Uma garrafa de vinho é sempre uma boa companhia para uma noite fresquinha ou aquele jantar especial. Mas, para os grande apreciadores, a busca pela bebida perfeita pode ser bem custosa. O valor dos rótulos varia por uma série de motivos: o local de fabricação, as uvas usadas, o processo de fermentação e até a idade da garrafa.
Neste artigo vamos contar um pouquinho da história dos 10 vinhos mais caros do mundo, e tentar entender por que uma taça desses rótulos são tão caras.
As informações são do site Wine-Search, que tem uma base de dados de mais de 9 mil vinhos diferentes e considera o preço médio cotado em vários fornecedores na data mais recente.
Saiba quais são!
10. Fritz Haag Brauneberger Juffer Sonnenuhr Riesling Trockenbeerenauslese Goldkapsel (US$ 3.928)
Esse vinho branco alemão precisou lutar contra a reputação dos rótulos do país no último século, ditos de baixa qualidade e ilusórios. Ele é feito de uva Riesling, uma fruta aromática original da Alemanha e considerada por muitos críticos a melhor variedade de uva para a produção de vinhos brancos.
Fabricado na região de Brauneberg, esse vinho é bem difícil de se encontrar atualmente, sendo que só garrafas das safras de 1994 e 2001 estão à venda no mercado.
9. Leroy Domaine d’Auvenay Mazis-Chambertin Grand Cru (US$ 3.943)
Esse Pinot Noir é produzido na vinícola Mazis-Chambertin, na França, sendo considerado um dos top 5 vinhos da região. Essa varietal é característica da Borgonha e dá origem a vinhos encorpados, que demandam muitos anos de guarda.
Uma das uvas mais estudadas do mundo, a Pinot Noir foi exportada para praticamente todas as regiões do globo. Nos últimos anos, esse vinho tinto foi bem valorizado, com o preço sempre aumentando e, finalmente, entrou na lista dos vinhos mais caros do mundo.
8. Domaine Leroy Chambertin Grand Cru (US$ 4.397)
Entre os vinhos da Borgonha, recebem a classificação Grand Cru as safras da mais alta qualidade, sendo as quatro categorias: Grand Cru, Premier Cru, Appellation Communale e Appellation Régionale. A vinícola Le Chambertin é a mais importante na produção de Grand Cru da região de Gevrey-Chambertin, sendo seus donos — a família Leroy — um dos mais tradicionais produtores da Borgonha.
7. Joh. Jos. Prum Wehlener Sonnenuhr Riesling Trockenbeerenauslese (US$ 5.015)
Esse vinho branco é um dos rótulos alemães mais bem avaliados e dá para entender porque seu sucesso com os críticos garantiu seu lugar entre os vinhos mais caros do mundo. Jancis Robinson deu à safra de 1959 a nota máxima de 20 pontos. Jancis Robinson é a crítica de vinhos que escolhe as garrafas da Rainha Elizabeth II, então sua opinião conta bastante.
Esse vinho também é feito de uvas Riesling, produzidas na vila de Wehlen, na região de Mosel.
6. Domaine de la Romanee-Conti Montrachet Grand Cru (US$ 5.718)
Esse vinho ainda tem garrafas da safra de 1974 no mercado, sendo que uma unidade rara de 1978 foi comercializada por quase U$ 10 mil. A Chardonney é a uva branca mais famosa do mundo, tanto por causa de sua complexidade aromática quanto pela variedade de técnicas de produção que podem levar a sabores bem distintos.
Esse Grand Cru feito na vinícola de Le Montrache, também na Borgonha, coleciona vários prêmios, sendo o vinho mais aclamado da região.
5. Domaine Georges & Christophe Roumier Musigny Grand Cru (US$ 7.204)
Reafirmando o domínio dos Grand Cru, esse Pinot Noir da vinícola de Le Musigny, na Borgonha, está sempre entre os mais apreciados de lá. O Domaine Georges Roumier é conhecido por seus vinhos caros e premiados, além de sua história de menos de 100 anos. Uma garrafa do vinho da safra de 2005 chegou ao preço de U$ 18 mil.
4. Domaine Leflaive Montrachet Grand Cru (US$ 7.894)
Não são só os alemães que produzem os vinhos brancos super apreciados. Esse Chardonnay da Borgonha é o vinho mais caro da região de Cote de Beaune, conhecida pelos rótulos feitos com Pinot Noir e com Chardonnay. A Casa Leflaive é uma das mais importantes produtores de vinhos brancos da França e sua história data de 1717.
3. Domaine Leroy Musigny Grand Cru (US$ 8.417)
Esse Pinot Noir é o segundo vinho da Casa Leroy nessa lista, com adição de que ele é produzido em uma região diferente da Borgonha, onde é feito o Domaine Leroy Chambertin Grand Cru. Esse rótulo é vinificado na área de Musigny. Daí dá para entender a extensão das vinícolas do Domaine Leroy. Em 1971, a safra de 1967 foi agraciada com um prêmio do prestigiado grupo Confrérie des Chevaliers du Tastevin.
2. Egon Muller Scharzhofberger Riesling Trockenbeerenauslese (US$ 10.641)
Se você sentiu falta da Itália nessa lista, é isso mesmo: a França e a Alemanha brigam pelos lugares de ouro. Também produzido com a cultivar Riesling, esse vinho branco da cidade de Wiltingen não tem safra todo ano, muito pelo contrário: desde 1975, houve apernas 11, a última sendo de 2011.
Egon Muller é um dos produtores mais importantes da Alemanha e, por isso, sua próxima safra está sendo muitíssimo aguardada!
1. Domaine de la Romanee-Conti Grand Cru (US$ 15.961)
Já era esperado que a França ganhasse o primeiro lugar, honrando sua fama mundial e a tradição secular. Esse Pinot Noir da Borgonha é obra de uma das casas produtoras mais importantes do mundo, sendo que praticamente todo ano vários vinhos da Romanee-Conti ganham os prêmios mais respeitáveis da área.
Acredite se quiser: uma garrafa da safra de 1945 foi vendida a U$ 56 mil, sendo que rótulos mais antigos costumam ir a leilão e, frequentemente, entram na lista dos mais caros já negociados n mundo.
Se um dia você tiver a chance de experimentar alguns dos vinhos mais caros do mundo, saiba que você estará bebendo anos de história e tradição de cada um desses produtores.
Não é nada fácil se tornar um bom conhecedor para poder apreciar tudo que eles têm a oferecer: é preciso estudo e dedicação. Afinal de contas, ao dar um golinho, você pode estar colocando na boca algo com o valor de um diamante!
Mas esses rótulos são muito mais do grandes bebidas: podem se tornar boas opções de investimento. Com o alto poder de guarda que esses vinhos têm, nada impede que você os adquira agora para revender no futuro, não é mesmo?
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