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Olá!
Vamos falar hoje sobre como você pode escolher uma corretora para fazer os seus investimentos.
Investindo no banco ou na corretora?
Mas peraí, André! Por que investir utilizando uma corretora se posso investir no banco onde tenho conta?
> Investindo no banco
Inicialmente é importante entender o seguinte: os bancos possuem diversos investimentos disponíveis para seus clientes: fundos de investimentos, CDBs, LCIs, LCAs e etc. Porém o banco, para os segmentos de varejo, só distribui investimentos de seu próprio conglomerado financeiro. Assim, ao investir num banco, o investidor não tem condições de avaliar se o desempenho dos produtos ofertados pelo banco são adequados se comparados com os mesmos produtos disponíveis em outros bancos.
Além disso, alguns serviços possuem taxas, como corretagem de ações, taxas do tesouro direto e taxas de administração em fundos. Esses custos, se forem excessivos, penalizam a rentabilidade do investidor significativamente. Normalmente esses custos todos são mais elevados em bancos.
Para investir em bancos e fazer comparações, seria necessário que o investidor entrasse em contato com vários deles a fim de comparar taxas, desempenhos e abrir contas em vários deles “espalhando” todo o seu patrimônio conforme os melhores produtos.
> Investindo via corretora
Seguindo a trilha de várias corretoras de países desenvolvidos, especialmente a Charles Schwab e a Fidelity ambas dos EUA, as corretoras brasileiras iniciaram, no final da década passada, um movimento para se tornarem shoppings financeiros de investimentos.
O conceito é o seguinte: as corretoras firmam contratos com vários bancos comerciais, bancos de investimentos, gestoras de recursos e etc para distribuir seus investimentos por meio de sua plataforma. Assim, os clientes de uma corretora acessam investimentos de diversos bancos com apenas uma conta e podem fazer suas escolhas e investir nos melhores produtos para si próprios, comparando custos e desempenho.
Aqui no Brasil diversas corretoras de valores já trabalham dessa maneira, permitindo acesso a todos os investidores a produtos excelentes que, nos bancos, só estão disponíveis para os grandes investidores.
O investimento via corretora, portanto, torna-se muito mais atraente pela possibilidade do investidor fazer diversos investimentos de vários bancos diferentes usando apenas uma conta.
As corretoras, portanto, não passam de intermediárias na distribuição de investimentos, sendo praticamente idêntico o serviço prestado por todas elas ao investidor. Nâo há diferenciais significativos. São meramente plataformas de negociação onde o investidor investe online. São todas essencialmente a mesma coisa. Umas com alguns recursos a mais em sua plataforma, outras com custos menores e etc.
Segurança de investir via corretora
Como falei anteriormente, as corretoras são meramente intermediárias, distribuidoras de produtos de investimentos. Certamente uma dúvida que paira sobre a cabeça do investidor iniciante é: e quanto a segurança?
Cada modalidade de investimento tem sua própria regra de segurança, que o investidor deve se atentar:
> Títulos privados: CDB, LCI, LCA, LC, CRI, CRA, debêntures, etc
Os títulos privados não são emitidos pelas corretoras, mas sim por bancos e empresas (no caso de debêntures). Logo, quando um investidor adquire um CDB na corretora, esse CDB é emitido por um banco. Assim, após o investimento feito, o dinheiro vai para o banco em questão, não ficando na corretora. O mesmo funciona para os outros títulos privados mencionados acima. Um investidor pode, por exemplo, comprar um CDB da Caixa Econômica Federal por meio de sua conta na corretora.
Portanto, caso uma corretora venha a quebrar, os investimentos adquiridos pelo investidor estão vinculados ao CPF do investidor e registrados na CETIP.
Sobre a CETIP: http://www.cetip.com.br/Institucional/seguran%C3%A7a-que-move-o-mercado
A CETIP criou um selo chamado CETIP CERTIFICA, onde todas as corretoras certificadas obrigatoriamente fazem o registro do título no CPF do investidor, garantindo transparência e segurança quanto a vinculação do seu investimento no seu nome.
Sobre o CETIP Cerfifica: http://www.cetip.com.br/CetipCertifica
Portanto, o investidor para sua total segurança pode verificar seu extrato CETIP para confirmar que os investimentos feitos por meio da corretora foram realmente registrados no seu CPF.
> Títulos do tesouro direto: LFT, LTN, NTN-B, NTN-B Principal, NTN-F e etc
Os títulos do tesouro direto podem ser adquiridos pelos investidores utilizando a plataforma de negociação disponibilizada pela corretora ou pelo próprio site do Tesouro Direto.
Normalmente, fazer a aquisição via sistema da corretora é mais prático, no entanto, é importante que o investidor faça a verificação direto em sua conta no site do tesouro direto. Eu sugiro que todo investidor privilegie a aquisição de títulos do tesouro direto direto pelo site do tesouro, onde poderá também consultar sempre a informação da sua posição de títulos.
Todos os títulos do tesouro direto adquiridos via corretora são registrados na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), uma empresa ligada a bolsa de valores.
Recentemente ocorreu um episódio fora do comum: uma corretora fraudou o sistema de informações aos investidores e não estava comprando os títulos do tesouro. Na verdade estava, mas estava registrando-os em seu próprio nome. A corretora quebrou e agora vai transcorrer toda a pendenga judicial, prejudicando os investidores.
Caso os investidores tivessem se atentado a esse fato e conferissem suas posições no site do tesouro, poderiam ter verificado suas posições e se protegido.
Mesmo que o investidor faça as compras de tesouro direto no ambiente da corretora, cada compra gera um protocolo no tesouro e isso permite que ele entre no site do tesouro e confirme a existência da operação.
Portanto, o investidor para sua total segurança pode verificar seu extrato e suas posições de tesouro direto no próprio site do tesouro. Assim não restará dúvidas que os títulos estão vinculados ao seu CPF, o que lhe garante segurança também caso a corretora venha a quebrar.
> Ações
A compra de ações, feita pelas plataformas de negociação das corretoras, também são registradas na CBLC. Por isso o investidor recebe a confirmação de suas posições da sua própria corretora, mas também recebe um documento chamado ANA – Aviso de negociação de ações e o Extrato mensal da CBLC, que informa todas as suas posições.
Há portanto, uma tripla confirmação, de 3 participantes diferentes do mercado (corretora, bolsa e CBLC) das posições do investidor, garantindo total segurança.
> Fundos de investimentos
Os fundos de investimentos vendidos pela corretora possuem seus próprios bancos custodiantes. Logo, os recursos aplicados em fundos, saem da conta do investidor na corretora e vão direto para a conta do próprio fundo, no CNPJ do fundo. Sendo assim, os recursos não ficam também na corretora.
Para entender detalhadamente o funcionamento dos fundos de investimentos, leia o artigo “Como e por que investir em fundos de investimentos“.
Escolhendo a melhor corretora
Como você pode observar, os produtos vendidos pelas corretoras são praticamente os mesmos. Umas possuem maior diversidade, outras menor diversidade.
Alguns dos pontos que devem ser analisados pelo investidor ao escolher uma corretora:
> Diversidade de produtos de investimentos
Quanto mais opções de investimentos, fundos, renda fixa e etc, disponíveis na plataforma da corretora, maiores as possibilidades do investidor encontrar produtos mais ajustados ao seu perfil, com menores custos e mais retorno.
> Plataformas de negociação
As plataformas e a facilidade de navegação também são pontos importantes para que o investidor manuseie sua conta com total comodidade e consiga fazer suas consultas, acompanhar suas posições, investir, resgatar e fazer todas as suas movimentações com tranquilidade, simplicidade e transparência.
> Custos
Custos operacionais são importantes, pois impactam diretamente na rentabilidade do investidor. Existem corretoras que escondem alguns custos, oferecendo alguns títulos privados com taxas melhores e cobrando taxas de custódias mais elevadas, o que no final das contas meio que iguala a briga entre corretoras. Algumas corretoras não cobram custos com o tesouro direto por exemplo, outras cobram 0,1% a.a. e algumas chegam a cobrar cerca de 0,4% a.a. 0,5%.a.a.
Por outro lado muitos investimentos não possuem diferença de custos, como no caso dos fundos de investimentos, onde a taxa de administração não é cobrada pela corretora mas sim pelo próprio fundo e, sendo assim, um mesmo fundo terá os mesmos custos independente da corretora.
Assim sendo, antes de olhar custos, é importante que o investidor tenha um plano de investimentos definido e saiba quais são os adequados às suas necessidades, pois dependendo do caso, as diferenças de custo serão irrelevantes.
Não há benefício algum em ter o melhor custo se você optar pelo investimento errado!
> Serviço de assessoria disponível
Algumas corretoras permitem aos investidores optarem por serviços de assessoria de investimentos gratuitos, prestados por empresas independentes. Isso é um diferencial.
Dependendo das necessidades do investidor, podem existir corretoras mais adequadas para cada situação, no entanto, via de regra, as corretoras vendem commodities atualmente. Todas são, em grande maioria, exatamente a mesma coisa.
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Cuidados essenciais com as corretoras
O investimento via corretora abre um leque enorme de possibilidades, mas há cuidados que precisam ser tomados:
> Assessoria própria da corretora
Corretoras são vendedoras de produtos tal qual os bancos. São remuneradas pela venda e submetem seus funcionários a metas de produtos que lhe tragam maior rentabilidade. Dessa maneira possuir conta em corretora e ser atendido por funcionários da própria da corretora requer muita cautela.
As metas de vendas impostas pelas corretoras aos seus funcionários são similares às metas que os bancos impõem aos seus profissionais, gerando uma relação conflituosa.
Isso ocorre tanto na venda de produtos em ofertas públicas, ativos de renda fixa, fundos de investimento (onde as corretoras privilegiam seus próprios produtos) e negociação de ações, onde as corretoras são remuneradas não por quanto o investidor ganha, mas sim pelo giro de sua carteira (giro = quantidade de compras e vendas).
Portanto, ao ter conta em corretora, é essencial que o investidor que precisa de suporte para montar sua estratégia de investimentos não fique nas mãos da assessoria direta da corretora, pois muito provavelmente lhe serão ofertados investimentos que geram mais retorno à corretora.
O ideal é a utilização de um serviço de assessoria independente, feito por empresas que utilizam as corretoras apenas como plataforma de negociação para seus clientes e possuem contratos com outras instituições financeiras, caracterizando sua independência.
> Obsessão por custos
Muitos investidores são extremamente criteriosos na escolha por custos. No entanto, não são tão criteriosos ou cuidadosos na escolha dos próprios investimentos, comumente envolvendo-se em enrascadas. As vezes pagam baixo custo por produtos errados, o que na prática se reflete em baixo desempenho e/ou insatisfação.
Além disso, existem custos escondidos, em taxas de custódias e outras coisas que aparentemente não ficam claras, pois no final das contas, todas precisarão pagar seus custos para se manterem no mercado.
Já vi investidores CONSERVADORES dizerem: “abri conta na corretora QUALQUERUMA pois a corretagem de ações é menor”. Sim, mas um perfil conservador não deve ter ações em carteira. E se tiver, deve se posicionar por fundamentos e num percentual definido da carteira, onde os custos de corretagem são irrelevantes, pois são pouquíssimas as transações.
As vezes vejo um investidor optar por uma corretora cuja taxa do tesouro é menor, sendo que o tesouro nem é a melhor alternativa para sua necessidade.
Então, concentre-se primeiro no seu planejamento financeiro.
> Segurança
Verifique no site da CVM e na Bovespa a regularidade da corretora que você está escolhendo, assim como os selos especiais como o CETIP Certifica, que dá segurança total ao investidor.
Batendo o martelo
Como no geral corretora é tudo a mesma coisa, é importante entender que a necessidade do investidor é o que mostrará o caminho para a escolha da corretora. Investidores experientes que possuem total domínio sobre produtos de investimentos e sobre os conceitos do mercado financeiro podem optar pelas de menor custo, desde que possuam ferramentas operacionais que lhe agradem.
Por outro lado, o que minha experiência prática mostra é que investidores mais sofisticados frequentemente trocam informações com seus assessores, logo enxergam valor na importância de uma segunda opinião.
Investidores que precisam de um auxílio devem se concentrar nas corretoas que ofertam a possibilidade do atendimento via assessoria independente, feita por empresas de assessoria externas às corretoras. Pois mais importante que o custo operacional, é a troca de informação com sua empresa de assessoria que lhe permitirá tomar as melhores decisões.
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Grande abraço,
André Bona