A todo momento ouvimos notícias sobre desemprego e ficamos assustado com o aumento desse indicador em nosso país. Afinal, estar desempregado pode ser um grande problema e todos nós conhecemos alguém que está ou já se viu nessa situação de dificuldades.
Entretanto, a verdade é que nem sempre estamos certos sobre este assunto tão em alta em nossa sociedade. Muita gente sabe o que é estar desempregado, mas poucos param para pensar e entendem o tema.
O artigo de hoje explica o que é desemprego e aborda temas que se relacionam com a temática. E compreendê-lo é de muita importância pois, assim, conseguimos compreender melhor a realidade e as notícias que acompanhamos todos os dias, além de nos prepararmos melhor para, eventualmente, passar por esta situação ou ajudar quem se encontra desempregado.
Acompanhe e aprenda mais sobre o assunto!
O que é uma pessoa desempregada?
É muito comum as pessoas acreditarem que desempregado é uma pessoa que não trabalha. Esse pensamento está equivocado.
De acordo com Gregory Mankiw, economista, professor e autor do livro Introdução à Economia, podemos dividir a população em três grupos: empregados, desempregados e fora da força de trabalho. Entenda melhor.
Empregado
Uma pessoa empregada é aquela que trabalhou pelo menos parte da semana em um emprego remunerado. O empregado ofertou sua mão de obra, conseguiu vender seu tempo e recebeu por isso.
Desempregado
Considera-se desempregado a pessoa que está procurando emprego e não está recebendo dinheiro. Ou seja, a pessoa nessa situação está a procura de um trabalho remunerado. Em outras palavras, ofertou sua mão mas não conseguiu vendê-la por uma quantia mínima.
Pode ser tanto aquele que está demitido temporariamente quanto aqueles que estão a procura de emprego ou aguardando para iniciar um novo trabalho dentro de 30 dias.
Fora da força de trabalho
Quem não se enquadra nas duas categorias acima só pode fazer parte desse terceiro grupo. Os que se encontram fora da força de trabalho são estudantes, aposentados, donas de casa e pessoas que não trabalham mas não estão nessa busca por emprego. Aqui, não houve oferta de mão de obra e obviamente, trabalho remunerado.
É muito comum desempregados serem confundidos com quem está fora da força de trabalho, mas é importante saber dessa distinção.
Se as notícias dizem que há 10 milhões de desempregados, isso significa que há esse número de pessoas procurando por um trabalho que as remunere por seu tempo e mão de obra. Porém, não significa que há 10 milhões de pessoas que não estão trabalhando. O número de pessoas que não estão laborando tende a ser maior que isso, pois incluem-se as do terceiro grupo.
Portanto, se alguém dizer que “há x milhões de pessoas fora do mercado de trabalho”, saiba que essa afirmação estaria incorreta para se referir apenas ao número de desempregados.
O que é taxa de desemprego?
A taxa de desemprego se refere ao número de desocupados. No Brasil, é determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os valores são calculados conforme estudos realizados com a população economicamente ativa. O modo como medem o desemprego variam conforme os anos e com a pesquisa realizada.
A taxa de desocupação é medida em percentual e pode ser feita dividindo-se o número da população desempregada pelo número da população economicamente ativa. O resultado dessa divisão deve ser multiplicado por 100.
O IBGE tem definições semelhantes das de Mankiw. Entenda melhor o que este Instituto entende sobre os dados utilizados nas pesquisas.
Desemprego
O IBGE considera desempregados e desocupados como um grupo único. Encontram-se nessa situação quem não estava trabalhando e quem se encontrava disponível para laborar e que tomou alguma atitude para conseguir emprego, buscando encontrar trabalho nos 30 dias anteriores à pesquisa.
População Economicamente Ativa (PEA)
De acordo com o Instituto, população em idade ativa são aqueles maiores de 10 anos de idade. Desempregados e desocupados fazem parte desse índice juntamente com a população ocupada.
População em Idade Ativa (PIA)
A população em Idade Ativa é a soma das pessoas economicamente ativas (PIA) e das pessoas não economicamente ativas (PNEA).
As pessoas não economicamente ativas não são classificadas nem como empregadas e nem como desempregadas. São os que não estão trabalhando e procurando emprego. Mesma definição dos que se encontram fora da força de trabalho, de Gregory Mankiw.
Quais são os tipos de desemprego?
A população, de uma maneira geral, tende a acreditar que desemprego é um só. Porém, podemos dizer que há três tipos de desempregos: friccional, estrutural e sazonal.
Há estudiosos que defendem um quarto tipo, o cíclico. Compreenda-os melhor a seguir.
Desemprego Friccional
Diz respeito aos indivíduos que se encontram desempregados temporariamente, seja por causa de demissão, estarem mudando de emprego ou pelo fato de estarem procurando o primeiro emprego.
A duração desse tipo de desemprego depende dos benefícios que os desempregados recebem, como o seguro desemprego e da oferta e demanda do mercado.
Desemprego Estrutural
Essa espécie de desemprego decorre das mudanças estruturais da economia, como melhora da tecnologia, produção e nos padrões de comportamento do consumidor (mudança de hábitos podem fazer determinados serviços ficarem obsoletos).
Assim, certas profissões podem deixar de existir por conta da robotização. Em relação a demanda dos consumidores, um homem que consertava máquinas de escrever, por exemplo, ficaria sem trabalho pois hoje em dia ninguém mais utiliza essa ferramenta.
Desemprego Sazonal
Ocorre por motivos de sazonalidade de determinadas atividades, como agricultura e turismo. Isso acaba causando variações na demanda de trabalho em determinadas épocas do ano.
Os trabalhadores rurais que cultivam determinado produto que somente se planta no verão são um exemplo.
Desemprego Cíclico
O desemprego cíclico pode ser também chamado de involuntário ou conjuntural. Considerado por muitos o pior tipo de desemprego, acontece por causa de crises econômicas e recessão da economia de um lugar, tendo-se redução na produção.
Nesse caso, empresas fecham ou obrigam-se a demitir em massa para cortar despesas e o número de desempregados pode aumentar significativamente.
Por que é importante entender isso?
O desemprego é um fator determinante para analisar a economia e entender a capacidade de produção de uma determinada região ou país. Se um local apresenta índice de desemprego alto, isso pode significar que a economia está desaquecida.
Compreender o desemprego também ajuda a entender o agravamento da desigualdade social e de questões como queda de qualidade de vida e bem estar social.
Conclusão
Desemprego é uma questão pouco estudada e compreendida, apesar de ser comentado a todo momento, principalmente nos jornais. Estudar o tema é essencial para compreender a economia de um país e o agravamento ou melhora de questões sociais, como qualidade de vida, índice de criminalidade, e outros.
Importante também lembrar que a taxa de desemprego engloba as pessoas que gostariam de estar trabalhando mas não estão. Logo, não significa que todos que se encontram fora do mercado de trabalho sejam considerados desempregados.
Entender os diferentes tipos de desemprego também pode ajudar a compreender melhor o momento que um determinado país ou região está enfrentando.
Agora que você aprendeu sobre esse importante conceito, continue aprendendo mais sobre economia! Leia e entenda sobre o PIB!
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