Depois que as companhias aéreas anunciaram novas regras e passaram a cobrar por malas despachadas em voos nacionais e internacionais, dando vantagem de preços a passageiros que tiverem apenas bagagem de mão, o assunto voltou com força total.
Com isso, quem quiser pagar menos terá de se reorganizar e praticar o desapego para adequar a necessidade de transporte de pertences aos novos padrões estabelecidos para essa modalidade.
O novo critério para bagagens de mão segue as normas estipuladas nas mudanças aprovadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em 13 de dezembro de 2016, e preza pela segurança dos passageiros durante o voo ou em caso de emergência. No entanto, mesmo que a aprovação tenha saído no ano passado, as empresas ainda estão se adaptando.
Em relação aos pertences levados na cabine, em regra, o passageiro tem o direito de levar uma bagagem de mão de até 10 quilos. As medidas, quando somadas, não devem ultrapassar os 115 centímetros — levando em conta altura, largura e profundidade.
As principais companhias que operam no Brasil, como Latam, Azul e Avianca, seguem essa diretiva. Apenas a Gol escapa das medidas, que podem chegar à soma de 120 centímetros. A diferença se dá porque a resolução da ANAC estipula uma média, mas as empresas têm autonomia para designar suas medidas.
Ao embarcar, não se esqueça de que todas as bagagens de mão passarão pela inspeção de agentes antes de entrar na zona de embarque. O controle é rigoroso e, caso você tenha algo que não é permitido dentro da cabine, será avisado pela equipe, que realiza a vistoria das malas de mão e dos objetos pessoais primeiramente por meio do raio-X.
Caso seja encontrado algum item proibido, o passageiro será convidado a retirar os componentes da mala para inspeção visual. Além da bagagem de mão, é possível levar a bordo o que as companhias aéreas chamam de objeto pessoal, que pode ser uma bolsa, mochila ou maleta pequena, por exemplo.
Os objetos devem ficar embaixo do assento e não podem causar transtorno aos demais passageiros. Para garantir que está tudo certo para o embarque, sem percalços na mala de mão, dê preferência aos artigos de uso pessoal e de valor. De maneira geral, ela deve conter itens como documentos, dinheiro e objetos frágeis.
Lembre-se de que nessa modalidade de transporte, dentro da cabine, a responsabilidade pelos seus pertences é exclusivamente sua. As companhias não se responsabilizam por eventuais perdas ou danos a eles.
Mas, afinal, o que mais é permitido? Se você está pensando em viajar, continue a leitura e veja o que é possível levar como bagagem de mão:
Aparelhos eletrônicos
Em todos os voos nacionais e internacionais, aparelhos eletrônicos como tablets, celulares, notebooks e games portáteis estão liberados, assim como câmeras fotográficas e filmadoras.
Apenas um modelo de smartphone não é aceito, por ter apresentado um defeito que pode levar à explosão do equipamento, colocando em risco os passageiros e o funcionamento da aeronave. Os postos de controle e segurança na zona de embarque e as companhias têm reforçado essa medida antes da decolagem.
Todos esses aparatos podem ser utilizados durante o voo, desde que estejam operando em “modo avião”, que não interfere na captação dos dispositivos aéreos de navegação.
Líquidos
Em voos nacionais são permitidos perfumes e bebidas alcoólicas, que, apesar de inflamáveis, estão liberados (desde que em pequenas quantidades). Alimentos infantis, como leite, também podem ser transportados junto à bagagem de mão.
Para viagens internacionais, a restrição é um pouco maior. O passageiro pode levar até um litro de compostos líquidos, géis ou aerossóis, desde que acondicionados em frascos de até 100 ml e dentro de um saco plástico que facilite a inspeção dos agentes da polícia.
Medicamentos e líquidos para dietas especiais podem ser transportados com o viajante na quantidade necessária ao período do voo, incluindo eventuais escalas. A pessoa deve informar às áreas de inspeção e apresentar os itens se for necessário.
Alimentos
São permitidos alimentos perecíveis e não perecíveis em voos nacionais, desde que armazenados de forma a evitar possíveis vazamentos.
A ressalva é para peixes, crustáceos e frutos do mar, que só têm embarque permitido se estiverem refrigerados e forem acondicionados em embalagens completamente fechadas ou dentro de caixas de isopor revestidas por uma cobertura de plástico.
Animais
O transporte de animais sempre foi um ponto delicado para as companhias aéreas. As regras para carregar os bichinhos de estimação ficam a critério de cada empresa.
Em geral, os passageiros têm que transportar os animais em compartimentos específicos para viagens, respeitando peso e altura máximos estipulados pela companhia e com um atestado de saúde do animal, que é emitido por órgãos governamentais — como a Secretaria da Agricultura Estadual.
Cabe à companhia aérea definir também se o animal deve ser acomodado em ambiente dentro da área de cargas da aeronave ou pode viajar dentro da cabine.
No caso de cães-guia, a ANAC preconiza que o embarque seja realizado de maneira gratuita, por entender que eles são essenciais aos donos. Exemplos disso são as pessoas com deficiências visuais.
Artigos esportivos
O carregamento de artigos esportivos é definido por cada companhia. Portanto, é importante consultar a empresa responsável por sua viagem para saber se determinado item pode ser levado a bordo.
Dispositivos de grande porte, como pranchas de surf, stand up paddle e equipamentos de ski, devem ser despachados. Acessórios menores, como nadadeiras, óculos de mergulho, óculos, luvas e sapatos, estão liberados para serem transportados na cabine.
Instrumentos musicais
As regras para instrumentos musicais são as mesmas estipuladas para bagagens de mão em geral. Se estiverem dentro dos limites de peso e medidas, podem ser transportados na cabine, desde que aprovados no exame de raio-X nos postos de segurança.
Agora é organizar a mala e seguir viagem! Nesse momento, tenha em mente que otimizar o espaço é fundamental. Portanto, tente levar somente o necessário para o período em que ficará fora.
Em caso de dúvidas, procure atendimento nos canais de comunicação da companhia aérea e consulte a política adotada para bagagem de mão. Assim, será possível viajar com tranquilidade!
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Um grande abraço,
André Bona