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Olá!

Como já vimos em conteúdos anteriores e nos próprios vídeos do nosso Canal no Youtube, o CDI é um espelho da SELIC. Dessa forma, se a SELIC estiver em trajetória de queda, o CDI também estará em queda. Se a Selic estiver em trajetória de alta, o CDI, irá acompanhar esse movimento, assim como a rentabilidade de todos os investimento atrelados ao indicador. Por isso, é muito importante saber como escolher um investimento de acordo com o movimento dos juros.

Falaremos de 4 tipos de aplicações:

1- Poupança:

A poupança não se altera com relação ao CDI, portanto continuará rendendo 0,5% a.m. + TR.

Se a taxa Selic estiver em níveis inferiores a 8,50% a.a., aí sim, a poupança renderá 70% da Selic.

2- CDB:

Existem CDBs pré-fixados e CDBs pós-fixados.

Os pré-fixados podem ser contratados com uma taxa já definida. Exemplo: 10% a.a. Mesmo que a Selic esteja em trajetória de queda, ele manterá a rentabilidade.

Já dentre os CDB’s pós-fixados, o mais conhecido é o CDB DI. Ele é diretamente atrelado ao CDI/Selic. Portanto, quando um investidor fecha um CDB com um banco ele já sabe a taxa que irá receber, relativa a um percentual do CDI. Exemplo: o investidor vai ao banco e obtém uma taxa de 90% do CDI. Isso significa que se o CDI apresentar rentabilidade de 10% nos próximos 12 meses, o investidor receberá 90% disso, ou seja, 9%. Logo se a trajetória da Selic for de alta, ele aumentará seu rendimento ao longo do tempo com essa modalidade de aplicação pós-fixada.

3- Fundos:

Existem diversos tipos de fundos de investimentos. Mais de 30 classificações. Vou me ater a 2: os Fundos Referenciados e os Fundos de Renda Fixa.

Fundo referenciado:

São fundos que devem, obrigatoriamente, aplicar 95% de seus recursos em ativos vinculados diretamente ao seu indicador base (benchmark). Portanto, se o fundo é um FUNDO REFERENCIADO DI, ele deve obrigatoriamente ter 95% do seu capital aplicado em títulos que variem da mesma forma que o CDI. Por isso, FUNDOS REFERENCIADOS DI, seguem a mesma lógica do CDB DI: acompanham as variações do CDI.

Fundos de renda fixa:

Já os fundos de renda fixa, devem possuir 80% de sua carteira em títulos de renda fixa.

Não precisam necessariamente acompanhar o CDI, pois não são referenciados e podem ter outros benchmarks. Então, muitas vezes, esses fundos aplicarão seus recursos em ativos pré-fixados em momentos de queda de taxa de juros e, por isso, poderão render mais do que o CDI. Ou seja, em momentos de alta de taxas de juros, esses fundos comprarão títulos atrelados ao CDI e em momentos de queda, reposicionarão suas carteiras em títulos pré-fixados, oferecendo uma perspectiva de rentabilidade diferenciada (naturalmente possuem mais risco que os fundos DI).

No mundo dos fundos de renda fixa, há também fundos atrelados aos indicadores de inflação, que carregam consigo muito mais risco do que os demais, pois sofrem maiores oscilações. Portanto não estamos falando aqui que todos os fundos de Renda Fixa vão sempre render mais do que o CDI. Não, isso não é verdade. Mas alguns deles possuem essa possibilidade de melhorar performance de acordo com os cenários.

4- Tesouro direto:

LFT (Letra financeira do tesouro):

As LFTs acompanham a oscilação da Selic. Logo se o investidor deseja acompanhar o movimento de alta da Selic, pode avaliar essa possibilidade de investimento. Fazem um efeito similar aos CDBs DI e aos fundos DI.

LTN (Letra do tesouro nacional):

As LTNs são pré-fixadas, com taxas pré-definidas na contratação. Se a trajetória da Selic é de baixa, o momento fica propício para essa pré-fixação.

Como escolher um investimento de acordo com o movimento dos juros:

Selic em trajetória de elevação:

Pós-fixados atrelados ao CDI ou a Selic: CDB DI, fundos DI e LFTs

Selic em trajetória de queda:

Pré-fixados: CDB Pré, LTNs

Observações:

– Devido à diversidade de possibilidades que existem quanto aos fundos de renda fixa, não os mencionei acima.

– Outros aspectos relacionam-se a essa decisão. Especialmente fatores relacionados ao perfil do investidor, seus objetivos e sua propensão ao risco.

Abraços,

André Bona

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André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a investir melhor seus recursos e é o criador do Portal André Bona - site de educação financeira independente.

3 Comentários

  1. Esqueçam taxas e rentabilidade!!! Parem de girar e enriquecer o governo e os intermediários. O que te deixa rico é aporte e tempo!!! Quanto mais tempo vc ficar em investimentos de valor maior o poder dos juros compostos! Agora se vc é tarde e isso é seu trabalho tudo bem, mesmo assim tem que ir reinvesti do os lucros em longo prazo. E se tiver DÍVIDAS não invista em nada!!! Pague-as primeiro. tenha apenas uma reserva de emergência.

  2. E o Tesouro Direto? Nada?
    Comprar direto do governo seus títulos. LFTs (SELIC), LTN (pré) ou NTNB (inflação). Cada papel com um perfil, liquidez semanal, baixo risco. Vale um post heim.

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