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Quando se fala em índice de ações, é comum que os investidores pensem no Ibovespa. Apesar disso, existem outros indicadores que medem o retorno de uma carteira teórica composta pelos papéis mais negociados na bolsa, como é o caso do IBrX 100.

Assim, quem investe em ações precisa conhecer diferentes índices para compreender melhor o comportamento do mercado. Isso permite avaliar também o desempenho da própria carteira de investimentos.

Quer saber mais? Neste artigo, você conhecerá as principais características do Índice Brasil 100 (IBrX 100). Assim, será possível analisar se faz sentido para a sua carteira acompanhá-lo.

Vamos lá?

O que é o Índice Brasil 100?

O Índice Brasil 100, também conhecido como IBrX 100, mede o retorno teórico de uma carteira de ações composta pelos 100 papéis mais negociados na bolsa de valores brasileira (B3). Para tanto, o cálculo considera o volume financeiro e a quantidade de negociações realizadas com o ativo.

Além disso, não são considerados BDRs (brazilian depositary receipts) e ações de empresas em recuperação judicial, regime especial de administração temporária, intervenção etc. Outra característica do IBrX 100 está no fato de que ele é um índice de retorno total.

Isso significa que o indicador busca refletir as variações nos preços das ações que compõem o índice. Ele também considera o impacto que a distribuição de proventos por parte das empresas emissoras desses papéis teria no retorno do índice.

Qual a composição do índice?

Após saber o que é o IBrX 100, vale destacar que ele é composto pelos ativos de empresas listadas na B3 que atendem aos critérios de inclusão no índice. Nesse caso, são elegíveis ações e units de ações que se enquadram nos seguintes requisitos:

  • figurar entre os 100 primeiros papéis em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade;
  • ter, no mínimo, 95% de presença em pregões da B3;
  • ter 0,1% do volume financeiro no mercado à vista;
  • não ser penny stock (ou seja, ter preço acima de R$ 1).

Ainda, a carteira teórica do IBrX é rebalanceada a cada 4 meses. Entre as principais companhias que, normalmente, compõem o índice, estão Vale, Petrobras, Magazine Luiza, Itaúsa, Itaú Unibanco, Bradesco, B3, Ambev e outras grandes empresas.

Com relação à exposição aos setores, os mais representativos incluem finanças, energia, materiais bens de primeira necessidade e serviços públicos.

Para que servem os índices do mercado de ações?

Após entender a composição do índice, é interessante saber qual é a finalidade dos indicadores dos mercados de ações. Na verdade, eles servem como um termômetro para que os investidores possam analisar determinado nicho antes de investir.

Para tanto, a B3 coleta, organiza e divulga informações com base no que acontece em cada pregão. Entre esses dados, estão os índices do mercado de ações. Ademais, eles podem refletir tanto o comportamento do mercado de forma ampla quanto de alguns segmentos específicos.

Os índices também são úteis como benchmark do desempenho da sua carteira de investimentos. No caso do IBrX 100, é possível entender como as 100 empresas mais negociadas da bolsa estão se comportando.

Dessa forma, conhecer o Índice Brasil 100 pode ajudar a tomar decisões promissoras e mais alinhadas às suas expectativas e necessidades.

Quando vale a pena seguir o IBrX 100?

Uma dúvida comum quando se trata dos índices de mercado, é quando utilizá-los em seus investimentos. Nesse sentido, se você investe em ações, é importante acompanhar o desempenho da sua carteira.

Afinal, alguns ajustes podem ser necessários para rebalancear o portfólio e mantê-lo alinhado ao seu perfil e objetivos. Portanto, mesmo que você não tenha todos os ativos listados no IBrX 100 na carteira, é possível utilizar o indicador como referência de desempenho.

Além disso, pode ser interessante analisar o que ocasionou a subida ou a queda de um índice relevante. Na prática, isso ajuda a entender o que esperar do mercado financeiro e a tomar decisões de investimento mais acertadas.

Como investir para acompanhar o índice?

Como você viu, o IBrX não é um investimento em si. Na verdade, trata-se de uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas na B3. Contudo, é possível se expor a índices do mercado financeiro por meio dos ETFs (exchange traded funds), cujas cotas são negociadas na bolsa.

Essa alternativa também é conhecida como fundo de índice. Isso porque a principal característica desse veículo de investimento é o uso de um indicador do mercado financeiro como referência para compor a carteira de ativos.

Logo, o gestor escolhe os investimentos que farão parte do portfólio do fundo com base na carteira teórica do índice espelhado. Se você tem interesse em expor seus recursos às 100 empresas que fazem parte do índice BrX 100, pode investir no ETF BRAX11.

Saiba mais sobre ele a seguir:

Sobre o BRAX11

O iShares IBrX Fundo de Índice (BRAX11) foi lançado em fevereiro de 2010 e espelha o IBrX 100. Então a maior parte dos recursos do fundo é investida nas ações que compõem o indicador. No entanto, uma pequena parcela da carteira é composta por ativos fora do índice ou derivativos, por meio do mercado futuro.

Nessa modalidade, a principal forma de ter rendimentos é por meio da valorização das cotas do ETF, principalmente no longo prazo. Logo, se o preço médio de venda for superior ao de compra, você terá lucro.

Porém, é importante saber que há tributação pelo Imposto de Renda sobre os lucros. As alíquotas são de 15% para operações comuns e 20% para day trade. O investidor é responsável por recolher o imposto por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).

Já os proventos eventualmente distribuídos pelas empresas que compõem a carteira do BRAX11 são reinvestidos no próprio fundo. Portanto, não há distribuição de dividendos entre os investidores.

Agora você conhece o IBrX 100 e como funciona o índice que considera as 100 principais ações da bolsa. Além de acompanhar os índices de referência do mercado, lembre-se de que é importante considerar o seu perfil de investidor e os seus objetivos no momento de investir.

Gostou do artigo? Então complemente a leitura e conheça o ETF de mercados emergentes da B3 (EMEG11)!

 

 

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