Seguro de vida
O seguro de vida ainda está longe de ser o mais popular tipo de seguro contratado pelos potenciais usuários.Apesar de vir ganhando importância para a população brasileira. O carro, por exemplo, tem muito mais franquias contratadas do que a vida – o que é no mínimo curioso considerando que a vida tem um valor muito maior do que qualquer bem material.
Esse cenário, aos poucos, vem mudando. De 2010 para cá, o volume de segurados desse tipo praticamente dobrou, indicando que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com proteções e na segurança da sua própria família, garantindo que possam continuar vivendo bem mesmo em caso de óbito.
O que é o seguro de vida?
Ainda há muita gente que nem sabe exatamente qual a função de um seguro de vida – e talvez esse fato até justifique de alguma forma essa realidade de pouca importância para esse tipo de proteção.
O seguro de vida é, basicamente, um contrato junto a uma seguradora que realiza uma proteção financeira para a família, amigos ou pessoas que dependem da ajuda financeira desse segurado. Imagine um pai de família que sustenta sozinho uma casa. Se ele falecer, o que será dessa família? O seguro de vida garante essa tranquilidade.
Um erro muito comum é confundir o seguro de vida com o seguro de acidente. Como o nome já indica, o segundo só realizada indenizações em casos de morte por acidente, ou seja, um problema de saúde natural e inesperado não recebe a cobertura. O seguro de vida garante essa indenização de qualquer maneira, independente da morte natural ou acidental.
Um cuidado que deve acontecer é para os detalhes do plano contratado. Algumas seguradoras retiram algumas situações bem específicas do seguro de vida como a morte durante combate em guerra (quem trabalha no exército, por exemplo, deve se atentar a isso) ou suicídio, por exemplo. O segurado deve ter claro o que fará ou não a sua família receber a indenização.
Vale a pena ter um seguro de vida?
Essa é uma pergunta que gera muita discussão e debate e deve, claro, ser analisada com cuidado antes de responder de imediato, afinal cada situação é diferente da outra e não deve ocorrer qualquer generalização.
A grande questão que deve ser considerada é a relação do eventual segurado com a sua família. Se ele tem filhos, por exemplo, deveria considerar fortemente a criação de um seguro de vida para que qualquer fatalidade que venha a acontecer não afete fortemente a eles ou ao cônjuge (caso seja casado ou casada).
Antigamente era mais importante ainda ter um seguro de vida no caso de mulheres que trabalhassem como donas-de-casa. Nesse caso, a única renda era do homem e gerava um sério risco para a segurança da família. Atualmente essa realidade é bem diferente, mas não raras vezes uma pessoa é responsável por boa parte das contas e, se esse for o caso, o seguro de vida é mais do que recomendável.
O problema em relação a isso é que muitos ignoram a possibilidade de algo acontecer consigo mesmo. O futuro é sempre incerto e mesmo pessoas totalmente saudáveis podem ter algum problema de saúde de repente e, neste caso, já pode ser tarde para criar um seguro de vida e proteger a família.
É caro ter um seguro de vida?
No geral, o seguro de vida não é caro e pode ser incrementado sem grandes problemas no orçamento do segurado sem aumentar grandes riscos de não conseguir pagar as próprias contas. O valor a ser pago mensalmente irá depender de algumas variáveis como o tipo de cobertura desejada ou o montante total financeiro a ser protegido.
Outra questão que terá peso razoável no cálculo é a idade e a saúde do segurado. Alguém que apresente uma doença que pode levar à morte pagará sempre muito mais do que alguém jovem, saudável e praticante de esportes, por exemplo. Quanto mais novo se faz um seguro de vida, também melhor o preço praticado pelas seguradoras já que são considerados clientes de baixo risco – desde que com hábitos saudáveis.
Caso o segurado tenha altos rendimentos, ele também não precisará utilizar seu seguro de vida para o valor total. É possível proteger apenas uma parte desse montante. Neste caso, o recomendado é analisar os custos que a família pode ter sem a sua presença e quanto que o seguro irá pagar para eles (sempre com alguma margem considerando que a inflação pode aumentar esses gastos).
Algumas seguradoras também apresentam alguma carência para segurados jovens e saudáveis. É possível, por exemplo, contratar um plano e ficar algum tempo sem precisar fazer qualquer pagamento, mas esse período dificilmente passará de dois anos.
Qualquer pessoa pode ter um seguro de vida?
Via de regra, sim. Todavia é preciso entender as restrições específicas de cada seguradora e ver se não há qualquer proibição. Muitas delas restringem algumas profissões – como motoboys ou agentes penitenciários, por exemplo.
Aquelas que permitirem que profissões de risco tenham um seguro de vida certamente cobrarão bem mais caro para eles do que para as demais profissões, assim como no caso de doenças ou problemas de saúde que podem prejudicar a vida do segurado, inclusive levando ao óbito.
O que se deve avaliar nesses casos é o quão importante é a renda do segurado para a família. Se o seguro de vida desses casos é bem mais caro, o risco de que ele venha a falecer é muito maior do que para casos saudáveis e sem grandes riscos na sua profissão, fato esse que pode tornar a opção do seguro de vida importante para proteger a própria família.
Livre de impostos
Além de toda proteção feita para a família, outra vantagem está no recebimento do dinheiro pelos favorecidos. Essa quantia não é considerada para o inventário do falecido e, portanto, não sofrerá qualquer taxa ou ter parte do valor retida para pagamento de dívidas deixadas.
O imposto de renda também não considera esses valores no seu cálculo. Ou seja, o seguro de vida acaba por ser mais do que um seguro, um investimento para proteção das pessoas queridas.