O FIDC, ou Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, reúne aplicações de investidores de peso, dentro de um formato bastante específico de gestão.
Esse fundo tem características bem definidas e um pouco diferente de outros. Conhecê-las bem, assim como entender seus benefícios e desvantagens é fundamental antes de estudar a possibilidade de se tornar um investidor habilitado, de acordo com as regras do FIDC.
Que tal vermos detalhadamente como esse modelo funciona? O post a seguir trará informações valiosas para que você fique por dentro dos principais pontos que envolvem o FIDC. Continue a leitura e acompanhe!
Entenda o que é o FIDC
O FIDC é um fundo no qual um mínimo de 50% do patrimônio líquido dos cotistas são investidos em Direitos Creditórios, criando uma espécie de comunhão entre todos os envolvidos.
Os Direitos Creditórios são configurados por recebíveis, como exportações, aluguéis e crédito por consignação. As dívidas de empresas são transformadas em títulos, que são lançados no mercado para captação de recursos.
Quem vende esses recebíveis são as instituições financeiras. Elas comercializam as cotas para captar recursos monetários para desenvolver suas atividades e aplicações.
É importante ressaltar que o FIDC é um fundo de renda fixa, ou seja, o investidor conhece exatamente as taxas e a quantia que receberá ao final da aplicação. Ainda assim, mesmo conservador, o fundo oferece ótima rentabilidade, por conta de sua proporção, especialmente pela exigência de aplicação mínima.
Ele pode ser feito basicamente de duas formas:
- fundo aberto: o investidor resgata suas cotas no momento em que desejar;
- fundo fechado: o resgate só pode ser feito depois do prazo estipulado no momento da assinatura do acordo.
Estrutura de composição do FIDC
O FIDC tem uma estrutura muito específica, que faz com que o investimento distancie-se de todas as operações e burocracias comuns no segmento. Esse fundo é composto basicamente de quatro pilares:
- Cedente: é a empresa que trabalha em prol de gerar os direitos creditórios;
- Estruturadores: instituição responsável ou escritório jurídico que monta a operação como um todo;
- Custodiante: instituição financeira responsável pela custódia e controle dos valores a receber do fundo;
- Administrador: o responsável pelo FIDC perante a lei;
- Cotistas: os investidores do FIDC.
Composição do esquema de cotas
Há duas classificações para cotistas do fundo, e cada um deles está em um nível determinado. Essas diferenças nas cotas têm influência direta na maneira como o fundo apresenta rentabilidade.
Cada uma dessas cotas tem uma proporção definida no momento da fundação do FIDC. Esses dois tipos são os seguintes:
- cota sênior: é prioritária no recebimento do resgate dos investimentos. Para essa categoria, o conceito de renda fixa é levado ao pé da letra, já que o objetivo é determinado de maneira prévia, assim que os contratos de compromisso são assinados;
- cota subordinada: está abaixo da sênior no que diz respeito ao momento de resgate ou a questões de amortização. Quem possui essa cota recebe depois, assumindo riscos de inadimplência dos títulos, mas também almejando maiores lucros, já que se o fundo render acima do esperado, são os subordinados que ficam com essa margem de ganhos.
Disponibilidade para participação
O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios é um sistema complexo que envolve quantias bastante altas, além de toda uma estrutura que abrange elementos fundamentais para o seu funcionamento.
Esses fatores fazem com que esse modelo de investimento limite quem possa participar destes fundos. Estão apenas aptos ao investimento investidores qualificados, já classificados como profissionais. Além disso, estão qualificados aqueles:
- indivíduos que possuem certificação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como agentes com autonomia, administradores de carteiras, consultores de valores imobiliários e analistas;
- clubes de investimentos cujo gestor seja um investidor qualificado;
- pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos na casa de R$ 1 milhão, com comprovação.
Veja como é a rentabilidade dos FIDC
Um dos fatores que fazem o FIDC ser tão forte é a sua rentabilidade. É possível considerar esse fundo como um dos melhores entre os fundos de renda fixa, já que a rentabilidade do FIDC costuma chegar a 120% do CDI.
No momento de abertura de FIDC, a maioria dos estruturadores oferece apenas a cota sênior, de modo que a subordinada, na teoria, é inferior a ela. Entretanto, no que diz respeito à possibilidades de lucros, a subordinada pode ter uma variação positiva.
Ainda que seja um fundo de renda fixa, o FIDC oferece a possibilidade de margens maiores de lucros às cotas subordinadas, como já falado. Então, dependendo do tamanho do investimento, não é desvantagem possuir esse tipo de cota, pois pode gerar lucros ainda maiores que os predefinidos.
Conheça os prós e os contras do FIDC
Falar do FIDC pode não ser tão fácil por conta de seu sistema de funcionamento muito específico. Entretanto, ao se aprofundar no assunto, podemos perceber que é uma aplicação interessante.
Ainda assim, ela possui suas desvantagens. Então é relevante deixar bem claro quais são os prós e contras do FIDC.
Prós:
- São classificados por agências de risco, deixando bem evidente aos investidores como será a segurança da aplicação;
- rentabilidade muito boa;
- permite a contratação de consultorias para analisar o que está sendo recebido, antes que esses ativos comecem a compor os fundos;
- abertura para negociação no mercado secundário;
- vários setores fiscalizam a FIDC, ou seja, mais segurança ao investidor;
- investimentos diversificados.
Contras:
- Somente profissionais e investidores qualificados podem participar;
- o aporte inicial é de, no mínimo, R$ 25 mil, de acordo com as regras da CVM;
- liquidez baixa;
- riscos maiores pois trabalha com créditos, estando constantemente sujeito à inadimplência;
- taxas de administração altas;
- tributação do IR ao resgatar as cotas;
- alta oscilação de rentabilidade.
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Artigo publicado em 28/11/2017. Atualizado em 03/05/2019.
1 comentário
Bom dia, Meu nome é Cássio e eu tenho a curiosidade de saber se vocês recebem investimento de devedores do Serasa.
Por favor, respondam.