Olá!
No mundo de incertezas em que vivemos, planejar a aposentadoria é algo de que ninguém pode abrir mão.
A realidade patente é que é praticamente uma obrigação se planejar para um futuro estável. Não podemos contar com a previdência social oficial única e exclusivamente como nossa garantia de uma aposentadoria tranquila.
Especialmente diante dos cenários incertos que vez por outra passamos no Brasil, cabe perguntar: você lembra de algum período da nossa história em que houve confiança completa nos rumos da economia nacional? Eu não lembro.
Nossa trajetória política vez por outra aponta para a instabilidade, fora o fato de que, economicamente, ainda somos um país que tenta se equilibrar.
Junte a isso as questões de saúde pública e os problemas ainda sem solução da saúde pública, então tem-se a questão: você vai querer confiar sua tranquilidade futura somente na Previdência Social oficial? Melhor não, certo?
Por que planejar a aposentadoria?
A terceira idade é a fase da vida em que estamos mais suscetíveis a problemas, especialmente se não houver planejamento. A saúde não brinca e os gastos aumentam exponencialmente.
Se, durante a vida inteira, você trabalha para manter sua estabilidade financeira, o mais coerente é que uma parte das suas finanças se preste a manter sua qualidade de vida no presente, enquanto a outra garanta um futuro com padrão de vida semelhante.
Mesmo que você pague corretamente o INSS, quanto mais você recebe, maior é a contribuição, correto? Assim, você presume que, com maiores contribuições, sua aposentadoria será maior, certo? Errado.
A Previdência Social possui um teto máximo de pagamento de aposentadoria. Esse valor, que atualmente está em R$ 5.189,82, é reajustado periodicamente, mas se você ganha mais que isso, possivelmente esse aumento não vai fazê-lo alcançar sua renda mensal.
E não é apenas seu tempo de contribuição que é levado em conta, afinal, você não contribui dentro da mesma faixa a vida inteira. Durante algum tempo, em que provavelmente ganhou menos, seus pagamentos mensais não estavam dentro da alíquota máxima de pagamento.
Então, aconselho você a não contar somente com a aposentadoria oficial para garantir dias tranquilos.
Como deve ser feito o planejamento da aposentadoria?
Assim, você se questiona como deve se planejar para a aposentadoria. Como já disse, comece sua reserva financeira. Quanto mais cedo você começar a investir para o futuro, melhor será o seu resultado.
É preciso lembrar do tripé que sustenta os bons resultados no mundo das finanças:
- Tempo de Investimento;
- Quantia investida;
- Tamanho dos riscos.
Como você está almejando um horizonte mais ou menos distante, o primeiro desses itens já é um ponto positivo para obter bons resultados.
Você, com certeza, também já ouviu falar dos planos de previdência privada. Um plano de previdência é um investimento auxiliar atraente por si só. No entanto, o que é preciso é comparar a rentabilidade que ele oferece, além das condições, com outras possibilidades de investimento.
Primeiro, os planos de previdência privada exigem prazos de contribuição bem longos para fazerem valer o investimento, já que a contribuição para eles é mensal e o capital vai-se formando no decorrer do tempo.
Alguns fatores têm de ser observados antes de escolher um plano dessa natureza:
- O investimento geralmente só é atrativo se o tempo de contribuição for superior a 20 anos;
- PGBL e VGBL – sendo apenas o primeiro dedutível do Imposto de Renda – são indicados para pessoas com menos de 30 anos, quando se pode fazer aportes mensais pequenos e, ainda assim, construir uma reserva interessante;
- As taxas de administração e de carregamento precisam ser observadas, pois costumam consumir cerca de 30% dos rendimentos ao total do tempo de contribuição;
- O Imposto de Renda pode ser um grande vilão, com sua margem máxima de 27,5%.
Já os planos coletivos, que são comumente chamados fundos de pensão e são oferecidos por empresas que os oferecem como benefício atrativo costumam remunerar muito melhor que as modalidades acima, além de terem taxas de administração mais baixas. Além disso, as contribuições patronais tornam esses fundos de pensão muito interessantes!
Nesse caso, você precisa estar atento às regras e saber como ficam os recursos caso se desligue da empresa.
Onde investir para garantir sua tranquilidade?
O mundo dos investimentos é vasto e bastante atrativo, mas os cenários mudam, especialmente quando se fala em períodos mais longos.
Use essa característica a seu favor e pense de forma estratégica. Nada impede que haja movimentação dos recursos que você destinar à sua aposentadoria, mas é importante mantê-los focados nesse objetivo.
De toda forma, as opções de investimento para a aposentadoria são vastas. Vale estudá-las e comparar suas vantagens e riscos:
Títulos do Tesouro Direto
Uma das alternativas mais atrativas de investimentos de longo prazo são os títulos do Tesouro Direto. São papéis do governo federal que podem possuir taxas bastante interessantes.
Quem, por exemplo, se interessa por indexar seus rendimentos à inflação pode optar pelo Tesouro IPCA+ que – como o nome já diz – remunera segundo o IPCA somado a uma taxa de juros real agregada.
Pela segurança, esse também é um investimento a se considerar, pois é um dos mais seguros e possui liquidez diária. É preciso, entretanto, que você esteja atento ao Imposto de Renda. A alíquota é regressiva de acordo com o tempo da aplicação.
Títulos DI
Falando em inflação, também é preciso lembrar dos títulos que acompanham a taxa SELIC, como o CDB.
Para eles, assim como para os títulos do Tesouro Direto sobre os quais já conversamos, não se pode esquecer que, em cenários de maior estabilidade econômica, as taxas tendem a cair e o desempenho pode ficar aquém de outras oportunidades de investimento. Por isso, não esqueça: analise sempre o resultado de seus ativos.
Opções de Renda Variável
Com tempo suficiente e riscos calculados, estamos bem posicionados sobre dois dos tripés dos bons investimentos financeiros.
As ações podem oferecer os melhores rendimentos do mercado, desde que você escolha empresas sólidas para o longo prazo. Somando a valorização das cotas ao pagamento de dividendos anuais que muitas empresas praticam, é possível ter um retorno imbatível.
Além do mercado de ações, entre as opções de renda variável estão ainda os Fundos Imobiliários: O mercado de imóveis também tem suas vantagens. Você pode adquirir cotas de FIIs que detêm empreendimentos de grande valor como shoppings e grandes centros comerciais.
Eles ainda têm o plus da isenção de Imposto de Renda sobre os dividendos para pessoas físicas.
De todas as opções, talvez a melhor delas seja pulverizar suas aplicações, através de uma carteira de investimentos que equilibre opções de renda fixa, renda variável e imóveis. Assim você garante liquidez (quem garante que estará livre de emergências?), segurança e rentabilidade.
Diante de tantas alternativas, planejar a aposentadoria é uma obrigação pessoal e uma tarefa, na verdade, bem interessante! O que você tem feito para garantir a sua tranquilidade futura? Deixe o seu comentário e compartilhe sua experiência!
Grande abraço,
André Bona
2 Comentários
Excelente artigo. O segurado da Previdência deve sempre estar atento ao seu planejamento previdenciário e como consultar seus benefícios no INSS, muitas vezes só se preocupam com isso na hora de se aposentar.
Bom dia, Andre Bona, venho assistindo seus videos a algum tempo, quero começar a investir como faço? Tenho uma noção muito superficial sobre mercado financeiro, por isso vejo videos, palestras, leio alguns artigos a respeito, para me familiarizar mais sobre o assunto, estou juntando dinheiro em minha conta poupança, sei que não é recomendado, isso eu já aprendi com seus videos e artigos, tenho ainda uma quantia pequena R$ 3.000.
O que você recomenda que eu tire esse valor e já aplique, ou junte mais dinheiro para começar a investir, uma vez que o rendimento seria em qualquer aplicação muito baixa começando com esse valor.