O Ibovespa – principal índice da bolsa brasileira – fechou em alta na sessão da última quinta-feira (28), a última de 2017. Com o avanço desta semana, o índice encerrou o ano com valorização acumulada de 26,85%.
Em um pregão marcado por ajustes de posições e carteiras dos investidores e com um giro financeiro pouco maior que R$ 7 bilhões, o Ibovespa avançou 0,43%, aos 76.402 pontos, e cravou a sexta alta consecutiva. No mês de dezembro, o indicador subiu 6,15%.
Fator EUA e dados econômicos
Entre as principais razões do ritmo positivo do principal índice da B3 (antiga BM&FBovespa) nas últimas sessões do ano estão a evolução dos índices no mercado externo – principalmente nos EUA, onde os indicadores avançaram ao longo da semana – e à divulgação de dados econômicos positivos no Brasil.
Na sessão de quinta-feira, os principais índices norte-americanos –Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq Composite – fecharam em alta, impulsionados pelo setor financeiro e de tecnologia. Enquanto isso, no Brasil, os destaques foram para os resultados do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) e da confiança na indústria no país.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M terminou 2017 com deflação pela primeira vez em oito anos, acumulando um recuo de 0,52% no ano. Em 2016, a alta do índice foi de 7,17%.
Já o índice de confiança da indústria no país fechou o ano em 99,6 pontos de 100 – o melhor nível em quase quatro anos. Os dados também foram apresentados pela FGV.
Destaques do Ibovespa
Os maiores destaques da última sessão de 2017 na bolsa brasileira foram as ações da General Shopping (ON), que disparou 16,53%, da Eletrobras (ON) e Eletrobras PNB, que subiram 5,22% e 4,61%, respectivamente, e os papéis da Smiles (ON), que valorizaram 2,15%.
As ações do Itaú Unibanco (PN), Petrobras (PN) e Vale (ON) também se destacaram no dia, avançando 0,26%, 0,31% e 1%, respectivamente, no último pregão do ano.
Cautela em 2018
Apesar do otimismo do mercado interno e externo, ainda existe um sentimento de cautela dos investidores e do mercado em geral para 2018.
Os principais motivos para esta sensação de prudência são as eleições presidenciais no próximo ano e a possibilidade de rebaixamento da nota de crédito do Brasil por agências de classificação de riscos, de acordo com agentes do mercado ouvidos pela Reuters.
No início do ano, no entanto, as atenções do mercado financeiro devem permanecer na Reforma da Previdência, que deve ser votada no congresso em fevereiro. A expectativa é de que o governo consiga apoio suficiente para aprovar a reforma.