Quem deseja investir não precisa se limitar às alternativas de investimentos presentes no mercado nacional. Também é possível expor o patrimônio a moedas ou mercado estrangeiros. Por exemplo, é o caso de investir nos EUA e dolarizar a carteira. Você tem esse interesse?
O grande diferencial é que existem diferentes maneiras de investir no exterior, seja de forma direta ou indireta. Ou seja, a depender da sua vontade, você pode retirar o seu capital do Brasil e alocar no exterior ou escolher alternativas nacionais com exposição aos EUA.
Ficou interessado nessas possibilidades? Então veja 6 vantagens e desvantagens de investir nos EUA e dolarizar a carteira de investimentos.
Aproveite!
Qual é o significado de dolarizar a carteira?
Antes de conhecer as vantagens e desvantagens de investir nos EUA, é válido explorar primeiro o conceito da dolarização de um portfólio. Essa prática consiste em expor o seu patrimônio à moeda norte-americana por meio de investimentos.
Embora esse conceito pareça simples, muitos se confundem e acreditam que a dolarização é feita com a compra de dólar. Contudo, adquirir a moeda em espécie não é considerado um investimento propriamente dito.
Isso porque, normalmente, a compra do papel-moeda por pessoas físicas é feita em casas de câmbio ou instituições financeiras. Nesses ambientes, o interessado adquire o dólar turismo, que conta com diversos encargos embutidos no seu preço — como impostos, taxas de serviços, entre outros.
Assim, você acaba pagando por um dólar mais caro, o que de modo geral impossibilita a obtenção de grandes ganhos financeiros. Então, para dolarizar a carteira, faz muito mais sentido investir em alternativas atreladas à moeda norte-americana e que têm como base o dólar comercial.
Quais são as 6 vantagens e desvantagens de investir nos EUA?
Após ver o que significa dolarizar a carteira, chegou o momento de conferir as 6 vantagens e desvantagens de investir nos EUA.
Confira!
1. Exposição a maior economia mundial
Uma das principais vantagens de investir nos EUA é ter o capital exposto a uma economia mais forte que a brasileira. Atualmente, os Estados Unidos possuem a maior economia mundial, bem como as grandes empresas globais possuem o capital aberto em solo norte-americano.
Além disso, as bolsas estadunidenses estão entre as mais antigas do mundo. Por exemplo, a New York Stock Exchange (NYSE) foi criada em 1792, sendo a maior bolsa de valores mundial. Nela estão listadas empresas como:
- Walt Disney;
- Coca-Cola;
- Walmart;
- Nike.
A segunda maior bolsa americana é a Nasdaq (National Association of Securities Dealers Automated Quotations Stock Market). Criada em 1971, ela concentra gigantes da tecnologia. Veja alguns exemplos:
- Amazon;
- Alphabet (Google);
- Apple;
- Microsoft.
2. Proteção cambial
Também conta como vantagem a possibilidade de se proteger contra as variações cambiais. Como você viu, investir nos EUA permite dolarizar a carteira. Isso significa estar exposto às variações do dólar, que é uma moeda mais forte que o real.
Dessa forma, os ganhos com a valorização do dólar poderão minimizar eventuais prejuízos sofridos com a desvalorização do real, equilibrando os riscos de sua carteira. Inclusive, a dolarização do portfólio é uma estratégia bastante utilizada por quem tem obrigações em moeda estrangeira.
3. Diversificação da carteira
Quem investe nos EUA conta com a possibilidade de aumentar o nível de diversificação de sua carteira. Isso porque nos mercados estadunidenses existem mais empresas e investimentos que podem ser acessados por investidores em geral.
Apenas a título de exemplo, em 2022, a B3 (a bolsa de valores brasileira) tinha por volta de 400 empresas listadas. Já a NYSE e a Nasdaq possuíam cerca de 2.400 e 3.800 empresas, respectivamente.
4. Oportunidade para aproveitar mercados em ascensão
Outra vantagem de investir nos Estados Unidos é a oportunidade de aproveitar mercados em ascensão e que não apresentam muitas oportunidades no Brasil. Por exemplo, a indústria dos games teve um alto crescimento, especialmente no período da pandemia de 2020 — devido ao isolamento social.
No entanto, esse é um setor que ainda não é muito explorado no mercado nacional, considerando que não há grandes empresas desse segmento na B3. O mesmo pode ser dito em relação ao mercado de tecnologia, que ainda é pequeno no Brasil.
Logo, o interessado em participar do desempenho desses setores encontra diferentes oportunidades nas bolsas americanas, podendo acessá-la direta ou indiretamente.
5. Necessidade de conhecer as possibilidades de fora
Em relação às desvantagens, é importante pontuar que o interessado em investir diretamente no exterior precisará conhecer as alternativas internacionais. Afinal, não é aconselhável realizar um investimento sem conhecê-lo ou estudá-lo.
Nesse sentido, quem não tem o domínio da língua inglesa pode encontrar maior dificuldade em fazer essa análise. Perceba que grande parte dos dados sobre os investimentos estarão em inglês — embora existam tecnologias que podem ajudar a fazer a tradução.
6. Ter que lidar com câmbio e abertura de conta no exterior
Outra desvantagem que pode ser um obstáculo para quem investe diretamente no mercado norte-americano é ter que lidar com câmbio e abertura de conta no exterior. Como você aprendeu, uma das formas de investir fora do Brasil é fazendo o investimento direto.
Porém, quem deseja investir diretamente em outros mercados precisará abrir conta em uma corretora do exterior, fazer o câmbio de moedas e enviar o capital para os EUA. Isso pode envolver maiores custos e bastante burocracia.
Então, de forma alternativa, vale considerar a exposição indireta aos investimentos internacionais. Isto é, buscar por alternativas dolarizadas que estejam presentes no mercado nacional. Assim, você poderá investir com a sua conta nacional e em reais.
Veja os principais exemplos:
Fundos internacionais
Os fundos internacionais são veículos de investimento coletivo com o foco em investir no exterior. Os participantes ficam expostos aos resultados de uma carteira montada por um gestor profissional. Nessa modalidade, os ganhos são geralmente realizados com a valorização das cotas, que são negociadas nas plataformas dos bancos de investimentos.
ETFs
Os fundos de índice (ETFs) também são modalidades de investimentos coletivos. Contudo, o objetivo deles é replicar a carteira de um índice de mercado e as cotas são negociadas em bolsa. Na B3, é possível encontrar ETFs que espelham indicadores estrangeiros, permitindo a exposição internacional.
BDRs
Os brazilian depositary receipts (BDRs) são certificados nacionais, negociados na B3, lastreados em investimentos internacionais. Ao comprá-los, você não se torna o titular do ativo estrangeiro, mas do certificado que o representa no Brasil. Porém, é possível se expor aos resultados da alternativa do exterior.
Depois de ter aprendido 6 vantagens e desvantagens de investir nos EUA, você acha que esse é um tipo de investimento que faz sentido para a sua carteira? Caso pretenda investir no exterior, não esqueça de avaliar o seu perfil e objetivos antes de tomar a decisão final.
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