O corte da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), no mês passado, refletiu positivamente nos depósitos da poupança em julho. De acordo com informações do Banco Central, os depósitos realizados na caderneta de poupança aumentaram no último mês, resultando no melhor mês de julho para o investimento desde 2014.
Segundo o Banco Central, foram depositados na poupança em julho cerca de R$ 174,72 bilhões – cifra que supera os saques em R$ 2,33 bilhões. De acordo com a instituição, o rendimento total mensal dos investidores brasileiros na poupança em julho foi de R$ 3,52 bilhões.
A inflação mais baixa e o corte da Selic para 9,25% ao ano foram fatores decisivos para estimular os depósitos, já que os rendimentos da poupança acabam ficando um pouco mais atrativos em um cenário de juros menores.
A liberação dos saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também pode ter contribuído para o aumento dos depósitos mensais nas cadernetas.
Apesar dos resultados positivos no mês passado, as retiradas da poupança no acumulado deste ano superaram os depósitos em R$ 9,95 bilhões. Isso significa que, em 2017, os brasileiros têm sacado mais valores da poupança que acumulado depósitos.
Quando investir na poupança vale a pena?
Apesar da poupança ainda ser o investimento preferido de boa parte dos brasileiros, esta não é a melhor opção de investimento para quem deseja obter bons rendimentos. Até mesmo para pequenos investidores, com pouco capital disponível para investimentos, ainda há opções mais rentáveis, como o Tesouro Direto, e outros títulos.
Já para aqueles que procuram uma aplicação de curto prazo, para alocar seu dinheiro por alguns meses, ou para quem deseja formar um fundo de reservas para emergências, a poupança ainda pode valer a pena.