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Nos últimos anos, a aliança entre tecnologia, inovação e empreendedorismo tem ganhado destaque — muitos a consideram uma fórmula de sucesso para empreendedores e investidores. Não é à toa que, segundo a Associação Brasileira de Startups (ABS), esses novos modelos de negócio movimentam cerca de R$ 2 bilhões por ano no PIB brasileiro.

Por apresentarem alto potencial de lucratividade, pessoas e empresas com propostas criativas e extraordinárias vêm sendo alvo de interesse de investidores com um perfil muito peculiar: o investidor anjo. Ficou curioso para saber mais sobre startups e como financiar esses projetos?

Então não deixe de acompanhar o post de hoje! Aqui reunimos as principais informações sobre o conceito de investidor anjo, sobre como funcionam esses investimentos e quais são as suas vantagens. Confira!

O que é investidor anjo?

O termo investidor anjo surgiu na década de 1920 com os teatros da Broadway, em Nova York. Nessa época, alguns empresários costumavam bancar os altos custos das produções teatrais e começaram a ser conhecidos como “anjos”.

O investidor anjo é aquele indivíduo que acredita em uma ideia e financia, com seu capital próprio, o desenvolvimento de um negócio desde as fases iniciais. Por isso, ele assume riscos mais altos. Geralmente, o investidor anjo é alguém com certa experiência em empreendedorismo.

Assim, além de proporcionarem recursos financeiros às startups, esses investidores contribuem com know-how e atuam aconselhando os gestores da empresa embrionária. Confira as principais características desse tipo de investimento:

  • de forma geral, é feito por pessoas físicas, embora também possa ocorrer por meio de pessoas jurídicas;
  • o investidor anjo tem participação minoritária no negócio, o que não lhe dá função gestora e executiva — normalmente, o investidor aplica somente de 5% a 10% de seu capital na startup;
  • o investimento anjo é conhecido por smart-money: o capital é aplicado para que a empresa dê certo, e visa não apenas o retorno que ela trará no curto ou médio prazo. Para aumentar as chances de sucesso, o investidor funciona como um mentor, agregando seus conhecimentos e aconselhando os sócios.

Como tornar-se um investidor anjo?

O investidor anjo entra em cena quando a startup já tem um planejamento definido — ou seja, quando a ideia torna-se mais consistente e passa a ser um protótipo, um verdadeiro projeto.

Como comentamos, para aplicar capital em uma startup em fase inicial, é necessário que o potencial investidor tenha experiência no mundo empresarial. Isso fará toda a diferença para que os sócios tenham o apoio e o conhecimento que precisam para desenvolver o negócio.

Em segundo lugar, o investidor anjo deverá realizar um rigoroso processo de avaliação da startup. Esse passo será crucial para que ele tenha uma visão clara e realista de todos os riscos existentes e dos rumos que o seu dinheiro tomará.

Alguns indicadores — como o plano de estruturação de negócios, o custo de aquisição de clientes e o custo de crescimento — serão imprescindíveis para analisar a sustentabilidade do empreendimento.

Além disso, é preciso estudar o perfil do sócio e preferir financiar negócios que contem com lideranças proativas, dinâmicas e que sejam transparentes quanto às perspectivas futuras da startup.

Em quais modelos de negócios o investidor anjo aplica capital?

Por existir uma forte relação entre startup, tecnologia e inovação, muitos acreditam que somente empresas que empregam algum tipo de software em sua produção ou funcionam via internet podem ser consideradas startups. Entretanto, o fator tecnologia não é obrigatório, desde que a startup apresente inovação ao mercado consumidor.

Em outras palavras, o que realmente diferencia uma startup de uma empresa convencional é o fato de que os sócios estudam cuidadosamente o consumidor, detectam algum problema — até então não resolvido — e lançam um produto ou serviço com o objetivo de atender a essas carências.

Quais as vantagens de se tornar um investidor anjo?

Quem sabe o investimento anjo não é uma boa opção para você? Conheça os principais benefícios de se tornar um investidor anjo!

Diversificar investimentos

A diversificação de investimentos é um conceito básico do mercado financeiro e significa distribuir capital entre vários ativos para, assim, diminuir os riscos e evitar perdas. O ponto-chave em diversificar investimentos é justamente alocar seus recursos em ativos com perfis distintos e que reajam às circunstâncias econômicas de formas diferentes.

Assim, se você já possui investimentos em renda fixa — geralmente esses são ativos mais conservadores —, vale a pena considerar o investimento anjo, que é mais arriscado mas oferece um potencial de lucratividade maior.

Ter participação em negócios com alto potencial de lucratividade

Embora o risco de investir em uma startup seja considerado altíssimo, o potencial de retorno costuma ser de até 50 vezes maior do que o capital investido — ou seja, é um retorno muito maior do que qualquer ativo disponível no mercado financeiro.

As startups são uma realidade ainda tímida no Brasil, mas temos histórias de empresas brasileiras que começaram como startups e se tornaram extremamente bem-sucedidas. A Buscapé, por exemplo, nasceu em 1999 e, em dez anos, vendeu cerca de 90% de suas ações por US$ 342 milhões.

Contribuir com projetos interessantes e inovadores

Como dissemos, o investidor anjo se diferencia de outros perfis de investidor porque ele não recebe dividendos — o retorno vem com a valorização da empresa. O capital investido representa uma participação minoritária e o investidor atua dando suporte para que o empreendedor desenvolva o negócio e obtenha sucesso.

Por isso, o investidor anjo apoia um ecossistema de novas empresas com ideias extraordinárias e inovadoras. Com a sua expertise e seu conhecimento, ele agrega experiência e networking em prol do crescimento e desenvolvimento de startups brasileiras.

Alinhar investimento com propósito

Antes de apostar em uma startup, o investidor anjo avalia se a proposta apresentada é realmente inovadora e, se for inspirada em modelos já existentes, deve apresentar algum diferencial que possa trazer retorno financeiro.

Entretanto, o investimento anjo não está relacionado apenas ao desejo do investidor em lucrar. Quem aplica recursos em uma startup busca, acima de tudo, realização pessoal. O papel do investidor anjo é auxiliar o empreendedor a construir o negócio e dedicar-se ao seu crescimento.

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Artigo publicado em 15/06/2017. Atualizado em 14/05/2019.

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André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a investir melhor seus recursos e é o criador do Portal André Bona - site de educação financeira independente.

1 comentário

  1. André, quais tipos de retorno podem ser oferecidos ao investidor anjo? É obrigatório que o valor investido seja retornado para este?

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