A maioria das pessoas, quando pensa na palavra “investidor”, imagina alguém extremamente rico e especialista no assunto, com ampla visão de mercado e capaz de prever as menores oscilações desse mundo. Mas saiba que, embora essa imagem de investidor possa ser verdadeira em algum nível, isso não é uma verdade absoluta.
Qualquer pessoa pode se tornar um investidor. Obviamente, existem alguns pontos cruciais que todo mundo deve (ou deveria!) saber antes de começar a investir, a fim de que essa experiência traga os retornos desejados. Confira a seguir as 8 dicas que podem te ajudar!
1. Tenha em mente seus objetivos
Para que você deseja investir? Comprar uma casa, um carro, garantir a aposentadoria? Independentemente dos motivos, você tem que vislumbrar um destino para cada um de seus investimentos.
Ter metas é super importante para ter um horizonte de tempo mais claro para cada investimento. Se você deseja a casa própria, por exemplo, pode optar por um tipo de investimento em que a liquidez (prazo de tempo em que você recuperará o valor investido mais os rendimentos) não seja alta, já que você pode esperar alguns anos para isso.
2. Esteja ciente dos riscos de investir
Investir, resumidamente, é aplicar dinheiro em algo que pode gerar rendimentos ou que aumente seu valor em determinado período de tempo. Ou seja, se você possui um terreno, um imóvel ou até mesmo dinheiro na poupança, já é um investidor.
Porém, todo e qualquer investimento envolve riscos. Alguns mais, outros menos, mas sempre leve em consideração que você pode perder dinheiro durante o processo. A pergunta crucial a ser feita antes de começar a investir em qualquer coisa é: qual o nível máximo de perda que posso ter com esse investimento? A partir da resposta, você pode escolher o investimento que melhor se encaixe nessa expectativa de risco.
Não é recomendado investir nenhum valor (em investimentos de maior risco) que possa ser necessário nos próximos 5 anos, pois essa é uma boa margem de tempo para que as oscilações inerentes a investimentos com essa característica ocorra.
3. Fique de olho nos tempos de resgate
Certos investimentos não podem ser resgatados a qualquer momento. Geralmente, os mais rentáveis estipulam prazos de meses, ou até mesmo anos, para que o dinheiro possa retornar ao seu bolso.
Por isso, sempre tenha um bom planejamento quanto a essa questão, casando o tipo de investimento escolhido com os objetivos que você tem traçados para aquele valor. Assim, os ganhos são turbinados, sem que você seja penalizado ou prejudicado. Uma boa opção pode ser ter algum valor aplicado em investimentos de maior liquidez, constituindo, assim, um fundo de reservas para emergências ou imprevistos, que pode ser resgatado a qualquer momento.
4. Dilua o risco, é importante!
Diversifique sua carteira! Evite ao máximo investir todas as suas economias em um só tipo de investimento, mesmo que ele seja considerado de baixo risco.
Ter um portfólio mais diversificado, composto por alternativas que atendam ao seu perfil de investidor e à sua tolerância aos riscos, é o mais indicado. Assim, mesmo que você perca dinheiro em algum lado, os ganhos em outros podem compensar as baixas.
5. Você vai pagar taxas, sim ou sim
Não, não há como fugir delas. Não importa o tipo de investimento nem como você o fará, investir não é de graça. Se você contratar um profissional para te orientar, terá de pagar uma comissão mensal (grande parte das vezes já incluídas nos próprios produtos) ou uma porcentagem da carteira a ele. Isso sem contar os investimentos que têm incidência de impostos.
Claro que essas taxas variam, e há opções que “comem” menos seus investimentos do que outras. De maneira geral, fundos vinculados a um índice de mercado específico têm taxas menores do que as outras categorias.
6. Tenha controle emocional para investir
Acredite: no mundo dos investimentos, se você não tiver certa capacidade de autocontrole, a coisa pode ficar bastante emocional. Medo, ganância e nervosismo podem fazer você tomar decisões precipitadas e mal pensadas, mesmo que, a princípio, elas pareçam estar protegendo você e seus investimentos.
Evite vender por impulso algum investimento que esteja apresentando baixo desempenho e alinhado ao seu planejamento financeiro pessoal, tendo um portfólio balanceado que seja capaz de suportar essas oscilações de mercado a curto prazo.
7. Cuidado com os esquecimentos
Claro que você não precisa se tornar um obsessivo com seus investimentos, checando-os todos os dias ou toda semana. Isso, inclusive, não é recomendado, a fim de evitar estresses desnecessários.
Porém, tenha cuidado para não fazer uma aplicação e esquecer que ela existe, ou deixar absolutamente tudo a cargo de um assessor financeiro. Um pouco de controle sobre o dinheiro que você tem investido é essencial. Há momentos e acontecimentos imprevistos que surgem na vida de todos e que requerem replanejamentos e ajustes financeiros.
Além disso, sempre tenha em mente de que se trata do seu dinheiro e de seus planos para o futuro. Então, é bem interessante que você se esforce a entender mais sobre os investimentos em que aplicou, não é mesmo? Afinal, é da sua vida financeira que estamos falando, a responsabilidade sobre ela será sempre sua.
8. A máxima “antes tarde do que nunca” é verdadeira!
Claro, se você tem 20 e poucos anos quando começa a investir, quase todos os tipos de investimento são vantajosos, pois o tempo conta a seu favor. Além disso, se algo der errado e houver perdas, há tempo mais do que suficiente para a recuperação.
No entanto, quem já tem uma idade mais avançada jamais pode usar isso como desculpa para não investir. “Estou velho demais para isso” está fora de cogitação. Embora o tempo não seja mais um ponto a favor, existem opções adequadas para todos os tipos de investidor e que podem trazer um retorno considerável, para que seja possível desfrutar o restante de sua vida com muito mais tranquilidade. Antes tarde do que nunca!
Gostou das dicas de hoje? Elas irão te ajudar a investir sem medo! Ficou alguma dúvida ou tem alguma opinião a dar sobre esse assunto? Compartilhe aqui nos comentários e enriqueça a discussão!
Grande abraço!
André Bona