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Com a queda da taxa básica de juros (Selic), cada vez mais pessoas querem saber como funciona o mercado de ações. Tal movimento é compreensível, afinal, se a remuneração nas aplicações de renda fixa tende a diminuir, ao menos em termos nominais (sem considerar inflação), é normal que os investidores busquem formas alternativas para aumentar a rentabilidade.

Para tanto, uma parte considerável deles passa a se interessar pela bolsa de valores e pelo potencial de retorno da renda variável. Se essa também é a sua intenção, saiba desde já que é importante conhecer como funciona o mercado de ações para tomar decisões embasadas na realidade, e não em meros “achismos”.

Para ajudar você nessa tarefa, apresentamos a seguir alguns dos conceitos e assuntos mais importantes para quem pretende investir na bolsa de valores. Acompanhe e faça bons negócios!

O que são ações?

São as menores partes do capital social de uma sociedade anônima (S/A), seja ela aberta (presente na bolsa de valores) ou fechada (restrita a alguns sócios). Nosso foco aqui é tratar das ações das companhias de capital aberto, afinal são esses os ativos que podem ser negociados pelos investidores na B3, nome atual da bolsa de valores brasileira.

Imagine uma fábrica construída com milhões de tijolinhos. Para facilitar a sua compreensão, poderíamos dizer que cada ação corresponderia a um tijolo. Na verdade, quem adquire as ações de uma companhia se torna sócio ou acionista dela, com direitos proporcionais ao número de papéis que adquiriu.

Do ponto de vista das empresas, a abertura de capital, quer dizer, a entrada na bolsa de valores, significa uma possibilidade de obter financiamento de longo prazo para executar projetos. No chamado mercado primário, quando a companhia lança ações pela primeira vez, os recursos provenientes dos papéis vão diretamente para o caixa da organização.

Mais tarde, no mercado secundário os ativos são negociados entre os próprios investidores, ora na posição de compradores, ora na de vendedores. Nesse último caso, existe somente a troca de dinheiro e dos papéis entre esses integrantes do mercado, sem a participação direta da empresa que emitiu as ações.

Quais são os tipos de ações existentes?

Basicamente, existem dois tipos de ações negociadas na bolsa de valores: as ordinárias, que dão ao investidor o direito de votar nas assembleias da empresa; e as preferenciais, que, como o próprio nome diz, proporcionam preferência no recebimento de dividendos (participação nos lucros da companhia). Na prática, pode haver mais de uma classe de ações em cada uma dessas duas categorias, com direitos e obrigações diferentes.

Vale lembrar que as ações possuem códigos de negociação, que são uma espécie de “apelido” do papel, para ser utilizados durante as transações. Por exemplo, a ação preferencial da Petrobras tem código PETR4, já a ação ordinária da petroleira é negociada sob a combinação PETR3.

Nem todas as companhias possuem os dois tipos de ações na bolsa. Nos casos daquelas que disponibilizam ambos, geralmente as ações preferenciais possuem maior liquidez, ou seja, são mais utilizadas nas transações entre os investidores. Desse modo, torna-se mais rápido e fácil entrar e sair de uma operação, uma vez que há maior probabilidade de encontrar alguém disposto a negociar o papel.

A propósito, é preciso mencionar que qualquer operação no mercado secundário requer uma parte compradora e outra vendedora. Assim, não basta você ter a vontade de adquirir ou de se desfazer de um papel, é necessário encontrar alguém propenso a ficar na outra ponta da negociação.

Como funciona o mercado de ações?

De modo geral, as pessoas lucram no mercado de ações com a valorização dos papéis, isto é, elas compram os ativos na baixa dos preços e os revendem quando estão com cotação mais alta. Para um investidor mais avançado, também é possível obter lucro com a queda dos preços, porém tal estratégia requer um conhecimento mais aprofundado de como funciona o mercado acionário para se evitar erros que levam a grandes prejuízos.

Por se tratar de investimentos de renda variável, as ações são caracterizadas pela oscilação dos preços para cima e para baixo, o que possibilita diversas oportunidades de ganho em vários horizontes de tempo.

Geralmente, investidores de curto prazo utilizam a chamada análise técnica ou gráfica para identificar chances de ganho na bolsa. Para tanto, eles estudam as variações dos preços em certo período para tentar antecipar movimentos das cotações e, com isso, posicionar-se da maneira mais adequada para gerar lucros.

Por outro lado, investidores de médio e longo prazo, via de regra, usam a análise fundamentalista para ganhar com a valorização dos ativos num horizonte de tempo mais estendido, superior a dois anos. Nesse caso, quem aplica numa companhia avalia os indicadores econômicos em geral e os da própria empresa para descobrir o potencial de crescimento do negócio e, consequente, o aumento nas cotações.

Vale destacar ainda que, para investir na bolsa de valores, o investidor deve possuir conta em uma corretora de títulos e valores mobiliários, que é uma instituição que faz a intermediação dos negócios entre o investidor e a B3.

Embora a renda variável tenha um potencial de rentabilidade superior ao oferecido pela renda fixa, antes de ingressar na bolsa é indispensável que o interessado busque estudar como funciona o mercado de ações.

Atenção!

Lembre-se de que não existe uma aplicação ideal para todas as pessoas, independentemente do cenário econômico. Dessa forma, o seu planejamento individual é que vai ditar o que você deve fazer em termos de investimentos. A partir do diagnóstico da sua realidade e dos seus objetivos, busque os ativos e produtos que mais se adaptam às suas necessidades e ao seu perfil de tolerância ao risco.

No post de hoje você aprendeu um pouco mais sobre o mercado de ações e começou a entender o que é preciso para ingressar nesse mundo de oportunidades, mas que também possui riscos. Aqui mesmo no site você pode encontrar muito mais material para aprofundar o seu aprendizado de educação financeira e, assim, tomar decisões com mais autonomia e conhecimento de causa.

Entendeu como funciona o mercado de ações ou já possui alguma experiência nesse segmento? Na sua opinião, quais são as posturas que um investidor deve tomar para obter êxito na bolsa? Deixe seu comentário!

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Artigo publicado em 23/10/2017. Atualizado em 14/06/2019.

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