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A diversificação da carteira é uma das principais práticas que um investidor pode adotar para mitigar riscos dos seus investimentos e ampliar o seu potencial de retorno. Para alcançar esse resultado, ter ativos alternativos no portfólio costuma ser um caminho interessante.

Isso acontece porque eles tendem a ser descorrelacionados de investimentos tidos como tradicionais — como ações e outros ativos de renda variável. Entretanto, alocar seus recursos em ativos alternativos pode não ser tão prático como investir na bolsa de valores, por exemplo. 

Com isso em mente, os exchange traded funds (ETFs) se apresentam como uma possibilidade para trazer mais praticidade e diversificação ao seu portfólio. 

Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura para entender mais sobre ativos alternativos e como diversificar a carteira com ETFs!

O que são ativos alternativos? 

O mercado financeiro conta com diversos investimentos disponíveis para os interessados. Entre elas, existem aquelas mais populares, como os títulos públicos do Tesouro Direto e as ações negociadas na bolsa de valores. 

Além disso, há alternativas menos acessíveis, como determinados fundos de investimento disponíveis apenas nas plataformas de investimento. Independentemente do tipo de ativo, esses exemplos que você viu compartilham semelhanças: eles pertencem ao mercado tradicional. 

Porém, existem caminhos além desses convencionais. Assim, o conceito de ativos alternativos se refere a investimentos que estão fora do mercado tradicional — que envolve ações, títulos, cotas de fundos de investimento, entre outros. 

Embora essa não seja uma regra, os ativos alternativos tendem a ser opções menos populares de investimento por não estarem em negociação no mercado tradicional. No entanto, eles podem ser interessantes para quem busca diversificação, já que estão expostos a riscos distintos.

Há diversos exemplos de investimentos alternativos no mercado atual, como:

  • criptomoedas;
  • precatórios;
  • obras de arte;
  • private equity.

Como esse investimento funciona?

Os investimentos alternativos funcionam de diversas maneiras e cada um tem suas próprias características. Para entender melhor, considere as criptomoedas. Elas são moedas digitais e muitas delas são pensadas para servirem como uma modalidade de pagamento.

Ainda, uma grande variedade desses criptoativos, como bitcoin e ethereum, é desenvolvida por meio de protocolos blockchain.

As criptomoedas se destacam pela sua descentralização. Isso significa que não há controle de Governos ou Bancos Centrais sobre elas. Ademais, a tecnologia blockchain possibilitou o surgimento de outros ativos, como os non-fungible tokens (NFTs) e as gamecoins. 

Contudo, uma característica que os ativos alternativos tendem a compartilhar entre si é a descorrelação com o mercado tradicional. Por causa disso, os fatores de risco que impactam a bolsa de valores, por exemplo, podem não afetar esses investimentos da mesma maneira.

Quais são as vantagens e riscos desse tipo de investimento?

O investimento em ativos alternativos pode ser vantajoso para sua estratégia no mercado financeiro por diferentes pontos de vista. Um dos principais, como você viu, é a descorrelação, que contribui com a diversificação da sua carteira.

Para ilustrar, imagine que você investiu em diferentes empresas listadas na bolsa, expondo-se a diferentes setores. Porém, mesmo com a diversificação, uma crise mais ampla do mercado pode impactar todas as companhias. 

Nesse cenário, os ativos descorrelacionados do mercado tradicional podem ter uma performance diferente diante desse cenário. Logo, eles contribuem com a proteção da sua carteira.

Outro ponto positivo dos investimentos alternativos é o potencial de retorno. Existem diversos ativos desse tipo que podem entregar retornos consideráveis.

Veja o gráfico abaixo com a cotação do bitcoin entre 2018 e 2023:

 

Em 5 anos, a moeda digital registrou uma valorização de mais de 300% — mesmo considerando as quedas após o chamado inverno cripto, ocorrido 2021. Esse é um percentual que dificilmente se encontra, em um período tão curto, em investimentos tradicionais.

Entretanto, também há certas desvantagens ao adicionar investimentos alternativos na carteira. Um dos principais pontos de atenção é a liquidez. Como os ativos ainda não fazem parte da estratégia de muitos investidores, pode ser um desafio negociá-los.

Outro ponto de atenção, especialmente para criptomoedas, é a volatilidade. Como você viu no gráfico, apesar da valorização significativa, o bitcoin registrou quedas consideráveis. Esse é um cenário que se repete em outras moedas digitais e em outros ativos alternativos. 

Além disso, os investidores podem se expor a mais riscos ao optarem pelo investimento direto nas moedas digitais, devido à falta de regulamentação. Logo, considerar esse tipo de oportunidade na carteira exige atenção a esses pontos.

Como acessar esse mercado por ETFs? 

Como você viu, os ativos alternativos trazem pontos que podem ser positivos para sua estratégia de investimentos. Porém, como o investimento direto é desafiador em certos casos, convém buscar outras soluções.

Em vista disso, um caminho é considerar o investimento em ETFs ou fundos de índice. Eles são fundos de investimento de gestão passiva que replicam a performance de um benchmark do mercado financeiro. As cotas desses fundos são negociadas na bolsa de valores brasileira (B3).

Entre os tipos existentes, os ETFs permitem investir em ativos alternativos. Considere o exemplo do NFTS11, um fundo de índice negociado na B3. 

Ele acompanha o desempenho do MarketVecto Media & Entertainment Leaders Brazil Index. Esse índice mede a performance de uma carteira teórica de tokens do setor de mídia e entretenimento.

Desse modo, em vez de investir individualmente nos ativos, o investidor pode comprar as cotas do ETF. Isso torna a alternativa mais acessível, já que o custo de aquisição da cota é menor do que a compra individual dos ativos.

A exposição a ativos alternativos por esse caminho também pode ser interessante pela praticidade. Afinal, a negociação ocorre na bolsa, assim como acontece com outros ativos tradicionais. Ainda, há mais segurança, pela regulação da CVM, e maior potencial de liquidez pela facilidade de negociação.

Como você viu, os ativos alternativos podem ser opções com potencial positivo para investidores que buscam uma melhor diversificação da sua carteira e retornos mais altos. Entre as opções, a exposição indireta por meio de ETFs oferece especial praticidade e pode ajudá-lo a compor o portfólio com mais facilidade.

Quer saber mais sobre ETFs? Veja como saber o preço justo de um fundo de índice!

 

Este artigo foi produzido pelo CEO da Investo com exclusividade para o Portal André Bona.

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