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Uma das formas de diversificar o seu portfólio se dá por meio do investimento em alternativas que permitam exposição internacional. Com essa estratégia, o seu capital não fica sujeito apenas às variações e riscos do mercado nacional.

Nesse sentido, os Estados Unidos são a maior potência econômica do mundo e muitos investidores buscam participar dos resultados de seus mercados. Se esse é o seu caso, é importante conhecer melhor a NYSE, uma bolsa de valores norte-americana que está entre as mais importantes no mundo.

Quer saber mais? Então não deixe de acompanhar este artigo. Nele, você conferirá como é possível se expor aos resultados da NYSE sem precisar sair do Brasil!

Acompanhe!

O que é a NYSE e quando ela foi fundada?

NYSE é a forma abreviada de New York Stock Exchange. Trata-se da maior e mais tradicional bolsa de valores dos Estados Unidos. Ela, juntamente à Nasdaq (National Association of Securities Dealers Automated Quotations), está entre as bolsas mais influentes do globo.

A NYSE foi fundada no ano de 1792, por meio de um acordo entre 24 corretoras na conhecida Wall Street. Na época, seus representantes se reuniram secretamente para discutir a forma de trazer ordem para a negociação de valores mobiliários.

Dois meses após essa reunião, eles chegaram a um acordo criando a NYSE ao assinarem o chamado Buttonwood Agreement (Acordo de Buttonwood). Esse nome foi escolhido em homenagem ao local onde aconteciam os encontros — embaixo de uma árvore de botão.

As primeiras ações a serem negociadas na NYSE eram do Bank of North America, First Bank of the United States e Bank of New York. Essa bolsa de valores está localizada em Wall Street, no distrito de Manhattan, no centro financeiro da cidade.

Como a NYSE funciona?

Após aprender o que é a NYSE, é possível que você queira saber como ela funciona. Afinal, ela não é a única bolsa em atividade no solo norte-americano.

Em termos de capitalização, a NYSE é o maior centro financeiro do mundo. A soma do valor de mercado das empresas negociadas em seus pregões supera o patamar de US$ 20 trilhões. Ou seja, ele supera o PIB do Brasil — que, em 2021, estava abaixo de US$ 1,5 trilhão.

Ainda, são mais de 3 mil ativos disponíveis, que levam a uma movimentação financeira mensal de cerca de US$ 170 bilhões. Vale destacar que algumas das maiores empresas mundiais estão listadas na NYSE, por exemplo:

  • Coca-Cola;
  • McDonald’s;
  • Disney;
  • Nike;
  • Mastercard;
  • Boeing;
  • Johnson & Johnson;
  • Walmart;
  • P. Morgan;
  • entre outras.

A NYSE também é responsável por dois dos índices financeiros de maior relevância para o mercado. Trata-se do S&P 500 (SPX) e o Dow Jones Industrial Average (DJIA).

O S&P 500 é considerado um termômetro da economia americana. Afinal, ele acompanha o desempenho das 500 maiores companhias do país.

Já o DJIA não é visto como um retrato tão preciso do mercado, uma vez que é composto por apenas 30 companhias. Ademais, a sua metodologia acaba privilegiando as empresas com ações mais caras e não as com maior capitalização.

Quais as diferenças entre a NYSE e a Nasdaq?

Ao estudar sobre a NYSE, é comum se perguntar quais são as diferenças entre ela e a Nasdaq. Em relação ao tempo de funcionamento, a NYSE possui mais de 200 anos. Já a Nasdaq é mais nova, tendo sido criada em 1971 (51 anos).

Inclusive a Nasdaq foi pioneira na negociação de ativos de forma 100% digital. Na realidade, ela nunca atuou com pregão viva voz. Isso porque, desde o seu início, as negociações eram feitas de forma eletrônica.

De toda a forma, mesmo sendo mais nova, a Nasdaq superou a NYSE em volume de negociações, possuindo maior volatilidade e risco nesse sentido.

Esse movimento tem relação com o custo de listagem, que é mais barato na Nasdaq. Em 2021, por exemplo, ele era de cerca de US$ 50 mil. Logo, o custo tende a atrair mais empresas. Por outro lado, para fazer um IPO (initial public offering) na NYSE, o valor pode chegar a US$ 500 mil.

Outra diferença relevante é o fato de a Nasdaq concentrar empresas mais inovadoras (especialmente do setor da tecnologia), enquanto a NYSE conta com empresas mais tradicionais em sua listagem.

Como investir na NYSE?

Depois de conferir o funcionamento e as diferenças entre a NYSE e a Nasdaq, é importante saber como investir na principal bolsa de valores do mundo.

A primeira alternativa é o investimento direto nas ações e outros ativos listados na NYSE. Porém, esse é o meio mais caro e burocrático que você, já que é necessário abrir conta no exterior e ter gastos com câmbio, custódia de ativos, entre outros.

Para evitar esse alto custo e burocracia, confira abaixo algumas alternativas para investir no exterior via B3!

ETFs

Os exchange traded funds ou fundos de índice são veículos de investimento coletivo. Eles são formados pelo capital de diferentes investidores e têm o objetivo de acompanhar o resultado de um índice do mercado financeiro.

Na bolsa de valores brasileira, é possível encontrar ETFs que estão lastreados em índices internacionais, como o S&P 500. A exposição se dá de forma indireta, considerando que a carteira do fundo será composta pelos mesmos ativos que integram o índice.

A vantagem é que você não precisa se preocupar com a escolha dos ativos que os compõem, já que esse trabalho é feito pelo gestor do fundo. No entanto, é preciso mencionar que os ETFs não distribuem dividendos, reinvestindo eventuais proventos recebidos.

BDRs

Os brazilian depositary receipts (BDRs) ou certificado de depósito de valores mobiliários são alternativas que possuem lastro em um investimento estrangeiro. Isto é, trata-se de um certificado que representa um investimento internacional na bolsa de valores brasileira.

Funciona da seguinte maneira: uma instituição (chamada de depositária) realiza investimentos no exterior e os deposita junto a um agente de custódia — para que não sejam vendidos. Na sequência, ela emite os BDRs com lastro nesses investimentos e os disponibiliza na B3.

É possível encontrar BDRs lastreados em ações de empresas estrangeiras, inclusive aquelas listadas na NYSE. Também é válido mencionar que as depositárias repassam os dividendos recebidos aos titulares desses certificados. Logo, eles podem servir como fonte de renda passiva.

Viu como é possível diversificar sua carteira com alternativas atreladas às ações negociadas na bolsa de valores norte-americana NYSE? Contudo, se for investir, não deixe de considerar o seu perfil de investidor e objetivos financeiros para alinhar as suas escolhas.

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