Quem deseja participar dos resultados de investimentos coletivos, poderá se interessar pelos fundos de investimentos. No mercado brasileiro, o Fundo Verde está entre as alternativas mais prestigiadas, sendo que a ideia partiu do investidor veterano Luis Stuhlberger.
Esse fundo é famoso por acumular uma rentabilidade próxima a 18.700% entre a sua criação em 1997 e o ano de 2021. Entretanto, caso você ainda não tenha ouvido falar a seu respeito, é válido aprender sobre a sua história, estratégias e resultados.
Então continue a leitura deste artigo para conhecer mais sobre o grande sucesso do fundo de Luis Stuhlberger — o Fundo Verde!
Vamos lá?
O que é um fundo de investimento?
Compreender o Fundo Verde será muito mais fácil se, antes, ficar claro o que é um fundo de investimento. Como você, essa é uma modalidade de investimento coletiva, formada pelo capital de diferentes investidores que possuem objetivos semelhantes.
O capital reunido nesses fundos é administrado por um gestor devidamente habilitado para atuar no mercado. Esse profissional fica responsável pela escolha dos investimentos que serão realizados, respeitando as propostas que deram origem ao fundo.
Normalmente, os ganhos nesse tipo de investimento acontecem com a valorização das cotas. No entanto, é possível encontrar algumas alternativas que fazem a distribuição de dividendos — como é o caso dos fundos imobiliários.
Quais são os principais tipos de fundos do mercado?
Quando se fala em fundos de investimentos, existem diferentes tipos disponíveis no mercado nacional, classificados conforme suas estratégias. Conheça os principais tipos:
- fundos de ações (FIA) — fundos desse tipo investem majoritariamente em ações, direitos de subscrição, opções e debêntures conversíveis em ações;
- fundos imobiliários (FIIs) — o portfólio de um FII é composto por imóveis físicos (fundos de tijolo), títulos imobiliários (fundos de papel) ou cotas de outros FIIs (fundos de fundos);
- fundos de índice (ETFs) — o objetivo desse tipo de fundo é replicar a performance de um índice de mercado, por exemplo, o Ibovespa (Índice Bovespa);
- fundos cambiais (FI Cambial) — direcionam grande parte de seu patrimônio em alternativas de investimento com exposição ao câmbio;
- fundos multimercados (FIM) — essa modalidade de fundo conta com maior autonomia e flexibilidade na escolha de sua composição, podendo mesclar diversos investimentos.
O que é o Fundo Verde?
O Fundo Verde é classificado como um fundo de investimento multimercado. Isso porque o seu portfólio pode ser composto por títulos de renda fixa, ações, commodities, moedas e, até mesmo, criptomoedas. Ou seja, é um fundo com bastante liberdade para montar sua carteira.
Criado em 1997, o Fundo Verde ganhou reconhecimento nacional e internacional por apresentar constantes resultados positivos. Por diversas vezes chegou a superar índices do mercado brasileiro — a exemplo do Ibovespa e IBrX 100.
Como você viu, em menos de 25 anos, o Fundo Verde já rendeu quase 19.000%. Apenas para fins de comparação, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) — uma taxa próxima à Selic — rendeu 2.246% no mesmo período.
Sua atuação abrange tanto a bolsa de valores brasileira quanto o mercado internacional em diferentes níveis de riscos. Em 2022, o Fundo Verde possuía mais de R$ 45 bilhões sob gestão, sendo considerado por grandes instituições e analistas como um outlier (fora de série) do mercado brasileiro.
Qual é a história desse fundo?
Após verificar o conceito dos fundos de investimentos e o sucesso do Fundo Verde, é possível que você queira conhecer um pouco de sua história.
A história do Fundo Verde, como você já viu, tem início no ano de 1997. Na época, Luis Stuhlberger chefiava um setor de gestão de fundos DI na Hedging-Griffo Asset Management. Com isso, sua gestão buscava investimentos mais conservadores e rentabilidades próximas a do CDI.
No entanto, Luis queria ter mais liberdade operacional, mesmo porque ele já tinha uma grande bagagem profissional operando commodities. Inclusive, em 1980, ele chegou a ser considerado referência como operador do mercado de ouro.
Foi assim que surgiu a ideia de criação de um fundo multimercado para investir em diferentes frentes — como dólar, ações, contratos futuros, investimentos internacionais e outros. Stuhlberger escolheu o nome Fundo Verde com base na cor do dólar e de seu time de coração — o Palmeiras.
O aporte inicial para participar do fundo, na ocasião, era de R$ 5 mil. Ainda no primeiro ano, foi arrecadado mais de R$ 1 milhão de capital. Metade dessa quantia era proveniente de clientes que já confiavam no trabalho de Luis e, outra parte, de programas de incentivo da bolsa de valores.
Seu primeiro trunfo também aconteceu no mesmo ano de sua criação. Na ocasião, o mundo passava pelos efeitos do colapso financeiro dos tigres asiáticos (crise asiática). Muitos acreditavam na estabilização da economia brasileira, enquanto Stuhlberger projetava a alta dos juros.
Quando suas projeções foram confirmadas, os juros no país dobraram. O Fundo Verde, que já estava posicionado nesse mercado, colheu um lucro de 29% em poucos meses, chamando a atenção de diversos investidores para o seu potencial de retorno.
Qual a rentabilidade do Fundo Verde?
Como visto, desde o seu início, o Fundo Verde conta com uma história de sucesso. E grande parte disso é resultado das estratégias utilizadas por Luis, aprendidas ao longo de toda a sua jornada no universo dos investimentos.
O Fundo Verde tem um amplo histórico de valorização, ao longo do tempo — apesar de as rentabilidades passadas não garantirem retornos futuros. Segundo dados em seu site oficial, a rentabilidade do fundo superou o CDI em 21 oportunidades no período de 24 anos.
Além disso, o Fundo Verde somente registrou rentabilidade negativa em duas oportunidades: em 2008 (-6,44% a.a) e 2021 (-1,13% a.a). Em 2008, houve a crise do subprime que derrubou diversos mercados mundiais. Em 2021, o mercado acionário brasileiro sofreu fortes quedas diante do anúncio do Governo acerca do furo do teto de gastos.
Por outro lado, no primeiro trimestre de 2022, o fundo acumulou 7,13% de crescimento, contra 2,42% do CDI no período. Logo, quem busca rentabilidades superiores à renda fixa pode encontrar boas oportunidades com esse fundo — ainda que o retorno não seja garantido, e mesmo que resultados passados não garantam ganhos futuros.
Quem é o gestor do Fundo Verde?
Você aprendeu que todo o fundo de investimento possui um gestor, que fica responsável por montar a sua carteira de investimentos. Nesse sentido, talvez esteja se perguntando: quem é o gestor do Fundo Verde?
Em 2022, a gestão ainda continua sendo exercida pelo próprio Luis Stuhlberger. No entanto, ele conta com um suporte administrativo feito pela Verde Asset Management. Trata-se de uma empresa criada em 2015, resultado da união de diversos profissionais que ajudaram Luis na criação do fundo.
Vale saber que Stuhlberger se formou como Engenheiro Civil pela Escola Politécnica (POLI) da Universidade de São Paulo (USP). Posteriormente, ele se especializou em Administração pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV).
Depois, em 1981, Luis ingressou no mundo dos investimentos após a venda do banco em que trabalhava — o Expansão. A primeira corretora que Luis trabalhou foi a Hedging-Griffo — que foi adquirida pela Credit Suisse. Até hoje, ele é considerado um dos maiores investidores do país.
Quais as estratégias do fundo?
Embora o Fundo Verde se posicione em mercados de alto risco, Luis Stuhlberger é conhecido por ser cauteloso e disciplinado. Por exemplo, o conselho do gestor para o pequeno investidor é arriscar pouco e somente quando observar uma oportunidade de fazer bons negócios.
Em entrevistas para revistas e sites de investimentos, ele afirma que sua principal estratégia é buscar arbitrar assimetrias, especialmente as que tenham alto potencial de retorno, com baixo risco. Dessa forma, mesmo que haja eventuais prejuízos, os ganhos superam as perdas.
Outro ponto do seu método é o contrarian investing. Trata-se de uma estratégia que consiste em efetuar operações contrárias ao sentimento predominante no mercado. Na prática, parte da estratégia se resume em evitar ser influenciado pelo chamado efeito manada.
Isso porque o comportamento de manada faz investidores tomarem decisões precipitadas, seguindo o posicionamento do grupo — mesmo sem haver uma direção planejada. Luis acredita que o comportamento da multidão leva a erros operacionais, que devem ser evitados a todo o custo.
Como investir no Fundo Verde?
Depois de conferir todo o conteúdo até aqui, talvez você queira saber como investir no Fundo Verde.
Infelizmente, ao contrário de muitos fundos no mercado, o Fundo Verde não se mantém aberto para captação por longos períodos. Na realidade, ele abre pequenas janelas para novos investidores de tempos em tempos.
A última abertura, nesse sentido, ocorreu em fevereiro de 2021. No entanto, todas as cotas foram vendidas no mesmo dia, em poucos minutos. Além disso, era necessário ter a quantia de R$ 50 mil disponíveis, considerando que esse era o valor mínimo de ingresso no fundo.
Então, caso você queira aguardar uma próxima oportunidade, é pertinente se organizar financeiramente para ter o montante disponível. Enquanto isso, poderá alocar seu capital em outras alternativas de modo que ele não fique parado e seja protegido dos efeitos da inflação.
Também vale saber que há outros fundos ligados ao Luis e à Verde Asset Management. No entanto, antes tomar uma decisão de investimento, avalie o seu perfil de investidor e seus objetivos. Assim, você poderá escolher as alternativas mais condizentes com a sua estratégia.
Conhecendo, agora, o Fundo Verde, sua história e a gestão de Luis Stuhlberger, pretende aguardar abertura de um novo período de captações? Mas, enquanto isso não acontece, lembre-se de que existem outras oportunidades que podem atender ao seu perfil e objetivos!
Agora você conhece o Fundo Verde e a história do investidor e gestor Luis Stuhlberger. Caso deseje se expor a esse fundo, é preciso aguardar a reabertura para captação. Mas, enquanto isso não acontece, lembre-se de que existem outras oportunidades que podem atender ao seu perfil e objetivos!
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