Um eventual fim do JCP (Juros Sobre Capital Próprio) poderia impactar negativamente parte das empresas brasileiras listadas em bolsa. Esta é a avaliação do banco de investimentos BTG Pactual , de acordo com um relatório enviado a clientes na última quinta-feira (24).
No documento, os analistas Bernardo Teixeira e Carlos Sequeira destacaram as manchetes dos jornais nos últimos dias, que traziam a possibilidade do fim do JCP – uma das principais modalidades de pagamento de proventos no mercado financeiro – no governo Bolsonaro. Para os analistas, caso o término do incentivo fiscal às empresa – oriundos do pagamento destes proventos – se confirme, parte das companhias listadas na bolsa seriam impactadas de maneira negativa.
A equipe do BTG Pactual destaca que, apesar de o ministro da Economia Paulo Guedes reforçar que não pretende aumentar a carga tributária global das empresas, a medida poderia afetar os lucros destas empresas – já que muitas companhias dependem dos pagamentos do JCP para garantir seus lucros.
“Embora o ministro também tenha dito que o objetivo não é aumentar a carga tributária global (os impostos corporativos poderiam ser reduzidos, compensando o fim da tributação sobre dividendos), os lucros das empresas que dependem muito dos pagamentos de JCP podem ser desproporcionalmente impactados”, disseram.
Segundo o banco de investimentos, as empresas de capital aberto brasileiras pagaram cerca de R$ 66 bilhões em Juros Sobre Capital Próprio no ano passado. Ainda de acordo com o BTG, um cálculo mais simplista aponta que o benefício fiscal gerado pelos pagamentos de JCP fez com que o governo federal perdesse quase R$ 20 bilhões em receita de impostos em 2018.
As mais afetadas com o fim do JCP
No relatório, os analistas do BTG Pactual apontaram que ao menos 40 empresas listadas na bolsa brasileira, beneficiadas por este incentivo fiscal, seriam impactadas em caso de um eventual fim do JCP no país. Para eles, o impacto negativo nos ganhos e no preço-alvo das ações em 2019 com o término do JCP seria de 10% e 6%, respectivamente.
Entre as empresas que seriam mais afetadas por um eventual fim do JCP e dos benefícios fiscais inerentes a esta modalidade de pagamento de proventos estariam, segundo o BTG Pactual, Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4), B3 (B3SA3), entre outras. Nestes casos, o preço-alvo das ações poderia sofrer uma redução de até 19%.
Sobre o BTG Pactual digital
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