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Você, meu caro investidor, conhece bem os termos utilizados no mercado financeiro? Sabe mesmo o que é IGP-M? Lendo esse artigo, tudo vai ficar muito claro para você! O que é essa sigla, tão assustadora à primeira vista? Como esse índice influencia nos seus investimentos? Você sabe para o que serve ou tem apenas uma ideia?

Confira, então, tudo o que precisa saber sobre o assunto e não seja prejudicado pelos efeitos dessa misteriosa sigla.

O que é o IGPM?

O Índice Geral de Preços de Mercado é um índice econômico que registra as mudanças nos preços de mercado em um período bem definido. Ele se baseia na coleta de preços de vários itens, entre o dia 21 de um mês e o dia 20 do outro. Então, um IGPM maior significa que os preços dos itens aumentaram em relação ao mês anterior.

Sabe aquele tênis que você comprou no shopping para o seu filho no mês passado? Muito provavelmente estará um pouco mais caro neste mês.

De onde ele veio?

Esse indicador foi criado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em novembro de 1947 e é divulgado por ela própria, ano após ano, até hoje.

Antigamente, ele era usado para indicar variações nos títulos do Tesouro Nacional — uma função bem diferente da atual.

Como calcular o IGPM?

O cálculo é bastante simples: uma média ponderada de três outros índices:

  • o IPA-M (Índice de Preços por Atacado), que tem peso 60% e representa as movimentações da indústria atacadista;
  • o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor), que tem peso 30% e está relacionado ao poder de compra do consumidor em vários setores;
  • os 10% restantes dessa conta vão para o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção de Mercado), que, basicamente, mede o custo para construir uma moradia no país.

Quando se resume tudo isso, você percebe que o IGPM é um levantamento de toda a economia brasileira.

Para que ele serve?

Bom, já estamos chegando nessa parte, que é o que interessa, certo? O IGPM funciona como uma base para reajustar várias contas da sua economia do dia a dia. Veja, por exemplo:

  • Tarifas de energia elétrica;
  • Alguns planos de saúde;
  • Mensalidades da escola dos seus filhos;
  • Seguros de diversos tipos (quem sabe o do seu carro, por exemplo);
  • Contratos de aluguel etc.

Este último item é o caso em que o IGP-M mais é utilizado, considerando o fechamento do ano anterior.

Se o seu vizinho pagava modestos R$ 1.600 no aluguel do apartamento no ano passado, a partir desse ano ele passou a pagar – com o IGPM anual fechando em 7,17%, a quantia de R$ 1.714,12. É um aumento até bastante considerável (deve ser por isso que ele não aceita mais seus convites para jogar poker no sábado à noite!).

Bom, a verdade é que esse índice é um forte indicador da economia do país. Você pode saber como está a inflação, o mercado e se é uma boa hora para efetuar seus investimentos.

Como seus investimentos são afetados?

Essa é a questão mais importante. Muitos investimentos têm seu resultado prejudicado pela inflação e pela desvalorização do dinheiro. Se você tem uma aplicação que rende 10% de juros por ano, e a inflação no período foi de 7%, isso significa que você teve um ganho real de apenas 3%. Pode ser que este investimento não se saia tão bem quanto você esperava.

É por isso que é preciso ser cauteloso quando for fazer uma aplicação, para que o IGPM – esse monstro faminto, não coma a sua rentabilidade. Quer uma dica valiosa para evitar este problema? Procure investimentos com rendimento protegido contra inflação.

Os títulos públicos do Tesouro Direto, por exemplo, são altamente recomendados por vários especialistas. Eles cobrem a desvalorização do dinheiro e rendem mais uma porcentagem por ano, que fica definida na hora da compra.

Também existem as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que são indicadas para quem não quer se preocupar com o risco que a inflação pode oferecer.

E, se você atua no mercado de ações, ainda tem outra opção: investir em ações de companhias que prestam serviços públicos — água, luz e gás, por exemplo. As receitas destas empresas acompanham, em geral, a inflação.

Quais os últimos valores do IGPM?

Confira a tabela dos últimos 12 meses, disponibilizada pela FGV (os números estão todos em %):

MÊS
ÍNDICE DO MÊS
ACUMULADO NO ANO
ACUMULADO NOS ÚLTIMOS 12 MESES
Abr/2017
-1,10
-0,3700
3,3600
Mar/2017
0,01
0,7300
4,8600
Fev/2017
0,08
0,7200
5,3800
Jan/2017
0,64
0,6400
6,6600
Dez/2016
0,54
7,1900
7,1900
Nov/2016
-0,03
6,6100
7,1300
Out/2016
0,16
6,6400
8,7900
Set/2016
0,20
6,4700
10,6700
Ago/2016
0,15
6,2600
11,5000
Jul/2016
0,18
6,1000
11,6500
Jun/2016
1,69
4,7000
10,9400
Mai/2016
0,82
3,8100
10,7200

Como acompanhar o índice dos investimentos?

A maneira mais simples e confiável de acompanhar o IGPM é pelo próprio site da FGV, que também oferece informações sobre outros índices que interessam a todo grande investidor.

Quais as previsões para 2017?

A previsão dos economistas para esse ano é de melhoras na economia brasileira, com a volta do crescimento e uma baixa na inflação. A meta estipulada pelo governo para a inflação nesse ano é de 4,5%. Os especialistas fazem previsões positivas quanto a isso. Vale lembrar que a primeira e última deflação  – que é o contrário da inflação, do IGPM ocorreu em 2009, com a taxa anual de -1,71%.

Portanto, meu caro, pode ser que os meses a seguir tragam grandes oportunidades para você. A queda da inflação permite que o Banco Central corte as taxas de juros, aumentando a confiança dos empresários para investimento e a dos consumidores para comprar. É um sinal da recuperação gradual do mercado brasileiro, finalmente!

É claro que é preciso cautela para investir seu capital. Portanto, fique de olho nas variações econômicas nos próximos meses e faça sempre boas apostas, com doses generosas de precaução e, principalmente, conhecimento sobre o mercado.

Agora que você já sabe o que é o IGPM, como funciona e como afetará seus negócios, aplique esse conhecimento para ganhar ainda mais dinheiro e garantir uma boa aposentadoria!

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Um grande abraço,

André Bona

 

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André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a investir melhor seus recursos e é o criador do Portal André Bona - site de educação financeira independente.

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