Uma possível fusão entre a TIM (TIMP3) e a Oi (OIBR3) – negócio que tem sido especulado pela imprensa nos últimos meses – é vista com bons olhos pelos analistas do banco de investimento BTG Pactual. Em relatório enviado a clientes na última quarta-feira (4), a equipe da instituição afirmou que “TIM e Oi fazem muito sentido juntas”, avaliando o fato de ambas as empresas possuírem “redes e serviços extremamente sinérgicos”.
No documento, os analistas Bernardo Teixeira e Carlos Siqueira mostraram-se otimistas com a possibilidade de uma união entre as companhias, uma vez que um acordo entre elas poderiam ajudar a “expandir e complementar” suas respectivas operações no mercado brasileiro. Eles salientaram que, enquanto a TIM possui operações sólidas no segmento móvel, a Oi “controla uma extensa infraestrutura de cobre e fibra em todo o país”.
Para a equipe do BTG Pactual, uma fusão entre TIM e Oi traria um potencial “gigantesco” para os acionistas, uma vez que a fomentação de um acordo entre as empresas resultaria em uma necessidade menor de investimentos e cortes operacionais. A economia proporcionada por esta “sinergia” entre as teles, segundo os analistas, poderia chegar a cerca de R$ 30 bilhões.
Eles acreditam, no entanto, que em uma situação de acordo de fusão para 50% do negócio pago em dinheiro e 50% em ações, os acionistas da Oi seriam os mais beneficiados, enquanto os acionistas da TIM teriam ganhos um pouco menores.
Para um futuro breve
Os analistas do BTG Pactual acreditam que discussões sobre uma fusão se tornarão ainda mais freqüentes quando a Oi encerrar sua reestruturação de dívida. “A empresa será uma corporação completa com 71% de seu capital nas mãos de ex-detentores de títulos e investidores em dívidas inadimplentes. Acreditamos que esses investidores podem favorecer a venda para um participante estratégico, assumindo que uma oferta razoável seja feita”, afirmaram.
Em um relatório publicado na última quarta-feira, o administrador judicial da Oi informou um caixa negativo de R$ 977 milhões no mês de janeiro – o desempenho mais fraco desde o início da recuperação judicial da companhia, em 2016. O caixa da companhia encerrou o mês de janeiro em R$ 6,13 bilhões, ante R$ 7 bilhões em janeiro de 2017.
Na tarde desta quinta-feira (5), as ações da TIM (TIMP3) avançavam 1,95% na B3 (antiga BM&FBovespa, cotadas a R$ 14,62. Já os papéis da Oi (OIBR3) valiam R$ 3,97, em queda de 0,5%.
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