Encontrar o momento mais adequado para investir pode ajudar no desempenho da sua carteira de investimentos. Isso porque o resultado de um investimento pode depender das circunstâncias em que ele foi realizado.
Nesse sentido, é importante saber o que são os ciclos de mercado. Esse conhecimento evita que você perca oportunidades ou invista em alternativas que não são tão vantajosas. Assim, suas decisões se tornam mais efetivas.
Pensando nisso, este artigo ajudará a entender o significado de ciclo de mercado para que você saiba como identificar os melhores momentos para investir. Não perca!
O que são os ciclos de mercado?
Os ciclos de mercado estão relacionados aos padrões e comportamentos do mercado financeiro. Eles têm duração determinada e costumam ocorrer entre os dois últimos pontos de topo ou fundo de um indicador de referência.
Na bolsa de valores, por exemplo, um ciclo de alta costuma ser representado pela tendência de aumento nos preços e no volume de negociação. Já o período de baixa envolve a desvalorização da cotação dos ativos e derivativos.
No mercado financeiro, os períodos em que há uma tendência prolongada de queda dos investimentos são conhecidos como bear market. O evento contrário, caracterizado pela tendência de alta do mercado, é chamado de bull market.
Veja o gráfico da Vanguard que ajuda a entender os ciclos de alta e queda da bolsa de valores:
Esse esquema permite identificar 9 bear markets no mercado global de ações, de janeiro de 1980 a dezembro de 2021. Eles são caracterizados pela queda de 20% em relação ao último pico atingido, com duração de, no mínimo, 2 meses.
Também é possível observar que o mercado se recuperou de todos eles — em um período maior ou menor. Logo, é esperado esse mesmo movimento em outros ativos, como em um fundo de índice (ETF) de ações.
Quais são as fases dos ciclos?
Além de entender o que são os ciclos de mercado, é preciso saber que existem fases que os caracterizam. Ao compreender esse ponto, você pode identificar melhor os comportamentos dos preços dos ativos e derivativos.
Confira:
Acumulação
Trata-se do momento inicial do ciclo de mercado na bolsa, em que investidores e especuladores começam a acumular ativos. Ele pode ser caracterizado por um fundo, ou seja, acontece quando há um período de baixa do investimento ou setor considerado.
Nessa etapa, a tendência é iniciar uma movimentação por parte dos compradores — que identificam uma oportunidade de adquirir um ativo, por exemplo. Afinal, com os preços mais baixos, podem surgir possibilidades para comprar barato e vender mais caro.
Markup
O markup representa a fase de valorização dos ativos, resultante do impacto da força compradora. Nessa fase, os preços começam a subir, o que pode atrair ainda mais interessados em aproveitar esse movimento.
Distribuição
Na etapa de distribuição ocorre a chamada sobrecompra. Isso significa que a força compradora tende a diminuir, pois os operadores passam a identificar que o investimento não é mais interessante.
Em geral, isso ocorre porque o mercado passa a avaliar que o preço atual dos ativos não é compatível com os resultados apresentados. Assim, a tendência dessa fase é haver um domínio da força vendedora e os preços tendem a cair.
Markdown
A quarta fase do ciclo de mercado envolve consolidação da força vendedora e a desvalorização dos ativos. Como consequência, muitas decisões de venda são tomadas de forma emocional.
Entretanto, o markdown também abre oportunidades para investidores e especuladores. Por exemplo, se uma empresa mantém bons fundamentos, mas suas ações caem abaixo do valor justo, pode surgir uma oportunidade de investimento.
Caso a força compradora se consolide, a fase de acumulação pode iniciar, repetindo o ciclo. Vale ressaltar que essa ordem está relacionada a um ciclo de alta. No caso da baixa, ocorre a distribuição, markdown, acumulação e markup.
É possível identificar um ciclo de mercado?
Como você viu, os ciclos de mercado podem ser explorados com o intuito de obter ganhos. Para tanto, você precisa saber como identificar essas movimentações. Embora seja difícil saber com exatidão os pontos de virada do ciclo atual, é possível desenvolver sua capacidade analítica.
Uma dica é analisar os resultados passados, o que pode ser feito utilizando um indicador de referência. Isso ajuda a identificar o intervalo entre duas altas ou duas baixas, facilitando o reconhecimento dos ciclos.
Contudo, avaliar apenas as oscilações dos preços não é o suficiente para identificar um ciclo atual. Também é preciso considerar o volume de negociações. Quanto maior for essa característica, mais intensas são as fases de acumulação ou de markup. O oposto vale para as vendas.
Como lidar com esse movimento e investir melhor?
Além de saber identificar um ciclo de mercado, você deve entender como lidar com esses movimentos para aproveitá-los ou proteger a sua carteira.
Para isso, comece identificando o seu perfil de investidor e os seus objetivos financeiros. Dessa forma, você entenderá qual é o seu nível de tolerância aos riscos e identificará quais operações podem ser mais apropriadas para as suas necessidades.
Outro ponto central é traçar uma estratégia. Isso envolve definir se você pretende aproveitar o cenário ou se proteger dele. Uma forma de aumentar a proteção diante das movimentações é diversificar a carteira em tipos de investimentos, bem como em mercados e setores distintos.
Nesse sentido, os ETFs podem ajudar, pois eles fornecem exposição a diferentes ativos por meio da aquisição de apenas uma cota. Além disso, existem fundos de índice globais, que permitem investir com exposição internacional sem sair do Brasil.
A prática é vantajosa porque o investimento internacional é descorrelacionado com o mercado interno e permite que você aproveite os resultados das economias de outros países. Ademais, se a economia for mais sólida que a brasileira, a duração do período de baixa no mercado pode ser menor.
Ao longo deste artigo, você aprendeu como identificar os ciclos de mercado e aproveitar oportunidades ou proteger seu portfólio diante deles. Assim, é possível ter resultados mais consolidados ao longo do tempo.
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Este artigo foi produzido pelo CEO da Investo com exclusividade para o Portal André Bona