Videoaula: Como escolher sua previdência privada
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A previdência privada é uma necessidade e não há como negar. Com o aumento progressivo da expectativa de vida, as pessoas precisam o quanto antes se prepararem para a velhice.
Se hoje um indivíduo possui, por exemplo, uma renda mensal de 10 mil reais, está habituado a um nível de vida de 10 mil reais. Porém, ao se aposentar pelo INSS, sua aposentadoria será limitada ao teto, que será muito menor do que seu nível de vida atual.
É preciso se preparar para isso, pois certamente na aposentadoria será necessário contar com recursos complementares a aposentadoria do INSS. Uma das formas de garantir essa complementação é formando patrimônio ao longo da vida por meio de investimentos e também também utilizando um plano de previdência privada.
A previdência privada:
Nos planos de previdência privada o investidor não tem obrigação de depositar um valor fixo todo mês. Pode investir menos quando faltar dinheiro ou mais quando receber o 13º, por exemplo.
Existe uma fase de acumulação, onde o indivíduo vai aportando recursos e uma fase de usufruto, que é já na aposentadoria, onde ele usará os recursos acumulados até, espera-se que, o fim da vida.
Existem dois tipos principais de planos de previdência:
> PGBL: Os depósitos feitos podem ser deduzidos da base de cálculo do imposto de renda, gerando um benefício tributário imediato. Na hora de receber o benefício no futuro, no entanto, a tributação será sobre tudo o que estiver aplicado. Ideal para pessoas que fazem a declaração completa do IR.
> VGBL: Não permite dedução fiscal dos aportes do ano, porém a tributação, lá na frente, será apenas sobre a rentabilidade e não sobre o total. Ideal para pessoas que fazem a declaração simplificada do IR.
As opções de tributação:
> Progressiva: nesse caso a alíquota do IR vai aumentando conforme o montante resgatado no futuro, chegando a 27,5%.
> Regressiva: a alíquota vai decrescendo na medida em que o tempo passa, começando em 35% e chegando a 10% após 10 anos.
Os custos dos planos de previdência:
Existem dois custos principais nos planos de previdência: a taxa de administração e a taxa de carregamento.
> Taxa de administração: É a taxa cobrada pela instituição financeira para administrar os recursos do fundo de previdência e é calculada sobre o total de recursos. É expressa em % a.a. Exemplo: 1,5% ao ano.
> Taxa de carregamento: É uma taxa cobrada en cada aporte feito pelo investidor ou sobre os resgates, sobre o total de recursos. É expressa em %. Exemplo: carregamento de 4% ao ano.
Taxa de carregamento de entrada e taxa de carregamento de saída:
Há duas formas de a instituição financeira cobrar a taxa de carregamento no plano de previdência:
> Taxa de carregamento de entrada: É quando a taxa de carregamento que é cobrada em cada depósito, logo no aporte do valor.
Imagine que você possui um plano com uma taxa de carregamento de 4%. A cada R$ 100,00 que você contribuir para a sua previdência privada, R$ 96,00 entrarão no seu saldo. R$ 4,00 será da instituição financeira. Bem, se o seu fundo for conservador, em renda fixa, por exemplo, significa que você levará, pelo menos, 6 meses para que os R$ 96,00 virem os R$ 100,00 que você aportou. Portanto, se a taxa de carregamento for elevada, o investidor passará anos depositando dinheiro e vendo seu saldo previdenciário ser inferior ao total de suas contribuições.
> Taxa de carregamento de saída: É quando a taxa de carregamento é cobrada em um determinado percentual quando há o resgate. Nesse caso, normalmente a taxa é regressiva podendo zerar a partir de um determinado prazo.
Sem dúvida quando um plano possui a taxa de carregamento cobrada na saída, o investidor possui a possibilidade inclusive de nunca ter que pagar essa taxa, se permanecer no plano por, por exemplo, 3 anos (se esse for o prazo do plano em questão).
Como escolher sua previdência privada?
Como falei acima, os planos possuem os seus custos cobrados pela instituição financeira, há a escolha tributária de acordo com sua necessidade e também deve-se levar em conta o desempenho do fundo de previdência no momento da escolha. Em investimentos longos, pequenas diferenças fazem grande diferença no futuro.
VGBL como investimento:
Outra confusão relativamente comum é a compra de planos de previdência VGBL como se fossem um investimentos tradicionais, para horizontes de tempo pequeno. Vale observar que além da penalização na taxa de carregamento em caso de resgate, há a tributação.
Já vi investidores contratarem VGBL como investimento, pagar carregamento de entrada e, por precisar do dinheiro num prazo curto (6 meses, por exemplo), ainda pagar 35% de Imposto de Renda sobre o saldo total aportado. Esse é um exemplo REAL de de compra equivocada que penaliza o investidor simplesmente por não ter um planejamento financeiro definido ou por não ter sido bem orientado.
O risco da instituição financeira que administra o plano:
O investidor de primeira viagem pode imaginar que planos de previdência de instituições financeiras maiores e mais conhecidas são menos arriscados do que os planos de instituições financeiras menores ou menos conhecidas. Porém isso não é verdadeiro.
A verdade é que o patrimônio dos fundos de previdência não se mistura ao patrimônio da instituição financeira responsável e, em caso de falência da mesma, o fundo passará a ser gerenciado por outra empresa. Simples assim! Não representa risco nenhum para o investidor.
Percebi que meu plano possui altas taxas e baixo desempenho. O que fazer?
A boa notícia é que existe a portabilidade de previdência. Dessa maneira você pode portar o seu saldo em previdência para outro plano da mesma instituição finacneira ou para outros planos de outras instituições financeiras, conforme sua necessidade, sem precisar resgatá-lo.
Abraço!
André Bona