*Este artigo foi produzido pelo Simplic com exclusividade para o Blog de Valor.
Estar endividado não é uma situação agradável. Infelizmente, boa parte da população brasileira está passando por esse problema. Se você é uma dessas pessoas e precisa saber como sair das dívidas, confira a seguir 7 dicas para voltar a ter crédito na praça.
7 passos para sair das dívidas
Certamente, as suas dívidas não surgiram de uma hora para outra. É por isso que ter paciência para ficar livre delas é fundamental. Esse processo é um pouco demorado e exige de todos os envolvidos, como a família, uma boa dose de responsabilidade e compreensão.
1. Faça um orçamento familiar
O orçamento familiar é fundamental em qualquer família, não só para quem está endividado. É por meio dele que você sabe ao certo o quanto ganha e para onde o seu dinheiro está indo. Pense no seu último mês e anote as suas receitas, o dinheiro que entrou, e as suas despesas, o dinheiro que saiu.
Divida os seus gastos por categorias, como estudos, alimentação, saúde etc. Analise cada um desses itens e reflita sobre o uso deles no mês que passou. Faça a mesma projeção de gastos para o mês seguinte, reduzindo os valores de cada categoria.
Procure identificar uma quantia que possa ser destinada ao pagamento das suas dívidas. O valor não deve comprometer muito o seu salário, mas não pode ser muito inexpressivo.
2. Liste todas as suas dívidas
Faça uma lista com todas as suas dívidas. Pode ser um pouco doloroso encarar tudo isso, mas é necessário. Anote o valor da dívida, os juros e data de vencimento. Inclua as faturas de cartão de crédito, mensalidades atrasadas, empréstimos realizados etc.
3. Negocie e pague as dívidas com juros mais altos
Negocie todas as suas dívidas, não importa o valor final. Entre em contato com a empresa ou banco, deixe claro o seu interesse em quitar a dívida, mas reforce também que precisa de um abatimento nos juros e boas opções de parcelamento.
Pode ser que, em um primeiro momento, a empresa não ceda muito, mas, em breve, ela entrará em contato e irá oferecer um contrato que seja vantajoso para você também. Negocie um valor que seja realmente possível entrar no seu orçamento. Assim, não há o risco de cair no endividamento de novo, com o atraso de parcelas.
Dê preferência para o pagamento da dívida que tem os juros mais altos. O motivo é simples: quanto mais rápido você quitar esse boleto, menos dinheiro você vai gastar com juros lá na frente.
4. Corte gastos
Não tem outro jeito: é preciso economizar para dar conta de todos os seus gastos mensais, incluindo o pagamento das parcelas acordadas. Identifique tudo o que seja possível reduzir, substituir ou até deixar de lado.
Não vale a pena viver em um padrão de vida que não pode ser bancado pelo valor que você ganha todos os meses. Neste momento, converse com a família, deixe todos cientes da necessidade de reduzir despesas e que esse sacrifício é pelo bem de todos no futuro.
Uma dica muito boa para saber para onde vai o seu dinheiro é anotar todos os seus gastos diariamente. Inclua tudo: lanche fora de casa, bombom na banquinha da praça, gorjeta etc. No final de cada mês, você analisa esses dados e decide o que irá cortar ou diminuir.
E evite fazer novas dívidas: deixe o cartão de crédito em casa e faça as compras sempre à vista. Analise a real necessidade do que deseja comprar e encontre uma alternativa que substitua aquele bem ou serviço.
5. Encontre uma nova fonte de renda
Para não deixar o seu orçamento tão apertado, devido a todas as despesas do mês e o pagamento das dívidas, experimente fazer uma grana extra. Se precisar de um estímulo, lembre-se que quanto mais dinheiro entrar, mais cedo estará livre dos boletos.
Na hora de ganhar um dinheiro a mais, tudo é válido, desde que seja também honesto e viável. Observe e descubra as necessidades de amigos e vizinhos e ofereça os seus serviços.
Confira algumas sugestões: hospedagem de cachorros através do DogHero, motorista de Uber, produção e venda de doces, salgados e marmitas saudáveis, organização da casa, aulas de reforço escolar, de violão, de informática para crianças e idosos, passeio com cachorros e muito mais.
6. Crie uma reserva de emergência
A reserva de emergência é importante para que você não se torne um endividado novamente. Para fazer essa reserva, basta definir um valor que será guardado todos os meses em uma poupança no banco ou em um investimento.
A reserva deve ser encarada como um investimento mensal obrigatório que você faz em você mesmo. Portanto, não pode depositar um mês, sim, e no outro, não. O ideal é poupar cerca de 30% do salário todos os meses. Mas, se for muito para você, deposite um valor menor, mas que seja constante.
E não caia na tentação de usar esse dinheiro para qualquer coisa. Emergência é algo que surge de repente, sem planejamento, como a perda do emprego, doença na família, aquisição de um bem imprescindível, conserto de um eletrodoméstico que não possa ser substituído agora etc.
7. Estude sobre educação financeira
Essa dica deveria ser seguida por todas as pessoas, desde os tempos de escola. Quando se aprende mais sobre finanças fica mais fácil dominar o dinheiro e mais difícil cair em armadilhas que se transformam em dívidas no futuro.
Invista parte do seu tempo estudando sobre o assunto, leia livros e artigos, assista a vídeos na internet, conheça os conceitos básicos de finanças, acompanhe blogs de pessoas que trabalham com essa temática e aprenda tudo o que puder com elas.
Ao tomar essa atitude, você irá perceber que existem muitas pessoas com problemas semelhantes aos seus. Aproveite para trocar experiências, descobrir oportunidades, desabafar e aprender sobre o assunto.
E você, tem outras dicas práticas para sair das dívidas? Compartilhe-as conosco!
*O Simplic é um correspondente bancário que surgiu em 2014, em busca de oferecer uma opção de crédito pessoal online para aqueles que não possuem acesso através das instituições financeiras tradicionais.