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Tônica da Semana: correção feita…gringo à vista?

 

Semana atípica que começa numa sexta-feira?! Nada mal hein!

Então todo mundo só fala da treasury rasgando e dos potenciais efeitos nocivos disso para mercado de ações. A conta é simples, partindo daquela ideia básica de Gordon de que o preço da ação é o resultado dos dividendos descontados por uma taxa de juros “r” (P = D/r). Mantendo-se dividendos constantes uma maior taxa de juros reduz o valor potencial da ação. Esse é o modelo mais básico, mas no qual o racional é valido para muitos outros métodos de valuation.

E mais que isso…. se os juros daquela que é considerada a taxa livre de risco sobe, os demais países e mercados perceberiam um incremento da percepção de risco. A grosso modo, a taxa de desconto para ações no Brasil seria:

Taxa de Desconto para empresas no Brasil = Juros americanos + risco brasil + Dif de inflação.

Em outras palavras, tudo o mais constante o simples aumento de juros nos EUA elevaria a taxa de desconto das ações no Brasil e reduziria o potencial de alta das ações no Brasil.

Isso é o que está por trás do aumento de juros que se comenta aqui. Isso é BEEEM básico…esses modelos podem ser muito mais sofisticados.

Mas apesar dessa celeuma o VIX se mantém controlado e em queda, assim como o Ouro…e o S&P vai bem obrigado, sem altas expressivas digerindo as balanços trimestrais….ou seja, na minha leitura não há pânico no mercado.

O que de fato refletiu toda esse comentário de treasury foi em quem? o Dólar meus amigos!! Lembrando que comentei nas tônicas de março:

“Dólar … eu não apostaria contra agora não!”

“Dólar … não apostaria contra a moeda esse ano após o tombo de 2017.”

“Sigo com receio de que dólar possa se valorizar ante o Real…como? Confesso que não sei…chutaria pelo risco político ainda que ache que esse veio diminuindo recentemente e que as eleições nos serão benignas…enfim…just feeling mesmo.”

Abaixo o gráfico do índice dólar contra outras moedas e em verde o Dólar/Real.

Então eu diria que acertei. Daqui para frente não acho que haja muito espaço para o dólar não. Penso que esse movimento de valorização tem MTO a ver com o desmonte de operações de Carry Trade (quando você toma emprestado num país com juro baixo para investir na moeda de  juro maior). Não vejo tanto espaço para… […]

 

Leia o texto na íntegra no blog BUGG – Análises Econômicas e de Investimentos, de William Castro Alves.

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Economista pela UFRGS, iniciou sua carreira em 2004 na Solidus Corretora, tendo passado pelo Koliver Merchant Bank e Banco Alfa. Atuou como analista de Investimento na XP e responsável pelas gestão das Carteiras Recomendadas.

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