A chegada de um filho é um momento de bastante emoção e dúvidas acerca do futuro da criança. Por isso, separamos algumas opções de investimentos para você que está pensando no futuro dos filhos.
Guardar dinheiro para garantir os estudos dos pequenos, fazer intercâmbio para aprender um novo idioma ou pagar a faculdade. São inúmeras as razões para se preocupar em assegurar um pouco de tranquilidade financeira lá na frente.
É bem comum vermos os pais fazerem uma reserva de dinheiro para a criança através da clássica poupança ou da Previdência Privada. Diz para a gente: você conhece alguém que abriu uma poupança quando o filho nasceu?
Porém, esses dois ativos não são os únicos. Continue acompanhando o artigo para conhecer outras opções de investimentos para os filhos!
Poupança
Vamos começar falando de um investimento que é a porta de entrada de muitos brasileiros – a poupança. No Brasil, durante todo o ano de 2019, a captação líquida total foi de R$ 13,3 bilhões, segundo dados do Banco Central.
É importante dizer que a poupança tem um dos rendimentos mais baixos de renda fixa, sendo ela rende hoje 70% da taxa básica de juros da economia, conhecida como Taxa Selic, fixada em 3% a.a. pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última reunião em maio de 2020.
Mesmo com uma rentabilidade baixa, ela pode ser uma opção para guardar mensalmente uma quantia pensando no futuro da criança. Além de criar o hábito de poupar a cada mês.
Uma das vantagens da poupança é por ser isenta de Imposto de Renda e contar com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Tesouro Direto
Há várias opções de títulos para investir no Tesouro Direto, sendo cada uma com suas características. Dependendo da faixa etária da criança, ou mesmo do objetivo de aplicação, um título pode ser mais interessante.
Tesouro Selic: títulos cujos rendimentos são atrelados à Taxa Selic;
Tesouro Prefixado: títulos com taxa de juros fixada no momento da compra;
Tesouro IPCA+: tem sua taxa de juros variável, vinculada à variação do IPCA. Essa opção é ideal para longo prazo, visto que há títulos com vencimento em 2045.
Assim como a poupança, esse é um investimento de bairro risco, uma vez que os títulos públicos consistem numa forma de empréstimo ao governo. Também possuem garantia do FGC.
Previdência Privada
A palavra Previdência Privada pode soar à primeira vista algo como aposentadoria, não é mesmo? Em parte sim, porém alguns bancos oferecem planos de previdência voltados para o público infantil. Já em relação ao resgate, há várias opções, sendo possível sacar tudo de uma vez.
Vale dizer que dois tipos de planos de Previdência Privada: PGBL e VGBL. A diferença entre eles é que, no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), é possível deduzir as contribuições da base de cálculo do imposto de renda na declaração de ajuste anual.
CDB
CDB é a sigla de Certificado de Depósito Bancário. Ele nada mais é do que um empréstimo que você faz a um banco e, depois do período definido, você receberá a quantia acrescida de juros.
Há CDBs com prazos que podem variam de 1 a 7 anos. Quanto maior o prazo, mais alta a rentabilidade. Assim, dá para alinhar o objetivo a quanto tempo pretende esperar pelo resgate.
Há dois tipos de CDB: o pré e o pós-fixado. No prefixado, você já sabe qual a rentabilidade que irá receber no futuro. Já no pós-fixado, ela depende do indexador – como por exemplo o CDI. Além disso, o CDB possui proteção FGC para aplicações até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, até o limite global de R$ 1 milhão a cada 4 anos.
Fundos de investimento
Há diversas opções de fundos de investimento, como os de renda fixa, de ações e multimercados. Nessa forma de investimento as pessoas aplicam sua grana e não precisam se preocupar tanto porque tem um gestor especializado para escolher os papéis para comprar. Entretanto, essa forma de investimento não tem proteção do FGC.
Conheça algumas das opções de fundos de investimentos:
Fundos de Renda Fixa: São compostos por diversos ativos de renda fixa, como CBDs, LCI, LCA, títulos públicos e debêntures.
Fundos Cambiais: São investimentos em moeda estrangeira. Os mais utilizados são os de dólar e euro.
Fundos Imobiliários: Conhecidos como FIIs, são investimentos do setor imobiliário onde você passa a ter pequenas partes de imóveis e recebe pagamentos mensais do aluguel deles.
Fundos de Ações: É formado, principalmente, por ativos de renda variável.
Fundos Multimercados: São compostos por diversos ativos da renda fixa e variável.
Ações
Por fim, as ações também podem uma das opções de investimentos para os filhos. Pode parecer ousado, mas nos Estados Unidos, por exemplo, é bem comum essa cultura de aplicar desde pequeno no mercado acionário.
Esse tipo de investimento exige mais conhecimento do mercado financeiro e das movimentações da economia. Por outro lado, se visar a diversificação e ganhos maiores no longo prazo, pode começar aplicando pequenas quantias.
Lembre-se que são comuns crises aparecem, porém em períodos de mais de 10 anos, o mercado de ações sempre tende a subir.
Uma dica é procurar conhecer o histórico da empresa que pretende investir: se ela passou por dificuldades ou se ela vem apresentando bons resultados a cada ano.
Aliado a todas essas opções de investimentos para os filhos vem o planejamento financeiro. Depois que o orçamento é definido, separe regularmente uma quantia com esse objetivo para o futuro das crianças.
*Este artigo foi produzido pelo Gorila com exclusividade para o Portal André Bona.
1 comentário
Muito importante realmente pensar no futuro dos filhos. Penso que diversificar entre as opções acima seja ainda mais interessante.