Existem muitas oportunidades no mercado financeiro para quem deseja garantir exposição internacional para a carteira de investimentos. Entre elas está a renda fixa americana, que pode ser bastante versátil para os investidores.
Como existem diversos tipos de títulos dessa classe de investimentos, é fundamental saber como eles funcionam para analisar as oportunidades. Dessa forma, fica mais fácil encontrar as melhores alternativas para o seu perfil e estratégia no mercado internacional.
Neste artigo, você entenderá o que é a renda fixa americana, como esses investimentos funcionam e quais são as formas de se expor a esse mercado. Não perca!
O que é e como funciona a renda fixa americana?
A renda fixa americana é uma classe de investimentos que apresenta lógica de rentabilidade conhecida pelo investidor. Por isso, ela se destaca pela segurança e previsibilidade. Os títulos são emitidos pelo Governo e por instituições ou empresas dos Estados Unidos.
O funcionamento dessa classe é similar à renda fixa brasileira. Logo, o Tesouro ou a instituição cria os títulos visando captar recursos para suas operações e assume o compromisso de devolver os recursos aportados acrescidos dos juros.
O pagamento é feito em uma data futura e predeterminada. A rentabilidade dessas aplicações pode ser prefixada, quando as taxas de juros são fixas e definidas previamente, ou pós-fixada, quando a remuneração acompanha um índice de mercado.
Também existem títulos que pagam cupons de juros semestrais ou anuais. Em relação à liquidez, as regras são definidas pelo emissor. Portanto, é possível encontrar tanto aplicações americanas com liquidez diária quanto aquelas que não permitem o resgate antes do vencimento.
Nesse segundo caso, o investidor só terá acesso ao dinheiro no prazo estabelecido no título. Se ele quiser se desfazer das suas aplicações, deve checar a possibilidade de fazer as negociações no mercado secundário — com risco de perder dinheiro.
Confira alguns títulos disponíveis no mercado de renda fixa americana:
- bonds: são títulos de dívida americanos emitidos por empresas (corporate bonds) e pelo Governo (Treasury bonds);
- certificates of deposit (CDs): são títulos emitidos por instituições financeiras, como bancos.
Quais são as vantagens e os riscos desses investimentos?
Agora que você sabe como funciona a renda fixa americana, é hora de entender as vantagens e os riscos de investir nela. Dessa forma, fica mais fácil analisar se a alternativa está alinhada ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
Confira!
Vantagens
A renda fixa americana pode servir para diversificar a carteira de investimentos. Isso porque esse mercado não está exposto aos mesmos riscos do ambiente brasileiro. Logo, é possível equilibrar a relação entre risco e retorno com o aporte internacional.
Outro benefício é a possibilidade de dolarizar parte do seu patrimônio. Essa estratégia pode ser vantajosa porque o investimento em renda fixa americana está ligado a uma das moedas mais fortes do mundo.
O investimento em dólar também ajuda a proteger a carteira. Como a moeda norte-americana costuma apresentar correlação negativa com o mercado nacional, ela pode se valorizar quando a economia brasileira está em baixa, compensando as eventuais perdas.
Também vale considerar a oportunidade de rentabilizar o seu portfólio — em especial, se as taxas de juros estiverem altas. Em 2022, por exemplo, os Estados Unidos passaram por uma alta na inflação. Com isso, o Federal Reserve (Fed) implementou uma política para aumentar a taxa de juros.
O objetivo era frear o consumo e, consequentemente, reduzir a inflação. Assim, em novembro de 2022, o Fed elevou a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual pela quarta vez seguida.
Com isso, os juros norte-americanos chegaram a 4% ao ano. Como consequência, os títulos de renda fixa americana se tornam mais rentáveis para os investidores.
Riscos
Como você viu, a renda fixa americana oferece mais segurança e previsibilidade de ganhos. Os Treasury bonds, por exemplo, são considerados os títulos mais seguros do mundo. Isso porque eles estão associados à dívida pública estadunidense.
Como os Estados Unidos têm a maior economia do mundo, o risco de crédito dessas aplicações é quase nulo. O risco de liquidez também tende a ser baixo, pois muitos títulos de renda fixa dos EUA são bastante líquidos.
Contudo, caso seja necessário negociar os títulos no mercado secundário, existe a chance de ter prejuízos. Afinal, o preço de venda pode ser menor que a rentabilidade acordada devido à marcação a mercado, como acontece no Brasil.
Como investir em renda fixa americana?
Após entender as vantagens e os riscos da renda fixa americana, você pode se interessar em investir na alternativa. Nesse sentido, é possível fazer o investimento de modo direto ou indireto.
Saiba mais a seguir!
Investimento direto
Para investir diretamente em renda fixa americana, você deve abrir conta em uma instituição financeira internacional. Dessa forma, é preciso investir diretamente em dólar — o que envolve custos com a conversão cambial.
Você deverá, ainda, atender às regras específicas do mercado estadunidense. Por conta desses detalhes, trata-se de uma maneira mais burocrática de investir.
Fundos internacionais
Os fundos internacionais são negociados nas plataformas das instituições financeiras do Brasil. Para participar dos seus resultados, o investidor deve adquirir cotas. Os recursos são movimentados por um gestor profissional, que toma as decisões de investimento de acordo com a estratégia definida.
Nesse caso, o foco está em fazer investimentos no exterior, incluindo em renda fixa americana. Entretanto, antes de investir em fundos internacionais, é preciso conhecer e analisar a estratégia do veículo.
BDRs
Os brazilian depositary receipts (BDRs) são certificados de depósito de valores mobiliários negociados na bolsa de valores brasileira (B3). Eles são certificados emitidos no Brasil, mas com lastro em ativos internacionais.
É possível encontrar BDRs de títulos de dívida internacional. Logo, trata-se de uma forma indireta de investir em renda fixa nos EUA.
ETFs
Por fim, uma alternativa que pode ser mais interessante para investir na renda fixa americana são os exchange traded funds (ETFs) ou fundos de índice. Eles têm o objetivo de replicar o desempenho de um indicador de mercado.
Nesse sentido, existem índices compostos majoritariamente por ativos de renda fixa dos Estados Unidos. Um exemplo é o ETF USDB11, que representa o mercado de renda fixa americana de prazo intermediário. Para investir nesse fundo, você deve adquirir as suas cotas, negociadas na B3.
Nesta leitura você aprendeu como se expor à renda fixa americana. Antes de investir de maneira indireta nesse mercado e aproveitar as suas vantagens, não se esqueça de analisar as suas características e considerar o seu perfil e objetivos!
Ficou interessado em se expor ao mercado de renda fixa americana por meio dos ETFs? Então confira mais informações sobre o USDB11!
Este artigo foi produzido pelo CEO da Investo com exclusividade para o Portal André Bona