Confira os principais destaques da economia e do mercado financeiro na última semana e acompanhe os próximos eventos econômicos e políticos desta semana:
Política e Mercado Financeiro
PRESO EM CURITIBA
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, Paraná, desde a noite do último sábado (7). A prisão ocorreu com mais de 24 horas de atraso, já que o petista não se apresentou à PF até às 17h da última sexta-feira (6) – prazo dado pelo juiz Sérgio Moro para apresentação voluntária.
SHOWMÍCIO OU SHOWMISSA?
Lula se entregou à PF somente no início da noite de sábado, após passar quase 48 horas no Sindicato dos Metalúrgicos (SP). No mesmo dia, foi realizada uma missa em celebração ao aniversário de Marisa Letícia – esposa falecida do petista. O ato, no entanto, mais se assemelhou a um comício, no qual estiveram presentes candidatos e políticos de esquerda, além de artistas, que revezavam-se em apresentações musicais e discursos políticos. Durante a missa, Lula atacou o juiz Sérgio Moro e a Justiça.
DEPOIS DA PRESSÃO…A PRISÃO
A prisão do ex-presidente só aconteceu depois que a PF pressionou o petista a se entregar, lembrando que a “resistência” à prisão poderia resultar em uma prisão preventiva contra o petista – o que dificultaria ainda mais sua situação jurídica. Findado um prazo de 30 minutos estabelecido pela Polícia Federal, Lula se entregou no início da noite de sábado, e embarcou poucas horas depois rumo a Curitiba.
SEMANA MOVIMENTADA NA PF
A semana também marcou a prisão do engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, que cuida de obras rodoviárias em São Paulo, pela PF. Souza é acusado de desviar de recursos e apontado como operador de propinas do PSDB.
FILIAÇÕES 2018
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiou-se ao PSB na semana passada. Especula-se que Barbosa possa disputar as eleições presidenciais de 2018. Enquanto isso, a Rede lançou Marina Silva como pré-candidata à Presidência da República pelo partido nas eleições deste ano.
IBOVESPA EM QUEDA
A Bovespa fechou em queda de 0,46% na última sexta-feira (6), aos 84.820 pontos, em meio a incertezas sobre a prisão de Lula e pressionada pela guerra comercial entre China e EUA. Na semana, o índice Ibovespa caiu 0,64%.
DÓLAR DISPARA
Já o dólar fechou a semana cotado a R$ 3,36, em uma alta de 0,76% na maior cotação em cerca de 10 meses. Enquanto isso, o dólar turismo ultrapassou a barreira dos R$ nas casas de câmbio do país.
Seu bolso
GÁS MAIS BARATO?
A Petrobras reduziu, na semana passada, o preço do gás de cozinha em 4,4% para as distribuidoras. O repasse do desconto ao consumidor final, no entanto, depende das próprias distribuidoras. Segundo a Agência NAcional de Petróleo (ANP), o valor médio do botijão de gás ao consumidor final no país está em R$ 66,77.
ALÍVIO TEMPORÁRIO PARA O BOLSO
O preço médio da cesta básica caiu em março em 12 de 20 capitais pesquisadas, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em Salvador (BA) e Recife (PE), o recuo foi de 4,07% e 3,82%, respectivamente. No acumulado do trimestre, no entanto, 18 capitais acumularam aumento no preço da cesta básica.
O que vem por aí
AINDA NÃO ACABOU
O ministro Marco Aurélio Mello disse, na semana passada, que deverá levar novamente ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima quarta-feira (11), a questão sobre prisão em segunda instância. O objetivo do ministro é reverter a jurisprudência, que hoje permite condenados em segunda instância serem presos antes do esgotamento de recursos nas instâncias superiores.
ROSA WEBER DECIDIRÁ DE NOVO
O tema deverá ser pautado em plenário poucos dias após a prisão do ex-presidente Lula, condenado em segunda instância. A esperança dos apoiadores do petista e do próprio PT é de que a ministra Rosa Weber mantenha seu voto pessoal em uma possível votação sobre a jurisprudência, uma vez que a ministra é contra a prisão de condenados em segunda instância.
6 A 5 MAIS UMA VEZ?
Especula-se, no entanto, que Weber não deverá votar por uma alteração na jurisprudência atual do STF. Ao justificar seu voto pela rejeição de habeas corpus do ex-presidente Lula, na semana passada, a ministra deixou claro que não considera razoável uma alteração de jurisprudência passados apenas 2 anos desde a última decisão do STF sobre o tema. Caso vote pela manutenção do entendimento, o placar da votação deverá ser o mesmo do habeas corpus de Lula: 6 a 5.
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