A queda do setor de siderurgia – que sofreu forte pressão no mês de maio – na bolsa de valores brasileira foi pontual e deve ser esquecido pelos investidores, de acordo com o banco de investimentos BTG Pactual. Para a instituição, os impactos da greve dos caminhoneiros para o setor devem se ater apenas ao segundo trimestre do ano, permitindo avanço do setor no restante do ano.
Em relatório enviado a clientes na última quinta-feira (21), os analistas Gerard Roure e Leonardo Correa destacaram os efeitos da paralisação dos caminhoneiros para o setor siderúrgico, que fizeram as empresas do setor cobertas pela instituição a perder de 5 a 10 dias de embarques e resultaram na queda da demanda doméstica. Segundo eles, o cenário do mês de maio deve prejudicar, principalmente, os resultados do segundo trimestre das empresas do setor.
Apesar disso, os analistas do BTG Pactual reforçaram que os dados foram “altamente impactados por eventos não recorrentes” e que, por essa razão, os impactos das perdas de empresas como a Gerdau e a CNS devem ser atenuadas ao longo do ano. Para o segmento – e suas respectivas ações na bolsa, o BTG espera “melhores dias pela frente” em 2018, principalmente ao considerar os esforços das empresas em recuperar as perdas do período.
Posição positiva reiterada
Para o BTG Pactual, as empresas siderúrgicas devem crescer em 2018, apesar dos percalços – o que deve impactar positivamente também as ações das companhias na bolsa. “Embora acreditemos que os níveis de demanda agora serão mais fracos do que o esperado anteriormente, reiteramos nossa posição positiva sobre a recuperação (do setor siderúrgico), esperando o aumento da demanda doméstica em 3% a 5% ao ano”, disseram os analistas.
A manutenção de uma “visão otimista” sobre as empresas do segmento siderúrgico pelo BTG Pactual fez o banco continuar recomendando a compra das ações da Gerdau (GGBR4) – a “melhor escolha” para o setor, segundo os analistas – e da Usiminas (USIM5) a seus clientes, mantendo indicação neutra para os papéis da CSN (CSNA3).
No final desta sexta-feira (22), as ações da Gerdau subiam 1,22% na B3 (antiga BM&FBovespa), assim como os papéis da CSN, que avançavam 3,05%. Já as ações da Usiminas recuavam 1,38% na última sessão da semana na bolsa brasileira.
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