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BONDS
O que são Bonds? Para que servem?

Bond pode ser traduzido como uma obrigação ou um título de renda fixa. É um investimento no qual você investidor empresta dinheiro a uma entidade (coorporativa ou governamental) que empresta a fundos por um período de tempo definido a uma taxa de juros fixa ou variável. Os títulos são usados por municípios, empresas, estados e governos soberanos (União) para arrecadar dinheiro e financiar projetos ou atividades. Em outras palavras é um título de dívida.

Existem 3 principais tipos de Bonds. Muitos títulos corporativos e governamentais são negociados publicamente em Bolsas, e outros são negociados via Balcão.

Mas voltando aos 3 principais, nos EUA, são eles:

  • Treasury Bills (T-Bills): Que vencem até um ano.
  • Treasury Notes (T-Notes): Que vencem entre 2 e 10 anos
  • Treasury Bonds: (T-Bonds): Que vencem entre 10 e 30 anos

Os Bonds Norte-Americanos nunca entraram em moratória (atraso ou até cancelamento de um pagamento) em toda história, dentre outras razões, é relativamente simples e barato para o governo obter dinheiro.

Curiosidade: No Reino Unido Bonds são chamados de Gilts, assim como o governo americano, o governo britânico também nunca deixou de honrar com seus compromissos. Lá existe dois tipos os Conventional Gilts e os Index-Linked Gilts, sendo o Conventional Gilts o mais comum e tratam a maior parte da dívida pública britânica.

No Brasil, também temos, via Tesouro Direto que nos permite comprar títulos como NTN-B (Indexada à inflação), LTN (Pré-fixada) e LFT (Pós-fixada, indexada à taxa Selic).

E por fim, na Alemanha eles são chamados de Bunds e são referência na Europa em relação a bom pagamento, já que a economia Alemã é uma das mais fortes e estáveis do mundo atual.

 

Como já havia falado outro grande emissor de títulos de dívida são as corporações.

Uma obrigação corporativa é considerada de curto prazo quando o prazo de vencimento é inferior a cinco anos. O intermediário é de 5 a 12 anos, e no longo prazo é de mais de 12 anos. Muitas pessoas gostam dos títulos corporativos, pois muitos apresentam uma rentabilidade mais atraente que os títulos públicos, por que existe obviamente um “risco” maior a se tomar. É famosa máxima risco x retorno.

As empresas podem emitir títulos com taxas de juros fixas ou variáveis, além de vencimento variável. Empresas altamente qualificadas são referidas geralmente como investimentos TRIPLE A (AAA), DOUBLE A (AA) e A, além de variações com “+” ou “-“. Já o contrário são consideradas “Junk Bonds”, numa maneira mais chula de se traduzir “Investimentos Lixos”.

COMO FUNCIONAM OS BONDS

Como a maioria dos títulos compartilha de algumas características iguais, vou colocar em tópicos, porém, construindo uma linha de raciocínio.

  • Valor nominal é a quantia em dinheiro que o título valerá no seu vencimento e é também o valor de referência que o emissor do título usa ao calcular os pagamentos de juros. Ou seja, digamos que um investidor compra um título pagando $1100 dólares (Valor Nominal $1000), quando o título “amadurecer” e chegar no seu vencimento, o investidor receberá de volta o valor nominal que no caso foi $1000 dólares.
  • Taxa de Cupom é a taxa de juros que o emissor da obrigação estará disposto a pagar pelo valor nominal da obrigação. Logo, caso o emissor pague 5% ao ano, o investidor que comprar um título a um valor nominal de $1000 dólares, receberá ao final de cada ano $50 dólares.
  • Data dos Cupons são as datas nos quais o emissor fará o pagamento dos juros. Os mais comuns são anuais ou semestrais.
  • Data de vencimento é a data em que o título vencerá e o emissor pagará ao detentor do título o Valor de Face (Montante sobre qual o pagamento de juros é calculado).
  • O preço de emissão é o preço pelo qual o emissor do título originalmente vende os seus títulos.

Outras duas características importantes são a qualidade de crédito e a duração (duration). Essas duas últimas são uma das principais determinantes da taxa de juro a ser pagada pelo emissor. Portanto, se um emissor tiver crédito ruim, o risco de inadimplência é maior e muito provavelmente o emissor terá que pagar uma taxa mais alta para captar (cupons mais altos). O contrário também acontece, caso a empresa seja boa como já falado anteriormente, o risco de inadimplência é menor e muito provavelmente os juros a serem pagos pelo emissor serão menores.  As classificações de créditos são calculadas e emitidas por agência de classificação de risco, como a Moody’s, Fitch e a Standard and Poor’s.

Além disso, a taxa de juros referencial da economia também exerce…[…]

 

Leia o texto na íntegra no blog BUGG – Análises Econômicas e de Investimentos, de William Castro Alves.

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Economista pela UFRGS, iniciou sua carreira em 2004 na Solidus Corretora, tendo passado pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Atuou como analista de Investimento na XP e responsável pelas gestão das Carteiras Recomendadas.

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