*Este artigo foi produzido pela Magnetis com exclusividade para o Blog de Valor.
Todo investidor sonha com uma aplicação financeira de baixo risco, que possa ser resgatada a qualquer momento e que tenha boa rentabilidade.
Os fundos DI atendem parte desses anseios ao oferecer liquidez diária com risco mais baixo. A rentabilidade, porém, pode ser uma grande pegadinha!
Por falta de conhecimento, muitas pessoas estão deixando de ganhar dinheiro ao investirem em fundos DI com altas taxas de administração, que “mordem” uma fatia dos ganhos do investidor. Muitos desses fundos “pegadinha” são oferecidos pelos grandes bancos.
Para refrescar, um fundo DI é uma aplicação financeira de renda fixa de baixo risco e que permite o resgate a qualquer momento.
Esses fundos investem a maior parte do dinheiro de seus cotistas em títulos do governo, geralmente em Tesouro Selic (que acompanha a taxa básica de juros da economia). Por isso, quem investe em um fundo DI, em teoria, tem uma rentabilidade próxima a desses títulos.
Mas o que faz um fundo DI ter um rendimento bom e outro ter um retorno péssimo, até mesmo menor que a poupança? A diferença está na taxa de administração. Ela é cobrada diariamente sobre o valor que o investidor aplica no fundo e é expressa em porcentagem (%) ao ano.
Assim, quanto maior for a taxa de administração de um fundo DI, menor tende a ser sua rentabilidade.
Vale reforçar que o fundo DI é o “feijão com arroz” para a carteira de qualquer pessoa. Ele é um dos produtos mais simples do mercado, focado em juros pós-fixados. Bom para montar reserva de emergência ou aplicar para o curto prazo.
Dito isso, não faz sentido fundos DI com taxa de administração elevada, pois sua gestão é muito simples – diferente da gestão de um fundo de ações ou multimercados, por exemplo.
Taxa de administração acima de 1% já é considerada alta, pois são fundos que podem até perder para a poupança no atual cenário.
Resumindo: se todos os fundos DI investem basicamente nos mesmos tipos de títulos pós-fixados, a rentabilidade de todos eles deve ser próxima do desempenho desses títulos, certo? Na realidade, não é bem assim. Na Magnetis, fizemos um estudo sobre a rentabilidade dos fundos DI e o resultado não foi animador (continue lendo o tópico abaixo).
Como as taxas de administração corroem o rendimento dos fundos DI
Muitas pessoas que buscam aplicações seguras em renda fixa acabam optando pelo fundo DI por conta da praticidade do investimento. Alguns bancos até o oferecem como opção de aplicação automática para seus correntistas.
Mas o que, muitas vezes, não fica claro é o quanto as taxas de administração afetam a rentabilidade desses fundos.
Para ver como isso funciona na prática, nós da Magnetis fizemos um levantamento para analisar a rentabilidade e os custos de 24 fundos DI oferecidos pelos maiores bancos brasileiros:
- Itaú
- Bradesco
- Santander
- Banco do Brasil
- Caixa Econômica Federal.
Juntos, esses 24 fundos concentravam 1,2 milhão de cotistas e R$ 82,9 bilhões em aplicações, segundo dados da Anbima do fim de julho. A rentabilidade desses fundos foi analisada em um período de 12 meses, também até julho.
Na tabela a seguir, você pode ver quais foram os fundos analisados. Se clicar nos links, também verá a performance histórica de cada um deles e poderá compará-las com o CDI e o Índice Bovespa.
O resultado foi surpreendente: somente um dos fundos analisados conseguiu superar o CDI em 12 meses. Em seis meses, dois deles conseguiram bater a marca, usada como referência nos investimentos conservadores.
Há fundos DI cobrando taxa de administração na casa dos (absurdos) 3% ao ano. Assim, sua rentabilidade ficou pouco acima do rendimento da poupança no período em análise. Nós também descobrimos que há banco cobrando tarifa adicional toda vez que o investidor faz uma nova aplicação (!), a chamada taxa de carregamento.O resultado foi surpreendente: somente um dos fundos analisados conseguiu superar o CDI em 12 meses. Em seis meses, dois deles conseguiram bater a marca, usada como referência nos investimentos conservadores.
Por fim, também notamos que os fundos DI que tiveram a melhor performance foram aqueles cuja aplicação mínima tinha valor mais alto. Assim, quem tinha menos dinheiro para investir acabou pagando taxas maiores e teve um rendimento menor no período em estudo.
O estudo completo você pode ver no blog da Magnetis: Fundo DI do seu banco: como as taxas corroem uma fatia dos rendimentos.
Fazendo as contas para investir melhor
Se em um longo período um determinado fundo se sai melhor do que outro de mesma categoria, então, é preciso investigar os fatores que causam essa diferença. Mas lembre-se que apenas uma taxa de administração maior pode ser a responsável por essa diferença.
Outra reflexão: o Tesouro Selic, investimento bastante comum nas carteiras dos fundos DI, tem custo de 0,3% ao ano em corretoras com política de taxa zero para esse investimento. Logo, investir nesse título é mais barato do que em um fundo DI com uma taxa de administração mais alta que 0,3% ao ano.
Mesmo entre os fundos DI há aqueles com taxas menores e cujo rendimento até supera o CDI. O Brasil Plural Yield, por exemplo, é um dos fundos que indicamos para nossos clientes. Sua taxa de administração é de 0,3% ao ano.
Se para você é difícil comparar as características de cada fundo, nós podemos te ajudar. Aqui na Magnetis temos uma ferramenta que permite visualizar e comparar informações de 14 mil fundos de investimento.
Também é possível comparar o rendimento desses fundos com o CDI ou com o Índice Bovespa, principais referências para investimentos em renda fixa e renda variável, respectivamente.
Nossa ferramenta de busca de fundos é gratuita e aberta para qualquer usuário. Não é necessário ser cliente Magnetis para utilizá-la. Aproveite para saber qual é o histórico do fundo em que você investe ou está estudando aplicar e comece desde já a melhorar seus investimentos.
Um abraço!
1 comentário
Olha o site e legal, mas essa quantidade de Spam desanima qualquer um.