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Whisky, Vodka, Gin, Cachaça, Rum, Tequila…se algum desses nomes lhe causou algum embrulho no estômago ou te fez sentir até aquele resquício de dor de cabeça é porque provavelmente você já teve alguma experiência com o consumo além da dose de algumas dessas bebidas. Também é possível que você tenha se lembrado de um pôr do sol guardado na memória, uma festa que te marcou, um encontro inesquecível…etc.

Agora se você sentiu isso que descrevi acima para todos os tipos de bebidas, você definitivamente deveria conhecer mais sobre uma empresa que é a responsável por tudo isso … quem sabe até ser sócio dessa mesma … e na próxima vez você já tem uma boa justificativa ao beber além da conta: “estava ajudando a minha empresa”.

Estou falando da Diageo

Basics. A Diageo tem um valor de mercado de US$ 88 bilhões (~R$340 bilhões superior a Ambev ~R$300 bilhões) e suas ADR’s são negociadas sob o código DEO nos EUA cotadas a ~US$141/ação.

Fiz um vídeo enquanto estava em Londres num Pub…afinal é onde encontramos a Diageo em operação:

A Diageo. A Diageo plc, juntamente com suas subsidiárias, produz, comercializa e vende bebidas alcoólicas em todo o mundo. A empresa oferece uma coleção de marcas nas categorias de bebidas alcoólicas. Suas marcas incluem gigantes famosos como (são exemplos e não estão restritas apenas a estas, ao todo eles contam com um portfólio de 200 róulos diferentes):

  • Whiskys: Johnnie Walker, J&B, Bell’s;
  • Vodkas: Smirnoff, Cîroc e Ketel One;
  • Rum: Capitain Morgan, Bundaberg, Cacique 500
  • Tequila: Don Julio, Deléon
  • Gin: Tanqueray, Gosdons
  • Licor: Baileys e Sheridan’s
  • Cerveja: Guinness, Kilkenny
  • Cachaça: Ypióca

Lista completa de marcas aqui: https://www.diageo.com/en/our-brands/brand-explorer/

Ou seja, estamos falando de uma gigante, com 132 anos de idade, que produz bebidas alcoólicas em 150 diferentes lugares do mundo, vendendo seus produtos em 180 países, com mais de 30 mil funcionários e que tem sede em Londres, no Reino Unido.

O quadro abaixo nos fornece uma excelente foto da composição de resultados da empresa Em suma pode-se dizer que, em termos de divisão de suas receitas a América do Norte representa 35% sendo o mercado americano o mais relevante, seguido pela Europa que responde por 24%, a Ásia e Oceania 20%, África 13%, América Latina e Caribe 8%. E em termos de categorias a mais relevante é a de whisky’s seguido por cerveja e vodcas.

Outra forma de visualizar suas receitas é observando o percentual de vendas das principais marcas, no caso, suas “Giants” (nome dado pela empresa para essas marcas): Johnnie Walker, Tanqueray, Smirnoff, Baileys, Capitain Morgan e Baileys que respondem por 41% das vendas; as “Local Stars” que respondem por 20% das vendas; e as “Reserve” que respondem por 18% das vendas.

Um bom negócio? Ok, boas marcas, boas lembranças ao beber seus produtos, mas será que vender bebidas é um bom negócio? A resposta é Sim! Vender bebidas com certo valor agregado e com a escala que a Diageo consegue fazer tem sido um bom negócio. Em geral suas margens são maiores que da indústria de bebidas e o nível também se mostra bem satisfatório, ficando levemente acima da Ambev por exemplo a qual é tida como uma das empresas mais eficientes do Brasil e também do seu mercado de bebidas. Para ajudar a leitura desses números podemos dizer de que cada US$ 100 dólares de receita, US$ 34 viram geração de caixa efetiva para empresa (margem Ebitda), ou que ~US$ 23 viram lucro (margem de lucro).

Não obstante o retorno sobre o patrimônio líquido, importante medida acerca da qualidade da empresa também alcança um bom nível de 26% ao ano, número bem superior aos 12% da indústria (fonte: Reuters). Ou seja, é como se cada US$ 100 investidos no negócio efetivo da empresa retornasse US$ 26 dólares como lucro em 1 ano.

Então foi um bom negócio ser sócio dela? Quem olha o longo prazo, vai ver que nos últimos 20 anos suas ações tiveram uma performance boa, inclusive acima do mercado, alta de quase 240%…[…]

 

Leia o texto na íntegra no blog BUGG – Análises Econômicas e de Investimentos, de William Castro Alves.

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Economista pela UFRGS, iniciou sua carreira em 2004 na Solidus Corretora, tendo passado pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Atuou como analista de Investimento na XP e responsável pelas gestão das Carteiras Recomendadas.

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