A volatilidade é uma característica presente em diferentes ativos e derivativos do mercado financeiro, levando muitos investidores e especuladores a realizar lucros e prejuízos com recorrência. Quem deseja aumentar a proteção contra essas variações precisa saber o que é swap.
Ao ter esse conhecimento, você poderá mitigar diversos riscos presentes no mercado, reduzindo as chances de se deparar com frustrações ou perdas financeiras. Contudo, antes de se beneficiar dessa operação, é preciso explorar mais o seu conceito e funcionamento.
Neste artigo, você entenderá melhor o que é swap, como ele funciona e quais são os seus principais tipos. Acompanhe!
Swap: o que é e como funciona?
Swap é uma palavra inglesa que pode ser traduzida como troca. No mercado, ela define um derivativo financeiro usado para a troca de posições entre dois investidores — sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.
Nesse tipo de contrato, há uma transferência de risco entre as partes, mediante o posicionamento de cada uma delas na operação. Com isso, as condições do negócio são combinadas no presente, mas com a previsão de pagamento no futuro.
Ou seja, a efetiva troca somente acontece da data de vencimento do contrato. Nessa operação, há uma situação de soma zero, em que o ganho de uma parte implica na perda da outra.
Por exemplo, imagine que um investidor, com receio de uma possível queda nos juros, decida fazer um swap para trocar a indexação dos seus investimentos pelo dólar. Se o desempenho do dólar superar o do indicador que foi substituído, a operação será lucrativa para ele.
Em relação à parte contrária — que aceitou essa troca — a operação poderá resultar em prejuízos. Apesar de ser possível ter ganhos financeiros com o swap, nem sempre ela é montada com esse intuito, como você poderá ver adiante.
Para que serve essa operação?
Depois de conferir o conceito e funcionamento do swap, é o momento oportuno para entender para que serve essa operação. Em geral, o objetivo desse derivativo é reduzir o risco de exposição à volatilidade do mercado.
O uso dos swaps também é comum para investidores que desejam otimizar seus portfólios. Isso significa ajustar a composição de seus ativos financeiros para maximizar o retorno esperado e minimizar o risco.
Outra forma de utilização desse derivativo se dá quando uma pessoa (física ou jurídica) deseja acessar o mercado internacional, sem a necessidade de converter sua moeda local. Por exemplo, suponha que uma empresa brasileira queira abrir uma filial na Europa — o que demandaria a compra de euros.
Nesse caso, ela pode recorrer a um swap, trocando taxas de juros ou obrigações em reais por índices ou deveres em euros com uma contraparte. Isso permite que a organização acesse os euros necessários para financiar suas operações europeias, sem a necessidade de converter moedas no mercado cambial.
Quais são os tipos de swap?
Com o que você aprendeu até aqui, deu para perceber que existem diferentes tipos de swap no mercado, certo? Cada um deles atende a necessidades específicas e oferece benefícios distintos.
Assim, as empresas e investidores podem personalizar as suas estratégias financeiras de acordo com as condições do mercado e seus objetivos individuais. Confira, a seguir, os principais tipos de swap:
- swap de taxas de juros: é uma das formas mais comuns de swaps financeiros. Nele, duas partes concordam em trocar pagamentos de juros, o que geralmente envolve a taxa Selic (a taxa básica de juros) ou o CDI (Certificado de Depósito Interbancário);
- swap cambial: nessa operação, o Bacen (Banco Central) se compromete a pagar a variação cambial em troca de uma taxa de juros combinada. A operação oposta, em que o Bacen paga a taxa de juros e recebe a variação do câmbio, é chamada de swap reverso;
- swap de commodities: costuma ser utilizado por empresas envolvidas na produção, compra ou venda de commodities. As partes trocam pagamentos relacionados ao preço de uma commodity específica para mitigar o risco das flutuações;
- swap de índices: permite a troca de índices de mercado, como o Ibovespa (Índice Bovespa), IBrX100 (Índice Brasil 100) e o S&P 500 (Standard and Poor’s 500), entre outros. Também é possível trocar índices de preços, a exemplo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou IGP-M (Índice Geral de Preços — Mercado).
Quando utilizar essa operação?
Agora que você conheceu os principais tipos de swap, chegou a hora de entender quando utilizar essa operação. Como você viu, o swap é uma ferramenta financeira versátil, podendo ser aplicado para diversos propósitos, como proteção cambial, gestão de risco ou especulação.
Por exemplo, uma empresa com receitas ou despesas em moeda estrangeira pode recorrer a um swap cambial como forma de se resguardar contra as oscilações do câmbio. Da mesma forma, um especulador pode explorar as oportunidades de curto prazo no mercado por meio de um swap de commodities ou índices, visando lucrar sobre as flutuações de mercado.
De todo modo, é importante destacar que o uso de swap envolve riscos, uma vez que os derivativos podem apresentar alta volatilidade. Portanto, é fundamental ter bastante cautela e possuir conhecimento aprofundado ao se envolver nesse tipo de operação.
Afinal, como realizar operações de swap?
A execução de um swap requer a abertura de conta em uma plataforma de investimentos, pois as operações de troca se dão no mercado de balcão da B3 (a bolsa de valores brasileira). Nesse ambiente, negocie os detalhes do swap — como prazo, objetos da troca e formas de pagamento.
Para simplificar esse processo, é aconselhável buscar suporte de um assessor de investimentos, que pode oferecer orientação profissional nessa etapa. Após a formalização do acordo de swap, monitore as condições de mercado e acompanhe a operação.
Como você aprendeu, o resultado da operação dependerá do desempenho do mercado ou da economia no período — podendo resultar em ganhos ou perdas financeiras. Diante desse funcionamento, é necessário ter um maior apetite aos riscos para acessar essa operação.
Portanto, antes de concretizar o negócio, é pertinente avaliar o seu perfil e objetivos, além de conferir todas as condições e custos aplicáveis. Observar esses pontos ajudará você a analisar e escolher a melhor opção para a sua carteira.
Vale lembrar que, apesar de ser uma operação de renda variável, a cobrança do Imposto de Renda segue a tabela regressiva da renda fixa.
Depois de aprender o que é swap e detalhes sobre seu funcionamento, você terá mais segurança para decidir se esse tipo de operação faz sentido no seu caso. Caso entenda que ela pode ser vantajosa para você, não deixe de procurar apoio profissional para maiores esclarecimentos.
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