O mercado financeiro reagiu quase que imediatamente, à notícia de que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) havia sido esfaqueado na cidade de Juiz de Fora (Minas Gerais), na tarde de quinta-feira (6). Logo após a divulgação das primeiras notícias sobre o atentado contra Bolsonaro, o índice Ibovespa disparou quase 1.000 pontos, encerrando o dia em alta de 1,76%.
A bolsa brasileira caminhava para um encerramento em leve alta no último pregão da semana – devido ao feriado de 7 de setembro – quando a imprensa divulgou informações preliminares sobre o ataque a faca sofrido por Bolsonaro durante uma caminhada na cidade mineira. Imediatamente, o índice disparou e chegou a avançar para quase 2% – alcançando a máxima de 76.533 pontos e fechando a sessão em alta de 1,76%, aos 76.416 pontos
Enquanto isso, o dólar – que apresentou pouca oscilação durante todo o dia – recuou forte em reação às notícias vindas de Minas Gerais, encerrando o pregão em queda de 0,95%, a R$ 4,104.
As fortes movimentações do mercado financeiro em reação imediata ao atentado contra o presidenciável – que lidera as pesquisas eleitorais das eleições 2018 na corrida rumo ao Palácio do Planalto – no final da sessão de quinta-feira (6) confundiram muitos investidores.
Explicações possíveis
De acordo com analistas do mercado financeiro, a alta da bolsa e a queda no dólar após o esfaqueamento de Jair Bolsonaro podem sinalizar que o mercado esteja digerindo positivamente a liderança de Bolsonaro nas pesquisas, uma vez que o candidato considerado “preferido” do segmento – Geraldo Alckmin (PSDB) não vem evoluindo nas pesquisas. A figura do economista Paulo Guedes atrelada à campanha de Bolsonaro também tem sido vista com bons olhos pelo mercado.
Além disso, na avaliação de boa parte dos analistas que comentaram o ataque a Bolsonaro na imprensa na tarde de ontem, o episódio pode fortalecer a candidatura do presidenciável. Os principais motivos para este fortalecimento seria o aumento da polarização política – e o enfraquecimento de candidaturas mais alinhadas à esquerda – e o aumento da exposição de Bolsonaro devido ao ocorrido.
Estado de saúde
As primeiras notícias divulgadas na tarde de ontem (5) sobre o estado de saúde do presidenciável sugeriam um corte superficial e uma situação controlada após o ataque a faca na região do abdômen. Pouco tempo depois, no entanto, as informações citavam um quadro de saúde mais delicado – com Bolsonaro, inclusive, correndo risco de morte.
O candidato do PSL à Presidência da República se submeteu a uma cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora ainda na noite de quinta-feira e foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após o procedimento. Na manhã desta sexta-feira (7), Jair Bolsonaro foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ainda não há previsão de alta.
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