativos. Eles consistem numa série de momentos no qual o investidor pode receber parte do lucro da empresa, como por exemplo os dividendos, no caso do mercado de ações.
Essa graninha extra pode pintar de várias formas, sempre de acordo com cada tipo de investimento. Então, descubra quais são os Eventos Corporativos da carteira de investimentos para não perder nada de vista.
Vamos começar falando sobre o Eventos Corporativos que podem ser obtidos quando decidimos por investir no mercado de ações. Se você já investe na Bolsa, veja se já recebeu todos esses Eventos Corporativos.
Dividendos
Com certeza, essa palavra é uma das mais conhecidas e já obtidas quando falando em ações. Podemos entender o dividendo como sendo parte do lucro de uma empresa que é distribuído entre os seus acionistas.
É definido por lei que, quando uma empresa vende seus ativos, ela tem que distribuir pelo menos 25% de seus lucros do exercício entre todos os acionistas. O dividendo ainda pode ser imaginado com uma fatia de grande bolo que cada empresa produz.
A divisão do bolo é proporcional a quantidade de papéis que o investidor possui. Assim, quanto mais ações você tiver, maior será o seu pedaço.
Bônus em ações
Outra forma de Evento Corporativo são bônus em ações. Isso pode aparecer na sua carteira de investimentos quando uma empresa tem um aumento considerável de seu capital e ela decide distribuir aos seus acionistas novos ativos de forma proporcional ao que cada um deles já adquiriu.
Além da bonificação em ações, pode acontecer a bonificação em dinheiro. Nesse caso, as empresas usam as reservas que seriam incorporadas para distribuir entre os acionistas. Esse modelo é similar aos dividendos como explicamos acima.
JSCP
Essas letrinhas significam Juros Sobre Capital Próprio, que consiste em mais uma maneira da empresa distribuir seu lucro entre os acionistas, titulares e sócios. A diferença entre dividendos e JSCP se deve ao fato de que é preciso pagar 15% de Imposto de Renda retido na fonte sobre o valor recebido do JSCP.
Do ponto de vista contábil, isso acontece porque este provento é visto como uma despesa para a companhia, pois o mesmo é considerado antes do seu lucro líquido.
Grupamentos
Se uma empresa percebe que o preço dos seus papéis estão muito baixos, ela pode reunir várias ações em uma visando aumentar o valor unitário da ação. Os acionistas não são impactados com isso porque o valor do investimento deles permanece o mesmo.
Imagine que um acionista tem 100 ações com o preço de R$ 5 cada. Caso a empresa resolva agrupar cinco ações em uma, o investidor vai ter 20 ações ao preço de R$ 25 cada. O investimento total não teve alteração e continua sendo de R$ 500.
Desdobramentos
Também pode acontecer com as ações o inverso, quando a companhia tem muitos papéis disponíveis no mercado e com preços elevados. A solução é diminuir a procura por esses ativos.
Dessa forma, caso um investidor tenha 100 ações ao preço de R$ 12 cada uma e a empresa dividir cada ação em duas, a pessoa terá 200 ações ao preço de R$ 6. Perceba que mais uma vez não houve mudança sobre o valor da aplicação, que é de R$ 1.200.
Redução de capitais em ações
Outro Evento Corporativo pode acontecer quando a empresa acredita que possui uma quantidade de capital social superior à necessária para a operação da empresa ou após ocorrer prejuízos. Isso leva o nome de redução de capitais em ações.
Geralmente, o investidor está mais acostumado com a existência de operações de aumento de capital por meio de emissão de ações criadas pelas empresas, porém nessa situação o acionista recebe uma quantia da companhia. A restituição visa equilibrar os papéis da empresa.
Outros eventos da carteira
Além das ações, há outras classes de investimentos que também contemplam alguns Eventos Corporativos, como por exemplo o rendimento. Esse valor que o investidor recebe periodicamente quando aplica sua grana em títulos de Renda Fixa. Quando o investimento é em FII, ele equivale a uma espécie de aluguel que o investidor recebe.
Em alguns FIIS, debêntures, CRI e CRA há o pagamento de amortização. Ela está relacionada com a devolução do capital investido inicialmente no fundo, referentes ao término do prazo ou à liquidação do fundo.
E não esqueça de acompanhar a data de vencimentos de ativos em Renda Fixa, como por exemplo CDB, Tesouro Direto, LC, LCI, LCA, debêntures, CRI e CRA.
Viu só como ficou mais fácil entender todos os eventos que podem acontecer nos seus investimentos? E você, já recebeu algum deles?
1 comentário
Gostei muito do post, parabéns!
Muito bem explicativo.