*Este artigo foi produzido pela Geo Capital com exclusividade para o Blog de Valor.
A diversificação de investimentos já é um tema bem explorado para quem tem interesse em cuidar do próprio dinheiro. Neste momento, os investidores brasileiros estão cada vez mais interessados em como diversificar o risco que correm, ou seja, como ter o capital diversificado de tal maneira que se houver uma crise conjuntural ou sistêmica no país, seu patrimônio não seja totalmente afetado por isso.
A solução encontrada e recomendada para mitigar esses riscos é ter parte do patrimônio investido fora do Brasil. Saiba, a seguir, mais sobre o assunto.
Investimentos no exterior
As regulamentações têm mudado bastante nos últimos dez anos, de forma que tem sido cada vez mais prático e acessível para brasileiros investirem em ativos internacionais. Ainda não temos uma legislação totalmente favorável, pois exige-se que, para ter investimentos fora do Brasil, o interessado seja um investidor qualificado – isso quer dizer ter um patrimônio financeiro total acima de 1 milhão de reais.
O valor aplicado em ativos no exterior tem crescido muito nos últimos três anos. Uma matéria recente da Mariana Segala, pela Revista Exame, sobre investimentos no exterior conta que, desde 2015, o valor quase dobrou. Além disso, há muitos fundos que oferecem já essa opção e são facilmente acessíveis aos investidores brasileiros.
Argumentos a favor desses investimentos no exterior não faltam. O primeiro é que o horizonte de opções de investimento é muito maior. O Brasil representa apenas 3% do PIB mundial, isso mostra o quanto o investidor se limita quando decide investir somente no Brasil. Quando se fala do universo de ações disponíveis então, a diferença é ainda maior. No Brasil existem cerca de 600 empresas listadas na bolsa. Enquanto no mundo todo são cerca de 60 mil empresas listadas. Sendo assim, quando se olha para fora existem muito mais opções e é possível ser acionista das maiores empresas do mundo.
Outro fator que assusta investidores brasileiros é o fato de ficar sujeito ao câmbio. Como esses fundos investem a aplicação em ações precificadas em dólares, a rentabilidade do fundo também fica sujeita à variação cambial. Provavelmente não há discórdia em dizer que o dólar é uma moeda forte. No entanto, quando se pensa em variação cambial, as pessoas se assustam por achar que estar exposto ao dólar é algo desvantajoso. No entanto, vale considerar que se o dólar sobe, a cota do fundo se beneficia com esse movimento; e se o dólar cai, a cota é prejudicada.
De qualquer maneira, há muitas opções de investimentos no exterior sendo oferecidas no Brasil que merecem a atenção dos investidores. É importante ter parte do patrimônio que esteja atrelada a outros tipos de risco, o que traz mais segurança ao investidor.
E você, tem investimentos fora do país? Deixe um comentário no post e compartilhe conosco suas experiências sobre o assunto!
*A Geo Capital é uma gestora de recursos independente, focada exclusivamente na gestão de investimentos em ações de empresas listadas fora do Brasil. É responsável pelo fundo GEO EMPRESAS GLOBAIS.