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A bolsa de valores é um ambiente que, de fato, pode ajudar a construir patrimônio. Nesse sentido, existem diversos exemplos ao redor do mundo, como Warren Buffett, George Soros e Seth Klarman. Ainda que todos eles sejam investidores estrangeiros, essa não é uma exclusividade do mercado internacional.

Na verdade, muitos investidores ficaram bilionários no Brasil. Contudo, além de conhecer quem são essas pessoas, é válido conferir quais são as empresas que permitiram que elas chegassem a esse status patrimonial.

Então acompanhe neste artigo a lista Blue Label, que revela as 5 empresas que mais geraram bilionários no Brasil.

Não perca!

O que é a lista Blue Label de empresas que geraram bilionários no Brasil?

A lista Blue Label é uma listagem feita pela revista Forbes Brasil com as principais companhias que foram as fontes das fortunas dos bilionários brasileiros. Ela leva esse nome porque é apresentada pela Johnnie Walker — uma das mais famosas marcas de uísques no mundo.

Entre os uísques da linha Label, produzidos pela Johnnie Walker, o Blue Label é um dos segmentos mais elevados. Isso porque ele tem um blend exclusivo e de difícil preparação. No mercado nacional, o preço de uma garrafa de 750 ml pode ultrapassar a quantia de R$ 1 mil.

Logo, a sua associação ao nome de bilionários brasileiros faz bastante sentido. De todo o modo, trata-se de uma estratégia de marketing da companhia de bebidas escocesa, em parceria com a Forbes — conhecida por seus artigos e reportagens sobre finanças e investimentos.

5 Empresas que mais geraram bilionários no Brasil

Depois de entender o que é a lista Blue Label, falta conferir quais foram as 5 empresas que geraram mais bilionários no Brasil. Veja cada uma delas abaixo conforme a listagem da Forbes!

1. WEG

Abrindo a lista está a WEG S.A, uma empresa multinacional brasileira criada em 1961 em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Ele começou suas atividades com o foco na produção de motores elétricos, entrando no ramo automotivo a partir de 1980.

No decorrer da sua história, a WEG passou por um grande crescimento, chegando a expandir seu portfólio para produção de produtos plásticos no setor doméstico e tintas. Atualmente, a maior parte da sua produção atende ao mercado externo, estando presente em mais de 30 países.

A WEG foi listada na bolsa de valores brasileira ainda na década de 1970. Você pode comprar suas ações ordinárias (ON) por meio do ticker WEGE3. Entre os seus acionistas, 29 deles estão na lista de bilionários da Forbes — o capital somado totaliza uma fortuna de R$ 60 bilhões.

2. Itaúsa

A segunda companhia a ser destacada é a Itaúsa. Trata-se de uma holding criada em 1966 para englobar as empresas do Banco Itaú e Dexco. A princípio, o seu nome era Investimentos Itaú S.A, porém, após uma série de aquisições, a marca Itaúsa foi incorporada à companhia (em 1991).

Diversas organizações fazem parte do controle da Itaúsa. Entre elas, estão:

  • Itaú Unibanco;
  • XP Inc.;
  • Alpargatas;
  • Aegea;
  • Copa Energia;
  • NTS.

A estreia dos seus papéis na bolsa de valores ocorreu ainda em 1966. Se você quiser investir em ações da Itaúsa, poderá adquirir ações ON sob o ticker ITSA3 ou ações preferenciais (PN) pelo código ITSA4.

Na lista de bilionários da Forbes estão 11 de seus acionistas majoritários da holding — que possuem, juntos, aproximadamente R$ 33 bilhões.

3. Magazine Luiza

O Magazine Luiza S.A é uma grande varejista brasileira, fundada em 1957 em Franca (São Paulo), por José Donato e Luiza Trajano Donato. No começo, sua atividade era voltada à venda de presentes. Em 1991, a liderança da companhia passou para Luiza Helena Trajano, sobrinha da criadora.

Ao longo de sua gestão, a empresa teve um crescimento exponencial, chegando a abrir filiais em diversos estados, além de uma loja virtual. Em 2011, o Magazine Luiza abriu seu capital na bolsa de valores brasileira (B3), disponibilizando ações ON sob o ticker MGLU3.

A maior acionista individual da companhia é a própria Luiza Trajano, com cerca de 17% das ações da empresa. A sua fortuna é estimada em R$ 4,3 bilhões.

Contudo, outros 6 membros da família Trajano e da família Bittar Garcia (participantes da fundação Magazine Luiza) acumulam patrimônio superior a R$ 1 bilhão. Somadas, as suas fortunas alcançam R$ 14,5 bilhões.

4. Rede D’or

A Rede D’or é dona do maior grupo hospitalar privado do Brasil. Entre as suas marcas mais conhecidas está a rede de hospitais e maternidades São Luiz. A sua fundação se deu em 1977, por ideia do cardiologista Jorge Neval Moll Filho.

Além de possuir mais de 50 hospitais entre diversos estados brasileiros, a Rede D’or conta com laboratórios de análises clínicas e imagens. A história do grupo na bolsa é recente, tendo feito seu IPO (initial public offering) na B3 em 2020, ocasião em que disponibilizou ações ON sob o código RDOR3.

Essa oferta pública inicial foi considerada a 3ª maior da história do país, levantando cerca de R$ 11,3 bilhões. O fundador da Rede D’or ocupa a 22ª posição na lista de bilionários, com uma fortuna de R$ 13,6 bilhões. Também estão incluídos no ranking a sua esposa e 5 de seus filhos, acionistas do grupo.

5. BTG Pactual

O BTG Pactual é o maior banco de investimentos da América Latina. A sua fundação se deu em 1983 no Rio de Janeiro, com o nome Pactual DTVM. Seus criadores foram Luiz Cezar Fernandes, André Jakurski e Paulo Guedes.

Após um grande período de expansão, ele foi vendido para o banco suíço UBS, passando a se chamar UBS Pactual. No entanto, em 2009, a BTG Investments adquiriu o UBS Pactual e finalmente a instituição passou a ser chamada de BTG Pactual.

As ações do BTG Pactual foram listadas na bolsa brasileira em 2012, levantando R$ 3,6 bilhões na ocasião. O banco conta com três tipos de ações: ordinárias (BPAC3), preferenciais (BPAC5) e units (BPAC11). As units são cestas de papéis que, nesse caso, são compostas por 1 ação ON e 2 ativos PN.

Entre os seus principais acionistas estão os bilionários André Santos Esteves e Roberto Balls Sallouti. André está na 7ª colocação da lista geral da Forbes (em 2022) com um patrimônio estimado em R$ 29,7 bilhões. Já Roberto figura na 72ª posição, com fortuna estimada em R$ 5,3 bilhões.

Agora que você conhece 5 das empresas que mais geraram bilionários no Brasil segundo a lista Blue Label, pretende investir nelas? Apesar de muitos investidores terem ligação com as famílias fundadoras do negócio, tenha em mente que o crescimento de boas empresas também pode ajudar a impulsionar o seu patrimônio — caso o investimento faça sentido para o seu perfil e objetivos.

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