Nos títulos de renda fixa, a maioria dos ativos possuem FGC. Entretanto, com a mudança no panorama econômico, é necessário diversificar o patrimônio. Mas, será que valem a pena os investimentos sem FGC?
O FGC nada mais é que o Fundo Garantidor de Crédito. Este, por sua vez, serve para resguardar o investidor, de forma que seja mitigado eventuais prejuízos da aplicação.
Atualmente, o Fundo Garantidor de Crédito possui a cobertura de R$250.000,00. Este valor protege o investidor por instituição financeira e por CPF.
Como resultado, as aplicações em Renda Fixa tornam-se atrativas para os perfis que visam proteger os valores aplicados. E até mesmo alavancar a rentabilidade.
Impacto do CDI
Quem já investe a mais tempo, deve ter percebido que a taxa dos investimentos pós-fixados vem caindo. Acima de tudo, isto acontece porque boa parte deste ativos estão atrelados ao CDI, (Certificado de Depósito Bancário) que sofreu sucessivas quedas, após os cortes na Taxa SELIC.
Como alternativa, para driblar este cenário, existem investimentos sem FGC que podem maximizar a sua rentabilidade.
É válido lembrar que estes investimentos sem FGC são indicados apenas para os investidores que já possuem a reserva de emergência concluída.
Diversificando os Investimentos
Em segundo lugar, os ativos sem a proteção do FGC podem ou não ter garantias. Por exemplo, existem alguns investimentos que oferecem os imóveis do banco como garantia. Entretanto, não existe uma regra clara para cada um.
Por isso, é importante pesquisar as especificidades de cada ativo.
Investimentos sem FGC
1. CCB
As Cédulas de Crédito Bancário são títulos de crédito. Na prática, existe uma cédula, que garante o retorno do seu investimento, com a rentabilidade, na data acordada.
Este título é menos conhecido no universo da renda fixa. Justamente por não possuir o FGC. Entretanto, a garantia varia de acordo com o emissor, podendo ser os imóveis do banco ou até mesmo fiduciária.
A rentabilidade deste ativo é bem atrativa. Atualmente, é possível encontrar títulos com 14% a.a pré-fixados.
Fique atento! Ao escolher o ativo verifique sempre se a liquidez está de acordo com o seu objetivo.
2. CRI e CRA
O Certificados de Recebíveis, são títulos com a finalidade de financiar projetos imobiliários, no caso do CRI. E, do agronegócio, quando refere-se ao CRA.
Ao adquirir este investimento, o investidor está comprando, na verdade, o direito de ser remunerado pelo financiamento destes setores. Além disso, estes investimentos também não possuem Imposto de Renda. Isso porque esses setores são incentivados pelo governo.
O principal risco nesta operação é o de crédito. Em outras palavras, a garantia está no empreendimento do CRI e no agronegócio, no caso do CRA.
Isso significa que se as pessoas que compraram os imóveis da operação e pediram crédito para o agronegócios, não conseguirem pagar esta inadimplência pode afetar a rentabilidade do investimento.
3. Debêntures
O mercado financeiro é repleto de oportunidades. Em função disso, muitos investidores ficam perdidos para escolher uma aplicação visando diversificar a carteira.
As debêntures, são emitidas por empresas, através de um título de dívida. O valor captado pode ser utilizado para diversos fins. Como, por exemplo, financiar as operações, utilizar como capital de giro ou até mesmo financiar o crescimento da empresa.
Um dos principais riscos desse investimento é a liquidez.
Como resultado, é importante o investidor verificar se o dinheiro aplicado tem disponibilidade para render até o vencimento pré estabelecido.
Investir ou não em ativos sem FGC?
Tomar a decisão de investir em ativos sem FGC é, de fato, sair da zona de conforto em busca de maiores rentabilidades.
Em contrapartida, é necessário que o investidor tenha, no mínimo, uma reserva de emergência. Como resultado, terá mais confiança para realizar esta operação.
Antes de alocar o dinheiro, vale a pena pesquisar e analisar a saúde financeira do emissor. Acima de tudo, verificar se existe alguma garantia para substituir o FGC.
Se você gosta deste tipo de conteúdo fique à vontade para nos enviar suas dúvidas, sugestões e comentários.
Bons investimentos e até a próxima!!
*Este artigo foi produzido pelo App Renda Fixa com exclusividade para o Portal André Bona.