Investir em Ouro no Brasil é possível. Além disso, é uma boa opção para pessoas com um perfil conservador. Isso porque se trata de um ativo físico considerado um dos mais seguros da economia mundial.
Se visto como uma forma de rentabilizar, no longo prazo, pode ser uma boa opção para a sua carteira. Ademais, o ouro também serve como lastro para a reserva monetária de diversas economias no mundo. Como resultado há sempre oferta e demanda garantida.
O ouro como porto seguro
Por isso, em tempos de crise e instabilidade econômica o ouro se valoriza. Este ativo também serve com hedge. Em outras palavras, serve como proteção.
Em período de descrença, com os títulos de dívida do governo, ou até mesmo no mercado acionário, investir em ouro, serve como porto seguro mediante a desvalorização que os títulos e ações podem sofrer.
Um exemplo disso foi em 2008, na crise americana do subprime. O momento de tensão fez com que o preço do ouro marcasse uma valorização expressiva.
Mercado de ouro no Brasil
Assim como em outras economias no mundo, o mercado de ouro no Brasil tem suas cotações tendo como base os preços internacionais do metal. E, desta forma, são negociadas por grama de ouro puro.
Para investir em ouro existem 3 maneiras que o investidor pode optar:
1. Mercado Futuro
No mercado futuro, o ouro como um ativo físico é negociado entre os investidores para a entrega no futuro. Como resultado, investir em ouro nesta modalidade é ter o preço da transação previamente estabelecido.
O primeiro passo para investir em ouro pela modalidade de mercado futuro é buscar uma corretora de valores, devidamente cadastrada na Bolsa de Valores.
No mercado futuro é possível encontrar frações de 0, 225 gramas até 10 gramas para ser negociado. Nesta operação, existe maior liquidez para a compra e venda. De forma que o investidor tenha que apenas arcar com os custos da taxa de corretagem após a negociação.
Vale lembrar que este investimento, assim como na renda variável, é isento de imposto de renda para valores menores que R$20.000,00
2. Ouro físico: Mercado Balcão
Existe a possibilidade de investir, inclusive, na barra do ouro na sua forma física. O processo é mais complicado, pois o investidor precisará encontrar um banco ou corretora que faça a comercialização deste ativo.
Além disso, também será necessário comprovação de renda, no caso de compras com valores acima de R$10.000,00
Será necessário também um banco que seja o custodiante. Isso porque, será necessário guardar o ouro. Esta operação tem um custo mensal sobre o montante que será mantido no banco
A desvantagem, neste caso, é a liquidez na hora da venda. De forma que se torne mais difícil encontrar um comprador. Ou seja, uma contraparte que esteja determinada a comprar pelo preço sugerido pelo mercado.
3. Fundos de investimento
Esta é, de fato, a opção mais acessível para o investidor e com os trâmites menos complicados para se investir em ouro.
Pelo fato de ter menos burocracia, o investidor delega as decisões ao gestor que administra o fundo de investimento. É importante ficar atento ao tipo de gestão que está sendo oferecida.
Podendo ser mais passiva, refletindo apenas as variações no preço, como passiva. Por sua vez, o gestor compra e vende o ativo de acordo com o momento do mercado. Como o próprio nome diz o gestor estará cuidando do investimento ativamente, a fim de encontrar melhores rentabilidades.
O tipo de gestão vai depender da sua estratégia de investimento. Os valores mínimos podem variar de R$5.000,00 a R$10.000,00. Desta forma, o investidor consegue se expor e investir em ouro.
Apesar de ser mais acessível, esta modalidade conta com a taxa de administração do fundo além do come-cotas.
Maneiras alternativas
Existem outras formas de ter ouro, como por exemplo, a compra de jóias e até mesmo no mercado informal. Entretanto, não há garantia de que seja o ativo esteja na sua forma pura.
Além disso, não há garantia que conseguirá revender. Afinal, muitas destas jóias não possuem registros com procedências legais, fazendo com que não tenha liquidez.
Acima de tudo, é necessário muito estudo para investir em ouro de forma não especulativa. O investidor precisará ter uma boa base e experiência neste mercado para realizar este investimento.
Alternativa, para o investidor conservador, é diversificar seus investimento em vários setores. Por exemplo, investimentos em setor bancário, imóveis e agropecuário.
Tudo isso é possível dentro da Renda Fixa. Existem ativos sem FGC (Fundo Garantidor de Crédito) que protege o investidor em R$250.000,00 com rentabilidades tão agressivas quanto ações.
Se você gosta deste tipo de conteúdo fique à vontade para deixar suas dúvidas, críticas e sugestões na caixa de comentários.
Bons investimentos e até a próxima!!
*Este artigo foi produzido pelo App Renda Fixa com exclusividade para o Portal André Bona.