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Você já deve ter ouvido falar em plataformas online de captação de recursos para projetos. Esse tipo de ferramenta é conhecido como Crowdfunding, local onde o empreendedor encontra ajuda financeira para tirar o seu projeto do papel.

Porém, vem crescendo um novo conceito chamado de Equity Crowdfunding no qual as pessoas se juntam para investir em startups. Afnal, como a internet tem o poder de difundir ideias para bastante gente que não está no seu círculo geográfico, ela também pode ser uma aliada na hora de buscar alternativas de financiamento.

Vamos começar o artigo explicando que o Crowdfunding é um tipo de financiamento coletivo e se assemelha a dinâmica da vaquinha, já que as pessoas colaboram juntas e, assim, podem realizar o que antes não conseguiriam fazer sozinhas.

Por dentro do crowdfunding

O termo Crowdfunding foi criado recentemente, em 2006, e é muito utilizado quando se fala em projetos financiados de forma coletiva, que pode envolver um grupo pequeno ou grande, mas sempre através de uma plataforma online.

Ainda trazendo a imagem da vaquinha, ela geralmente está relacionada ao consumo de um item como uma geladeira para o escritório. Já o Crowdfunding tem um objetivo maior que pode ser iniciar um projeto.

O Crowdfunding surge como uma alternativa de produção e consumo mais colaborativa, participativa. A dinâmica dos principais sites de financiamento coletivo funciona da seguinte forma: há uma relação entre pedidos e recompensas. Assim, de acordo com o valor que a pessoa aplica, ela pode ter um tipo de prêmio ou brinde.

Se for, por exemplo, o financiamento de um livro, é possível receber algum exemplar, marcador de página, um livro autografado ou ter seu nome nos créditos de colaboradores.

Nos sites de Crowdfunding ainda é possível ter a opção do financiamento ser tudo ou nada. Isso significa que, se não for arrecadado o valor mínimo do pedido no tempo estipulado, a grana volta para a mãos das pessoas que contribuíram.

Algumas empresas utilizam o Crowdfunding para testar estratégias de pré-venda, já que o modelo se assemelha a uma “pré-compra” do produto. Assim, elas conseguem medir o nível de interesse e a demanda pelo item antes mesmo do lançamento.

Veja alguns exemplos de plataformas de Crowdfunding

Lançado em 2011, o Catarse é uma das plataformas mais conhecidas de financiamento coletivo. Mais de 600 mil pessoas já apoiaram pelo menos um projeto, sendo direcionados R$ 104 milhões em projetos. O site é palco para uma comunidade de apoiadores transformarem sonhos em realidade.

Há também plataformas focadas em alguns segmentos como, por exemplo, o Queremos, que é uma produtora de shows que financia bandas e músicos através de Crowdfunding.

O site dá o poder aos fãs de pedir seus artistas favoritos em suas cidades e compartilhar esse pedido com os amigos, gerando mais demanda para o artista. Com o montante arrecadado é feito o show.

O que é Equity Crowdfunding

Enquanto que o Crowdfunding é direcionado ao financiamento de um projeto, o Equity Crowdfunding permite que as pessoas invistam uma grana numa startup e, em troca, recebem um percentual da empresa. Podemos dizer que os usuários de plataformas de equity crowdfunding são investidores, em vez de consumidores e apoiadores de um produto.

O Equity Crowdfunding pode ser visto como uma forma de investimento, assim como aplicar dinheiro no Tesouro Direto ou em Fundos de Investimento. A diferença consiste que o aporte é para direcionado a financiar o crescimento de uma startup, o que pode contribuir para o surgimento de um serviço diferente em algum segmento de mercado.

Ter uma ideia e começar uma empresa não é tarefa fácil. Ainda mais sem toda a verba necessária para tirar do papel aquele projeto, que antes só teriam como fonte de recursos empréstimos bancários ou aporte de capital semente.

No Brasil, a primeira plataforma de Equity Crowdfunding surgiu em 2014, mas só após 2017 quando a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu o aval, é que o modelo ganhou força. Atualmente, 17 plataformas estão autorizadas para funcionar como, por exemplo, Urbe.me, StartMeUp, Eqseed e Kickante.

Maior captação

Recentemente, a fintech Mutual levantou R$ 4 milhões em uma rodada de Equity Crowdfunding, tornando-se a maior da história neste formato no Brasil. O investimento foi feito através da plataforma EqSeed, primeira a atuar no país com Equity Crowdfunding.

A Mutual conecta pessoas físicas buscando empréstimo com investidores pessoais e, para

Victor Fernandes, cofundador e CMO da Mutual, o processo de captação via Equity Crownfunding foi interessante porque conseguiram o capital com mais velocidade. A rodada fechou em 9 dias ao invés dos 30 previstos.

“A gente viu alguns benefícios muito claros no Equity Crowdfunding. Primeiro é que estava alinhado ao nosso propósito. A gente busca uma revolução financeira guiada por pessoas. A Mutual é empréstimos de pessoa para pessoa e nada mais claro e justo do que dar a oportunidade de outras pessoas fazerem parte disso”, comenta Victor Fernandes.

Como funciona?

Através do Equity Crowdfunding cada empresa pode captar até R$ 5 milhões. Muitas vezes os aportes têm lances mínimos em torno de R$ 1 mil.Vale lembrar que, quando as empresas recebem a grana, elas têm um prazo para retornar o valor, de preferência valorizado.

Olhando dessa forma, portanto, é possível ver a plataforma como forma de investimento, já que as startups têm valor de mercado baixo e no futuro elas podem representar lucros maiores que outras opções de mercado.

Quem participa de um Equity Crowdfunding se torna sócio do projeto e passa a ter o direito de compor o seu quadro societário e receber os futuros lucros da iniciativa. No final, a meta é vender sua participação após ela ter multiplicado em valor.

E você se interessou ou já participou de algum financiamento coletivo? Então deixe seu comentário sobre esse modelo de economia colaborativa.

 

*Este artigo foi produzido pelo Gorila com exclusividade para o Portal André Bona.

 

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Robinson Dantas é CEO do Gorila Invest e possui mais de 18 anos de experiência no mercado financeiro. Além disso, é fundador da Iporanga Investimentos, onde era responsável pela gestão de risco e membro do conselho da holding FS2. Antes, passou pelo Morgan Stanley na área de Equity Derivatives Trading em Nova Iorque.

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