O mercado financeiro conta com diversos tipos de fundos de investimento e cada um tem suas características e estratégias de operação. Entre eles, uma categoria que merece destaque são os fundos de hedge.
Apesar de o conceito de hedge frequentemente remeter à mitigação de riscos, os fundos desse tipo podem servir para investidores em busca de retornos mais altos — aceitando arriscar mais. Mas, antes de investir, é preciso compreender como eles funcionam.
Na sequência, você entenderá como os fundos de hedge se caracterizam e quando vale a pena investir neles.
Acompanhe!
O que são e como funcionam os fundos de hedge?
Quando se fala em hedge no mercado financeiro, o foco costuma ser a proteção. Por exemplo, o hedge cambial refere-se às estratégias para aliviar impactos causados pela variação de moedas estrangeiras, como o dólar.
Entretanto, os fundos de hedge não compartilham desse significado. Eles são fundos de investimento com foco em obter retornos mais altos no mercado. Geralmente, eles utilizam estratégias mais complexas de operação, podem ser alavancados e têm uma ampla gama de ativos, títulos e derivativos.
Ao contrário de fundos que podem ser vistos como mais tradicionais, como aqueles de ações e de renda fixa, os fundos de hedge costumam ter mais flexibilidade em suas políticas. Ainda, a gestão pode adotar abordagens mais arrojadas, como:
- long & short;
- especulação (como day trade e swing trade);
- arbitragem.
Como você viu, o objetivo é gerar retornos positivos para os cotistas, independentemente das condições gerais do mercado. Desse modo, é natural que a gestão dos fundos de hedge faça operações com mais regularidade e de modo ativo.
Quais são suas vantagens e desvantagens?
Investir em fundos de hedge pode trazer vantagens para o seu planejamento no mercado financeiro. Além da possibilidade de alcançar uma rentabilidade acima da média do mercado, há outros pontos positivos.
Veja quais são alguns deles:
- flexibilidade: ele pode ser mais flexível que outras alternativas, então a característica permite fazer mudanças ágeis na estratégia conforme as condições do mercado;
- gestão profissional: como há a presença de uma equipe de gestão, os cotistas se beneficiam da experiência deles na condução de operações mais complexas;
- acesso a alternativas mais restritas: a participação em fundos de hedge possibilita que os investidores alcancem resultados a partir de operações arrojadas e usando instrumentos financeiros mais sofisticados.
Porém, também existem desvantagens. Os fundos de hedge geralmente cobram taxas de administração mais altas em comparação com outros tipos de fundos de investimento. Isso se deve, entre outros fatores, à complexidade das operações.
Outro ponto de atenção é que pode haver restrições ou regras específicas quanto aos prazos de resgate. Ademais, é comum que os fundos de hedge demandem um investimento inicial mais alto.
Quando investir em fundos de hedge?
O investimento em fundos de hedge pode ser estratégico para investidores com alta tolerância ao risco. Como o veículo busca retornos altos, ele costuma fazer operações arrojadas no mercado, podendo lidar com mais oscilações.
Além disso, você precisa considerar outros elementos, como:
- estratégias utilizadas pelo fundo;
- alinhamento com sua carteira e seus objetivos;
- políticas do fundo (resgate, investimento mínimo e outros pontos);
- empresas responsáveis.
Desse modo, você poderá analisar melhor as alternativas do mercado e identificar aquela mais adequada para a sua carteira.
No entanto, vale pontuar que esses fundos são normalmente destinados para investidores qualificados. Logo, é preciso ter, no mínimo, R$ 1 milhão em investimentos no próprio nome ou possuir uma certificação profissional do mercado financeiro.
Como você acompanhou, os fundos de hedge podem ser uma alternativa do mercado financeiro para quem busca maiores retornos. Mas, antes de investir, não deixe de analisar o funcionamento de cada veículo para fazer uma escolha estratégica para o seu planejamento.
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