O índice Ibovespa avançou 0,3% na sessão de ontem (20), aos 84.163 pontos, após uma sequência de cinco pregões em queda. Nesta quarta-feira (21), os investidores se mantêm atentos à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e do Federal Reserve (Fed) quanto às taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente.
Os ganhos na B3 (antiga BM&FBovespa) foram impulsionados pela alta nos índices dos EUA na última terça-feira e pela valorização no petróleo – que atingiu o maior patamar em três semanas e empurrou as ações da Petrobras (PETR4), que avançaram 1,1% no pregão. As siderúrgicas Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) também avançaram forte por conta da expectativa de uma isenção da taxa de importação do aço brasileiro para os Estados Unidos.
De olho na decisão do Copom
O Comitê de Política Monetária do Banco Central define, no final da tarde desta quarta-feira, o futuro das taxas de juros do país para os próximos meses. As projeções do mercado apontam para um novo corte de 0,25 ponto percentual – o que levaria a taxa Selic a uma nova mínima recorde de 6,5% ao ano.
Na ata da última reunião, ocorrida em fevereiro, a decisão do Copom foi para um corte de 0,25 ponto percentual da taxa, para 6,75% ao ano. Na oportunidade, o Banco Central sugeriu que uma nova queda na taxa básica de juros estaria em pauta nas reuniões seguintes, informando que “a continuidade do ambiente com inflação subjacente em níveis confortáveis ou baixos, com intensificação do risco de sua propagação abriria espaço para essa flexibilização adicional” – referindo-se justamente a um novo possível corte da Selic.
Os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os meses de janeiro e fevereiro corroboram para uma nova queda na taxa de juros brasileira. Isso porque, em ambas as medições, a inflação acumulada para 12 meses permanecia abaixo do piso de 3% e 1,5 ponto percentual distante da meta de inflação anual estabelecida para 2018, de 4,5% ao ano.
Taxa de juros dos EUA em pauta
O mercado também aguarda a decisão do banco central norte-americano (Fed) quanto às taxas de juros para a economia dos Estados Unidos. A estimativa é de que o Federal Reserve anuncie, às 15h desta quarta-feira, um novo aumento na taxa básica de juros do país, elevando para um patamar entre 1,5% e 1,75% ao ano.
No final de 2017, o Fed apontava para três aumentos na taxa de juros em 2018 – repetindo a evolução das taxas no ano anterior. O mercado acredita, no entanto, que um quarto avanço poderá ocorrer até o final deste ano devido à força dos dados sobre o crescimento da economia norte-americana e do mercado de trabalho.
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